Abril 2023 – Revista Ave Maria https://revistaavemaria.com.br A Revista Mariana do Brasil - fundada em 28 de maio de 1898 pelos Claretianos em São Paulo Mon, 03 Apr 2023 12:45:27 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.9 https://revistaavemaria.com.br/wp-content/uploads/2021/08/cropped-ico-revista-avemaria-60x60.png Abril 2023 – Revista Ave Maria https://revistaavemaria.com.br 32 32 DOMÉSTICAS: A LUTA CONTINUA! https://revistaavemaria.com.br/domesticas-a-luta-continua.html https://revistaavemaria.com.br/domesticas-a-luta-continua.html#respond Mon, 03 Apr 2023 12:42:44 +0000 https://revistaavemaria.com.br/?p=71159 MESMO APÓS CINQUENTA ANOS DA APROVAÇÃO DA LEI Nº 5.859, TRABALHADORAS DOMÉSTICAS CONTINUAM NA LUTA POR SEUS DIREITOS

A história de Luiza Batista Pereira, 66 anos, trabalhadora doméstica, mulher negra e mãe solo, é semelhante à de muitas mulheres que, desde cedo, deixam suas casas e até mesmo suas famílias para cuidar da casa e da família de outras pessoas.

No dia 27 de abril, a categoria profissional dos trabalhadores domésticos é comemorada em todo o mundo, data escolhida em homenagem a Santa Zita, considerada a padroeira das(os) trabalhadoras(es) domésticas(os).

A Lei nº 5.859, que regulamenta a profissão, é de 11 de dezembro de 1972. No entanto, mesmo com o avanço da legislação ao longo dos anos, as condições de trabalho da categoria continuam precárias e não são raros os casos de pessoas vivendo de forma análoga à escravidão em casas de famílias. 

Em julho de 2022, por exemplo, o Brasil teve seis resgates de mulheres sendo submetidas a trabalho análogo à escravidão doméstica. Casos como o da idosa que passou 32 anos nessas condições, em Minas Gerais, e de outra que foi mantida encarcerada por 72 anos, no Rio de Janeiro.

Em entrevista à reportagem, Luiza, que hoje é coordenadora geral da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad), salientou que esse trabalho ainda é considerado por muitos como inferior, que em muitos casos nem merece ser remunerado.

Calcula-se que há cerca de 7 milhões de domésticas no Brasil, o maior número do mundo. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o trabalho doméstico no Brasil é exercido principalmente por mulheres, negras, acima de 40 anos, sem registro e com remuneração média inferior a um salário mínimo. 

A HISTÓRIA SE REPETE

Santa Zita nasceu em 1218, na cidade de Lucca, na Itália, e trabalhou durante muitas décadas, desde os seus 12 anos de idade, para uma família italiana. Ficou conhecida por sua generosidade com os pobres, sendo que tirava sempre o seu pouco dinheiro para oferecer àqueles que batiam à porta da família para a qual trabalhava.

Também aos 12 anos, Luiza conseguiu trabalho na casa de uma senhora cuja filha era professora e só então ela começou a estudar. Trabalhava pela manhã e estudava à tarde, até que a senhora faleceu e ela teve que sair da escola.

Porém, o trabalho doméstico começou bem antes. Aos 9 anos, quando a mãe ficou viúva, ela saiu junto com seus irmãos, da zona rural em que a família estava, para morar em palafitas, no Recife (PE). 

“Meu primeiro trabalho foi na casa de uma das coordenadoras de um projeto que doava alimentos para pessoas em situação de vulnerabilidade. Ela disse que precisava de alguém para brincar com a filha, de 5 anos, e minha mãe permitiu que eu fosse, mas, na verdade, eu fazia muito mais que brincar com filha. Aos 9 anos eu limpava o jardim, passava cera em toda a casa e fazia outras coisas. Saí de lá porque acabei dando um tapa na menina, pois fui mordida por ela e a mãe, então, me deu uma surra com fio de ferro. Quando minha mãe foi buscar a cesta de alimentos que era o meu pagamento pelo trabalho, ela viu minha situação e me levou com ela de volta para a palafita”, contou Luiza.

Adolescente, ela passou por outras casas até que, com quase 18 anos, ficou doente de tuberculose e precisou deixar por um tempo o trabalho: “Cheguei a trabalhar como cobradora de ônibus, mas sofri um acidente e descobri que, mesmo com a carteira assinada, os empregadores não estavam pagando minha previdência no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e então decidi que, a partir dali, eu só trabalharia com a carteira assinada”. 

E assim aconteceu, Luiza ficou por 26 anos na casa de uma senhora: “Eu cuidava da casa e das crianças. Aos 36 anos, descobri que estava com câncer de mama e fiz todo o tratamento na casa dessa família. O direito previdenciário garantiu o benefício de aposentadoria por invalidez depois que tive câncer na outra mama. Na época, eu me reuni com outras mulheres de vários bairros e conseguimos direito por moradia”. 

Foi durante esse período que ela fundou, junto a outras mulheres, o Espaço Mulher e conheceu o Sindicato das Trabalhadoras Domésticas. “Voltei a estudar e comecei a participar das atividades do sindicato. Em 2009 fui eleita presidente das trabalhadoras domésticas de Pernambuco. Em 2016, durante o 9º Congresso Nacional das Trabalhadoras Domésticas, fui eleita presidente da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas”, contou.

Junto à federação, ela continua na luta por direitos como, por exemplo, da regulamentação das diaristas que trabalham de forma autônoma, sem nenhum tipo de legislação que as ampara. “Temos a convenção 189 da Organização Internacional do Trabalho, que garante os direitos das diaristas, mas a Lei Complementar nº 150 só garante o vínculo empregatício a partir de três dias semanais na mesma residência. Vemos isso como discriminação, pois outras categorias têm o direito mesmo se for um único dia trabalhado, como professores ou profissionais da saúde. Fomos a categoria que demorou mais tempo para conseguir direitos. Sabemos que se somam muitas questões, como a racial, então, a luta continua”, ressaltou Luiza.

MULHERES NA LUTA

Teresa, Fabia, Elaine e Ana Paula têm algo em comum. Todas começaram a trabalhar muito cedo e concordam que é preciso avançar quando o tema é respeito às trabalhadoras domésticas no Brasil. 

Teresa Rodrigues da Silva, 55, nasceu em São Bernardo do Campo (SP) e hoje mora em Diadema. “Comecei a trabalhar aos 10 anos de idade, então são mais de 40 anos de trabalho. Atualmente estou aposentada, mas continuo atuando de forma autônoma”, disse. 

Ela contou que passou por muitas situações nas quais seus patrões disseram coisas ou agiram de forma em que ela se sentiu ofendida e constrangida: “Existe muita discriminação na relação entre chefe e funcionário e, embora tenhamos conquistado muitos direitos, ainda há muito o que conquistar”.

Elaine Cristina da Silva, 4, mora no Recife e trabalhou durante dezesseis  anos em “casa de família”, como ela mesmo disse. “Hoje vendo bolo. Trabalho para mim mesma. Muitas coisas aconteceram comigo durante esse tempo. Trabalhei em uma casa em que a patroa não deixava eu me alimentar, então fiquei doente e precisei ficar em casa. Durante esse período, só não passei necessidade devido à ajuda da minha mãe e de amigas”, disse. Na época, Elaine não tinha carteira assinada e vê os direitos conquistados pela categoria como um avanço: “Eu sei que existem leis que, graças a Deus, têm melhorado a vida das empregadas domésticas, mas acho que o direito deveria ser para todas e não apenas para algumas”.

Fabia Cristina dos Santos Macedo, 50, nasceu em Maceió (AL), mas mora em São Paulo (SP). “Comecei a trabalhar aos 12 anos. Aos 13 fui violentada pelo filho da minha patroa. Foi um momento muito difícil e eu não gosto de falar sobre e nem de me lembrar, mas, infelizmente, tive que continuar trabalhando. Hoje temos mais direitos, como férias e décimo terceiro e isso é muito importante. Na minha opinião, mesmo com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) das Empregadas Domésticas, há muitas patroas que não querem registrar as empregadas. Uma amiga aceitou ficar sem registro na carteira porque a patroa disse que o salário dela iria diminuir. Isso acontece porque não há fiscalização para verificar se o patrão ou a patroa estão cumprindo a lei”, disse ela.

Enquanto esperavam o ônibus no ponto, Fábia começou a falar sobre os direitos para a amiga e perguntou a ela o que faria se se machucasse no trabalho. “‘Se você precisar se afastar pelo Instituto Nacional do Seguro Social, por um acidente de trabalho, como vai fazer? Sua patroa vai esperar você? Com a carteira registrada, se você tiver um acidente de trabalho, durante um ano ela não pode te demitir. Sem o registro na carteira, você não tem nenhum direito”, Fabia disse e então sua amiga resolveu conversar com a patroa, que negou o registro, alegando que ia ficar muito caro para ela.

Fabia salientou que muitas trabalhadoras não sabem sequer quais são seus direitos. “Falta fiscalização. As casas deveriam ter um caderno para marcar a hora de entrada e saída da funcionária, além de um acompanhamento no momento da demissão, pois muitos empregadores não pagam todos os direitos”, completou.

Ana Paula Santana, 43, nasceu em Vitória de Santo Antão (PE) e mora em Olinda (PE). “Também comecei a trabalhar desde cedo, por volta dos 13 anos, e minha carteira, atualmente, é assinada. Meus pais trabalhavam num engenho e éramos cinco filhos. Tive muitos patrões, muitos que me humilharam. Uma vez chorei por mais de meia hora sem parar. Além disso, certa vez, na casa de um coronel, enquanto eu dormia, no mesmo quarto que as filhas dele, eu o senti passando a mão em mim. Acordei e reagi negativamente e o fato nunca mais aconteceu, mas, nunca me esqueci daquela noite”, contou. 

Para Ana Paula, direitos como o Programa de Integração Social (PIS) ou um controle das horas extras precisam ser incluídos. “Muitos patrões querem que você chegue na hora certa, mas não deixam que as empregadas saiam na hora correta. Há muitas leis que só valem no papel”, observou. “Eu, por exemplo, fui contratada para cozinhar, mas trabalho como empregada doméstica. Assinaram minha carteira como empregada doméstica. Quando fui contratada, a família não tinha cachorro e hoje tem. Sempre que o cachorro faz cocô ou xixi eu tenho que interromper meu trabalho e isso me incomoda muito”, contou Ana Paula.


O QUE DIZ A LEGISLAÇÃO

  • A Lei nº 5.859, de 1972, garante a carteira assinada com salário mínimo e outros benefícios como férias de vinte dias, décimo terceiro e feriados remunerados.
  • Durante o governo de Fernando Henrique, houve a conquista do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), mas, com pagamento opcional, ou seja, o patrão só pagava se quisesse.
  • Em 2006, durante o governo de Lula, houve a implantação do Trabalho Doméstico Cidadão. Com a Lei nº 11.324 ficaram garantidas férias de trinta dias, remuneradas com salário mais um terço. Além disso foi aprovada a proibição de desconto de itens de alimentação, higiene e moradia, além da estabilidade da gestante. 
  • Em 2013, durante o governo de Dilma Rousseff, foi aprovada a Proposta de Emenda à Constituição das Domésticas. Direitos como seguro desemprego, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço obrigatório, pagamento de horas extras e abono família, intervalo para almoço ou descanso ou adicional noturno, além de carga horária semanal, vale-transporte, entre outros direitos, ficaram garantidos por lei.
  • A Convenção nº 189 da Organização Internacional do Trabalho sobre Trabalhadoras Domésticas, foi apoiada pelo Brasil em 2017, durante o governo de Michel Temer.
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RESSURREIÇÃO https://revistaavemaria.com.br/ressurreicao-2.html https://revistaavemaria.com.br/ressurreicao-2.html#respond Fri, 31 Mar 2023 21:47:32 +0000 https://revistaavemaria.com.br/?p=71154 “Realmente, o Senhor ressuscitou.” (Lc 24,33)

“Aconteceu sem mesmo esperar,
Ele apareceu em meio aos discípulos a caminhar.
Falava de amor e o som de sua voz
Abrasava os seus corações.
E diziam
‘Senhor, fica conosco’.”
(Walmir Alencar, Ao partir o pão)

Não raro nos encontramos caminhando desencantados, tomados pela tristeza e decepção de projetos que, aparentemente, fracassaram. Muitas vezes, depositamos nesses propósitos muito da nossa energia e da nossa esperança, de modo que, com o insucesso deles, vemo-nos fragilizados, desiludidos e sem muita coragem para prosseguir.

Esse sentimento é muito semelhante ao vivido pelos discípulos de Cristo no período entre a sua morte e a ressurreição. Aqueles homens e mulheres haviam depositado suas vidas, esperanças, forças e sentidos na causa apresentada pelo Mestre, mas, àquela altura, para eles tudo havia terminado escandalosamente na cruz. Já não havia muito a ser feito, restava juntar os cacos e voltar à vida anterior, como se nada houvesse acontecido – como se isso fosse possível. 

As Sagradas Escrituras nos presenteiam com um bonito e catequético relato sobre esse momento – os discípulos a caminho de Emaús. O itinerário realizado por esses discípulos sinaliza, para cada um de nós, um processo que deve acontecer no mais íntimo dos nossos corações. O Cristo já havia ressuscitado, mas aqueles discípulos ainda não haviam feito a experiência da ressurreição. Eles estavam presos ao evento da cruz, ao desalento, ao sofrimento vivido na paixão e morte de Jesus.

A presença daquele, aparentemente, desconhecido é um convite àqueles discípulos a lançar um olhar novo sobre a realidade, um olhar semelhante ao das mulheres que, experienciando a ressurreição, saíram a anunciá-la.

Ao longo do caminho, os olhos deles vão se abrindo à realidade e à presença daquele homem. A experiência da ressurreição se mostra ao avesso do que foi vivido na paixão e morte de Jesus. A morte é um momento trágico e quase cinematográfico – o céu escurece, a terra treme, o véu do templo se rasga. Já a experiência da ressurreição, para aqueles discípulos, dá-se na simplicidade do caminho, na conversa sincera e na leitura da vida à luz das escrituras. O clímax da narrativa acontece no partir do pão, quando finalmente eles reconheceram o Senhor e, exatamente nesse momento, o Cristo desaparece dos seus olhos, dando a entender que ocorre quase como um passe de mágica.

Talvez tenhamos a tentação de nos prender a essa imagem, esquecendo o caminho percorrido até ali. O processo de ressurreição na vida daqueles discípulos se inicia no caminho com o Senhor, que lhes explica as Escrituras e faz arder os seus corações. A presença do Ressuscitado transforma o olhar daqueles peregrinos, eles já não eram mais os mesmos. Seus corações foram tocados pelas palavras e pela presença do Ressuscitado a ponto de pedirem “Fica conosco, Senhor!”.

O Cristo que ao partir do pão desaparece aos seus olhos começa a habitar seus corações tocados e transformados porque também foram ressuscitados com Ele. Os discípulos saíram da morte à vida, do desencanto à alegria e à esperança. Seus sonhos, projetos e causas foram ressignificados pelo Ressuscitado. Tenhamos também nós essa coragem de, caminhando com Ele, fazermos um verdadeiro caminho de ressurreição. Sigamos com coragem e alegria. Ele está vivo e caminha ao nosso lado! 

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PÁSCOA SOLIDÁRIA: UMA REALIDADE https://revistaavemaria.com.br/pascoa-solidaria-uma-realidade.html https://revistaavemaria.com.br/pascoa-solidaria-uma-realidade.html#respond Fri, 31 Mar 2023 21:40:26 +0000 https://revistaavemaria.com.br/?p=71143 A Páscoa é a maior das celebrações cristãs, é quando se cumpre a profecia de que o Salvador do Mundo venceria a morte, estabelecendo a nova e eterna aliança entre Deus e o seu povo. É nesse período, também, que os cristãos são chamados a renovar sua fé, sua esperança e seu compromisso com a vida plena proposta pelo projeto de Jesus.

Talvez por isso, muitas iniciativas solidárias são ampliadas nas proximidades do dia da Páscoa, já que para os fiéis a caridade é um ato que ganha ainda mais relevância quando refletida como um dos pilares do período quaresmal, ultrapassando até mesmo o grande apelo comercial acerca dessa data.

Para inspirar mais iniciativas solidárias, a Revista Ave Maria apresenta quatro exemplos de ações caritativas realizadas durante a Páscoa.

TEMPO DE PARTILHA

Tendo consciência das muitas necessidades enfrentadas por crianças e adolescentes, a Pastoral do Menor da Arquidiocese de São Paulo (SP) realizada todos os anos, no mês que antecede a festa da ressurreição de Cristo, a campanha “Páscoa, tempo de partilha: partilhar torna a vida mais doce”.

Segundo a coordenadora da Pastoral do Menor, Sueli Camargo, esse organismo busca realizar o sonho de uma Páscoa mais doce por meio da arrecadação de ovos de chocolate destinados às crianças e adolescentes da periferia de São Paulo e para as que se encontram em situação de rua ou em moradias precárias. Além dos ovos é realizada, ainda, a doação de alimentos para minimizar o sofrimento dessas pessoas.

“A Páscoa é uma data que comemoramos a vida, a ressurreição de Jesus Cristo e, por isso, somos impactados por um sentimento de solidariedade e pelo desejo de contribuir para uma sociedade mais justa e igualitária. A melhor forma de vivenciarmos esse momento é nos doando, doando nosso tempo, atenção, semeando esperanças, doando o que há de melhor em cada um de nós”, destacou Sueli.

Além das campanhas solidárias, a Pastoral do Menor realiza, há mais de trinta anos, a Via Sacra da Criança e do Adolescente. O momento resgata a paixão, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo por inúmeras crianças que caminham nas ruas do centro da capital paulista, revivendo as estações da Via Sacra. Além de colocar as crianças e adolescentes como protagonistas, a iniciativa também prevê o anúncio de seus direitos em consonância com o tema e lema da Campanha da Fraternidade de cada ano. “Somos vistos e lembrados e tornamos públicas as reivindicações por necessidades básicas. Dessa forma, vivemos mais intensamente a ressurreição, na esperança de uma vida digna para as crianças e adolescentes vulnerabilizados pela ausência do Estado”, enfatizou a coordenadora.

MAIS DE MIL SORRISOS

O Movimento Eclesial Aliança de Misericórdia tem a missão de transformar todo aquele que é evangelizado pela obra em um evangelizador e testemunha da misericórdia de Deus. Parte dos serviços desenvolvidos possui caráter social e são realizados no contexto da Páscoa

Nos centros de educação infantil São Miguel I e II e centros de crianças e Adolescentes Padre Pio e Domingos Sávio, neste ano haverá distribuição de ovos de chocolate, rodas temáticas com as crianças, brincadeiras como caça aos ovos, momento de oração e partilha e incentivo à doação por meio da “Páscoa Solidária”. No Centro de Crianças e Adolescentes Padre Pio também haverá a plantação do girassol e teatro “Santa Ceia”, já no Centro de Educação e Formação Profissional, no Parque Taipas, em São Paulo, acontecerão momentos de espiritualidade e reflexão sobre o verdadeiro sentido da Páscoa, enfatizando o amor e a caridade, buscando uma vivência fraterna, além da distribuição de ovos de chocolate.

As casas lares Aliança I e II e Maria Paola, que prestam atendimento em serviço de acolhimento institucional, promoverão o jogo “caça ao versículo”, um desafio com dicas para que as crianças e adolescentes descubram o trecho bíblico que apresenta o verdadeiro sentido da Páscoa, e a brincadeira “não deixe o ovo cair”.

  Para a coordenação do movimento, estar presente nesses espaços durante a Páscoa representa “Levar o amor, a caridade e a experiência de misericórdia aos irmãos atendidos, contextualizando para as crianças e adolescentes o verdadeiro sentido da Páscoa: a morte e a ressurreição de Jesus Cristo”.

Um dos momentos mais expressivos para os voluntários, segundo os coordenadores, foi quando em um dos locais contemplados pelas ações uma criança contou que aquela era a primeira vez que recebia um ovo de chocolate na Páscoa somente dela. 

A expectativa para 2023 é a de demandar esforços para a realização desse “momento especial” com o auxílio dos parceiros e doadores e, assim, proporcionar uma experiência de alegria, festa, ressignificação e amor, atendendo às expectativas das crianças e adolescentes atendidos e que estão ansiosos por essa ocasião, evocando o sentido de reflexão e comunhão que a Páscoa carrega.

SEM FRONTEIRAS

O Movimento dos Focolares é um vasto movimento a favor do diálogo e da unidade. Durante o período de Páscoa, muitos grupos realizam ações caritativas e espirituais. Neste ano, de modo particular, crianças e famílias vulneráveis receberão cestas e chocolates e um dia de lazer. Para os organizadores, o objetivo vai além de ofertar algo concreto, tem o intuito de estabelecer uma ponte de diálogo para a promoção da vida das pessoas contempladas.

Nos dois últimos anos, devido os cuidados impostos pela pandemia de covid-19, as ações foram mais restritas; mesmo assim, por meio da “Páscoa Delivery”, centenas de crianças e adolescentes receberam em casa os chocolates, a palavra de vida e livros para colorir que pudessem ser catequéticos. avemaria-abril2023-18

Para o coordenador nacional das novas gterações de religiosos e consagrados do Movimento dos Focolares no Brasil, Ronnaldh Oliveira, realizar ações caritativas nesse período representa “Promover vida e mais dignidade para as pessoas, indo além do assistencialismo; é sem sombra de dúvida ressurreição para elas e para nós”.

Ronnaldh também salientou que, em um mundo cada vez mais individualista e egocêntrico, é preciso atenção para que, sobretudo as crianças, não se sintam desamparadas pela sociedade. “As pessoas acham muitas vezes que chocolate não é nada, mas, para uma criança é tudo. É sinal de que elas não são esquecidas. A partir dele, pode-se começar um diálogo capaz de mudar uma vida (…). A Páscoa solidária nunca termina na Páscoa, pelo contrário: começa nela pelos relacionamentos que se criam, fortalecem e se partilham”, relatou. 

Ele disse ainda que para esta Páscoa “Não só espero o sorriso das crianças, que não tem preço, mas espero, principalmente, pelos relacionamentos que se criam, fortalecem e se partilham para crescermos como sociedade e como seres humanos”, expressou o coordenador.

ALTRUÍSMO

Ingrid Ribeiro há quase vinte anos realiza ações de voluntariado em prol das pessoas que mais precisam. Em diferentes épocas do ano, ela movimenta atividades que beneficiam crianças, adolescentes e jovens, como campanhas do agasalho, do material escolar e de Natal.

Na Páscoa não é diferente. Ela, que atualmente é voluntária nos Serviços de Acolhimento para Crianças e Adolescentes (SAICA), Casa do Cristo Redentor e Casa Luz do Milênio, em São Paulo, e na Casa Abrigo de Minas Gerais, na cidade de Aiuruoca (MG), neste ano pretende arrecadar 120 caixas de chocolate para as crianças e adolescentes atendidos nesses serviços, além de, pela primeira vez, ampliar a ação para um asilo e para o Lar Pequeno Aprendiz, ambos em São Paulo. Toda a logística de arrecadação e distribuição é feita pela voluntária, que conta com a ajuda de amigos e familiares. 

Além da doação, Ingrid costuma organizar um momento recreativo de distribuição. Para a voluntária, a ação representa uma renovação da esperança de que as oportunidades serão, um dia, iguais para todos. 

Segundo ela, a maior motivação para a continuidade do seu trabalho é o carinho que recebe nos momentos de entrega dos chocolates.

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SANTUÁRIO DO PAI DAS MISERICÓRDIAS EM CACHOEIRA PAULISTA (SP) https://revistaavemaria.com.br/santuario-do-pai-das-misericordias-em-cachoeira-paulista-sp.html https://revistaavemaria.com.br/santuario-do-pai-das-misericordias-em-cachoeira-paulista-sp.html#respond Fri, 31 Mar 2023 21:32:52 +0000 https://revistaavemaria.com.br/?p=71139 Por Equipe de Comunicação do Santuário

Em 2002, o Padre Jonas Abib estava em Araras (SP) dando um encontro Por hoje não vou mais pecar (PHN) e quando viu que a Canção Nova estava repleta de uma multidão, reconheceu ali a confirmação da palavra que Deus lhe deu (cf. 2Cr 7,15).

Foi durante a Festa da Divina Misericórdia, no segundo domingo da Páscoa, que o Senhor deu uma palavra ao Padre Jonas e ela foi sendo trabalhada nele. Seguindo a inspiração de Deus, em 2002 Monsenhor Jonas Abib profetizou a criação da Igreja do Pai das Misericórdias: “Entramos agora numa grande aventura: enquanto construímos aqui, em Cachoeira Paulista (SP), a Igreja da Divina Misericórdia, o Senhor estará construindo em nós uma revolução. Desse modo, terminada a construção do santuário, estaremos prontos para viver o tempo da misericórdia até que o Senhor venha”.

As obras tiveram início no ano de 2008 e foram concluídas em 2014, com a dedicação do Santuário do Pai das Misericórdias na celebração da santa Missa, presidida pelo então bispo de Lorena, Dom João Inácio Müller, no dia 5 de dezembro. Os tons claros, bem como o uso de madeiras, pedras e alguns detalhes dourados foram escolhidos não apenas para representar a realeza de Deus, como também a própria história da construção do santuário, que contou também com a doação de ouro de milhares de pessoas.

Cada elemento artístico e litúrgico do santuário forma um só corpo, uma linguagem única, cheia de unção e significado. Rico em detalhes e espiritualidade, o santuário oferece a possibilidade de um verdadeiro encontro e uma forte experiência com a misericórdia do Pai.

Sua missão é a de levar essa misericórdia a todas as pessoas e lugares sendo um só corpo, formando um grande santuário do Pai das Misericórdias: o ápice do território eucarístico. Além disso, ser os braços abertos e estendidos do Pai para acolher a todos, com seus pecados e misérias; ser o coração, a face, o olhar, o sorriso do Pai para recebê-las com amor, infundir-lhes confiança e mergulhá-las no oceano infinito da sua misericórdia.

Foi escolhida uma área no terreno que em primeiro lugar marca a realeza de Deus, um ponto alto, que pode ser avistado até mesmo da principal rodovia federal do país, a Presidente Eurico Gaspar Dutra, que liga as cidades do Rio de Janeiro (RJ) a São Paulo (SP), e que também fosse visualizado de qualquer ponto da chácara de Santa Cruz.

O formato do projeto partiu da situação favorável da topografia e da intenção de formar uma mão com os dedos abertos, fazendo alusão à mão gigantesca de Deus e do seu cuidado com cada um que está sob seus cuidados. 

O santuário foi projetado para comportar 13 mil pessoas. Atualmente, comporta cerca de 5.200 pessoas.

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CONFISSÃO, O “SACRAMENTO DA ALEGRIA”: CONSELHOS DO PAPA PARA UMA BOA CONFISSÃO https://revistaavemaria.com.br/confissao-o-sacramento-da-alegria-conselhos-do-papa-para-uma-boa-confissao.html https://revistaavemaria.com.br/confissao-o-sacramento-da-alegria-conselhos-do-papa-para-uma-boa-confissao.html#respond Fri, 31 Mar 2023 21:24:52 +0000 https://revistaavemaria.com.br/?p=71135 O pecado é uma realidade constante e presente em nossas vidas; todos nós somos pecadores. Sendo assim, Jesus institui o Sacramento da Reconciliação, que serve como meio para reconciliar-se consigo, com o próximo e com Deus. 

No início do pontificado do Papa Francisco, algo que nos marcou foi a instituição do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, que teve como objetivo trazer para perto as ovelhas perdidas. Isso nos mostra a importância que o Sacramento da Reconciliação tem em nossas vidas. Para o Santo Padre, a confissão é o “Sacramento da Alegria”, que é quando recebemos amor divino, passando da miséria à misericórdia, segundo ele.

Atribuindo a esse Sacramento a importância que lhe é devida, reunimos perguntas ensinadas pelo Papa Francisco para termos uma boa confissão.

EM RELAÇÃO A DEUS

Dirijo-me a Deus somente em caso de necessidade? Participo da Missa dominical e dos dias de preceito? Começo e termino o meu dia com a oração? Invoquei em vão o nome de Deus, de Maria e dos santos? Envergonho-me de me apresentar como cristão? O que faço para crescer espiritualmente, como e quando o faço? Revolto-me diante dos desígnios de Deus? Pretendo que seja Ele a cumprir a minha vontade?

EM RELAÇÃO AO PRÓXIMO

Sei perdoar, partilhar, ajudar o próximo? Julgo sem piedade, tanto em pensamento quando com palavras? Caluniei, roubei, desprezei os pequenos e indefesos? Sou invejoso, colérico, parcial? Tomo conta dos pobres e dos doentes? Envergonho-me da carne do meu irmão ou da minha irmã? Sou honesto e justo com todos ou alimento a “cultura do descartável”? Instiguei os outros a fazer o mal? Observo a moral conjugal e familiar que o Evangelho ensina? Como vivo as responsabilidades educativas para com os meus filhos? Honro e respeito os meus pais? Rejeitei a vida após a concepção? Desperdicei o dom da vida? Ajudei a fazê-lo? Respeito o ambiente?

EM RELAÇÃO A MIM MESMO

Sou um pouco mundano e pouco crente? Exagero em comer, beber, fumar e divertir-me? Preocupo-me em excesso com a saúde física, com os meus bens? Como uso o meu tempo? Sou preguiçoso? Procuro ser servido? Amo e cultivo a pureza de coração, de pensamentos e de ações? Nutro vinganças, alimento rancores? Sou manso, humilde, construtor de paz?

“Quando vou me confessar é para me curar, para curar a minha alma. Para sair com mais saúde espiritual. Para passar da miséria à misericórdia. O centro da confissão não são os pecados que dizemos, mas o amor divino que recebemos e de que sempre precisamos. O centro da confissão é Jesus que nos espera, nos escuta e nos perdoa.” (Papa Francisco, no vídeo de intenção de oração para o mês de março.)

 

INTENÇÕES DO PAPA PARA O MÊS DE ABRIL 

Por uma cultura da não violência

Rezemos pela maior difusão de uma cultura da não violência, que implica um cada vez menor recurso às armas, seja da parte dos Estados, seja da parte dos cidadãos.

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CATEQUISTAS, PEREGRINOS DA ESPERANÇA https://revistaavemaria.com.br/catequistas-peregrinos-da-esperanca.html https://revistaavemaria.com.br/catequistas-peregrinos-da-esperanca.html#respond Fri, 31 Mar 2023 21:22:39 +0000 https://revistaavemaria.com.br/?p=71131 No caminho sinodal, a Igreja prepara-se para um novo tempo de evangelização. Ela acolhe e educa os cristãos, no mundo inteiro, para uma escuta, recordando as palavras de João Evangelista sobre o que o Espírito diz à Igreja (cf. Ap 2,11)

A Igreja propõe um tempo de diálogo sincero, para ouvirmos com o coração e caminharmos atentos à voz do Senhor. Como peregrinos, seguimos os passos do Mestre e buscamos construir uma comunidade que acolhe o caminho proposto por Deus para a Igreja do terceiro milênio. Somos todos peregrinos da esperança!

Catequistas, conscientes e maduros na fé, são convocados para assimilarem e prepararem seus catequizandos no tempo de discernimento. Essa tarefa requer, de todos nós, atenção no processo e nos desafios, nas resistências e nos aprendizados, para que o nosso testemunho da fé e da comunhão reafirme o compromisso eclesial, pois a catequese é uma tarefa confiada a toda comunidade que, com toda a sua vida, contribui para a educação de seus membros na fé..

Estamos celebrando quarenta anos da publicação do documento Catequese renovada, que foi aprovado em 15 de abril de 1983, pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em sua 21ª Assembleia-geral, um grande motivo para não deixarmos surgir espaços para retrocessos. Toda motivação e toda inspiração que podemos colher desse documento colocam-nos no caminho do seguimento de Jesus, construindo novos caminhos e fortalecendo a fraternidade e a partilha de saberes, ternura e misericórdia, como nos pede Jesus.

O documento Catequese renovada fala da vida cristã em comunidade e de como podemos dar mais sentido à experiência de vida comunitária, superando o individualismo na vivência da fé cristã e favorecendo a flexibilidade no agir catequético, reconhecendo o protagonismo do Espírito Santo.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                            

Uma comunidade como espaço de acolhimento e de cooperação é a que devemos construir com as famílias de nossos catequizandos, pois a nova geração merece contemplar uma Igreja fraterna e orante, onde não cabe mais nenhum sinal de competição, de egoísmo e de desunião.

Ao dizer “Vamos às aldeias vizinhas, para que eu pregue também lá, pois, para isso é que vim” (Mc 1,38), Jesus propunha um caminhar corajoso e perseverante para outros ambientes humanos e sociais. Ele queria que o rosto de sua comunidade fosse revelado. Para Jesus, “vamos” significa juntos, sem reservas, sem medo, sem preconceito e sem resistência. Hoje, esse convite ressoa em nossos ouvidos, por isso, precisamos manter a esperança viva e com perseverança, revelarmos o rosto da Igreja em nós, comunidade que acolhe filhos e filhas de Deus na catequese e em tantas outras atividades pastorais, serviços e movimentos cristãos.

O caminho sinodal é um itinerário de comunhão, de participação e de missão, no qual cada pessoa envolvida vive e testemunha o seu encontro pessoal com Jesus Cristo e sua disponibilidade para o crescimento na fé. Só com muita unidade e determinação conseguiremos superar os desafios da ação evangelizadora. O nosso comprometimento como catequistas, discípulos missionários, pode favorecer oportunidades para a comunhão e, assim, suscitar verdadeiras experiências de conversão, tais como:

  • a presença e o interesse de pais e responsáveis pela caminhada espiritual de seus filhos e filhas;
  • a busca pela efetiva vida sacramental e comunitária;
  • a escuta e a leitura da Palavra de Deus;
  • a restauração de vínculos familiares fragilizados;
  • o cultivo da cultura do encontro, com afeto e boa comunicação;
  • a disponibilidade para a escuta e o diálogo.

Tudo isso pode ser considerado, em muitas famílias de nossas comunidades, sinais autênticos de conversão. Precisamos seguir em frente, com alegria e com dedicação. Só não podemos nos esquecer de que não estamos sozinhos e nem conseguiremos renovar ou transformar o nosso agir catequético dessa forma. Somos convidados a uma ação séria, solidária e prática. 

O tempo proposto para as vivências, ao longo desse itinerário, deve se revestir de paciência e de participação, mas, também, de oração e de ação. Vamos colocar “a mão na massa”, ou melhor, na consciência! Lembremo-nos de que Jesus nos chamou não para ficarmos parados, mas para assumirmos o nosso papel de peregrinos do amor e da esperança.

A missão de educar na fé e de apontar bons caminhos para a vida dos catequizandos é um ato de amor e de obediência ao mandado de Jesus: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15). Com essa dedicação, os catequistas cumprem um papel muito importante para a vida de seus catequizandos e são considerados, “ao mesmo tempo, mestres, educadores e testemunhas” (Diretório-geral para a catequese, 237), quando:

  • transmitem a fé cristã;
  • favorecem o fortalecimento da fé;
  • acompanham as novas gerações na iniciação à vida cristã;
  • propõem experiências de crescimento na espiritualidade; 
  • possibilitam momentos para a formação da consciência e para o engajamento. 

Nossa missão ganha um novo sentido quando acolhemos o chamado de Jesus, que nos leva para os melhores caminhos a percorrer: o do amor, o da alegria, o da fraternidade, o do perdão e o da humildade. 

Queridos(as) catequistas, para colhermos os frutos temos que tocar o chão da vida das pessoas e lançarmos nele muitas sementes!

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QUAL É A ESTRUTURA DA CELEBRAÇÃO VIGÍLIA PASCAL? https://revistaavemaria.com.br/qual-e-a-estrutura-da-celebracao-vigilia-pascal.html https://revistaavemaria.com.br/qual-e-a-estrutura-da-celebracao-vigilia-pascal.html#respond Fri, 31 Mar 2023 21:19:31 +0000 https://revistaavemaria.com.br/?p=71127 “Celebrando a Vigília Pascal, morramos para a iniquidade e ressuscitemos para a justiça, que desapareça o antigo estilo de vida e resplandeça o novo.” (São Leão Magno)

A celebração da ressurreição do Senhor começa com a Vigília Pascal. Essa celebração começa no anoitecer ao Sábado Santo, quanto se faz a celebração da luz, na qual a Igreja medita sobre as maravilhas que Deus realizou para seu povo. É a celebração mais longa do ano litúrgico e está dividida em quatro partes: bênção do fogo e preparação do círio; liturgia da Palavra; liturgia batismal e liturgia eucarística.

É uma noite especial, na qual celebramos e refletimos sobre a ressurreição do Senhor. Toda sua dor e sofrimento terminam com o jubiloso anúncio “Jesus ressuscitou”. 

Proponho fazermos um percurso pelas quatro partes dessa celebração, com o propósito de podermos participar mais intensamente da rica liturgia que a Igreja nos oferece e colher seus abundantes frutos espirituais. 

BÊNÇÃO DO FOGO E PROCLAMAÇÃO DA PÁSCOA

A bênção do fogo e a preparação do círio demonstram a vitória da luz sobre as trevas. A liturgia explicitamente nos diz: “A luz de Cristo que ressuscita resplandecente dissipe todas as trevas de nosso coração e nossa mente”. Jesus, que é o mesmo “ontem, hoje e sempre” (Hb 13,8), acolhe-nos e ilumina-nos.

Nessa primeira parte da Vigília Pascal se faz a proclamação da Páscoa, na qual nos é relatado que foi o Senhor “quem pagou do outro a culpa, quando por nós à morte se entregou: para apagar o antigo documento na cruz todo o seu sangue derramou. Pois eis agora a Páscoa, nossa festa, em que o real Cordeiro se imolou: marcando nossas portas, nossas, com seu divino sangue nos salvou”. Essa proclamação da Páscoa é belíssima e traz o título de Exultet, pois logo no início proclama “Exulte o Céu, e os anjos triunfantes, mensageiros de Deus, desçam cantando; façam soar as trombetas fulgurantes, a vitória de um Rei anunciando”. Na Vigília Pascal, celebramos a “noite em que Jesus rompeu o inferno, ao ressurgir da morte vencedor” e com gratidão exaltamos: “Ó Deus, quão estupenda caridade vemos no vosso gesto fulgurar – não hesitais em dar o próprio Filho, para a culpa dos servos resgatar”. Concluindo a proclamação pascal ouvimos jubilosos: “Que Ele possa agradar-vos como o Filho, que triunfou da morte e vence o mal – Deus, que a todos acende no seu brilho, e um dia voltará, sol triunfal. Amém”. 

Aqui não temos como transcrever todo o texto do Exultet, mas seria interessante dar uma olhadinha no Missal romano, ler e meditar sobre cada palavra da proclamação Pascal. É uma viagem ao longo da história da salvação.

LITURGIA DA PALAVRA 

A liturgia da Palavra da Vigília Pascal é rica em significado. Ao longo das leituras, recordamos a obra da criação, a vocação de Abraão e sua obediência ao chamado de Deus. Contemplamos a libertação da escravidão. A travessia do mar Vermelho é rica de significado, pois nos apresenta a passagem da escravidão para a liberdade, a saída do Egito para a Terra Prometida. Há uma estreita analogia com a Páscoa, passagem da morte para a vida. 

As leituras também nos apresentam a consolação que Deus oferece ao seu povo ao longo de sua caminhada. Não poucas vezes o Senhor usou de misericórdia, demonstrando sua benevolência; não obstante isso, o povo escolhido se afasta de Deus, utilizando-se de sua liberdade, depois percebe que é necessário voltar, pois Deus pode verdadeiramente saciar seus corações. O Senhor sempre está perto para acolher e perdoar. A liturgia também nos demonstra a sabedoria eterna de Deus, que alcança todos os povos. Percebemos que o povo escolhido de Deus deve ser um canal de bênçãos para todos os povos. É justamente de seu povo escolhido que nos nasceu o Salvador. 

Depois da proclamação da Palavra de Deus do Antigo Testamento, a Igreja proclama-a no Novo Testamento, que nos indica essa novidade do plano de salvação de Deus para o seu povo. Ouvimos São Paulo fazendo uma profunda reflexão sobre a ressurreição de Jesus, associando-a ao Batismo, pelo meio do qual o novo povo de Deus se associa à morte e à ressurreição de Cristo, obtendo, assim, uma nova vida. Essa novidade de vida nos é testemunhada pelos discípulos, que se encontraram com o Senhor ressuscitado e o anunciam a todos os povos. Assim, percorrendo a Sagrada Escritura na Noite Santa, vemos como Deus libertou o seu povo e finalmente nos enviou seu Filho como nosso Redentor. A Páscoa inaugura um novo tempo, é a passagem para a plenitude da salvação.

A LITURGIA BATISMAL

Como o Batismo está estreitamente ligado à ressurreição, a liturgia batismal na Noite Santa tem um especial significado, pois é a demonstração de que pelo Batismo fomos feitos criaturas novas, pois o Cordeiro de Deus renova todas as coisas (cf. Ap 21,6). O canto da ladainha nos demonstra a comunhão que temos com todos os santos e ao mesmo tempo nossa confiança na intercessão de cada um deles, para que também possamos viver em comunhão plena com o Senhor.

A bênção da água batismal é repleta de simbologia, pois evoca sinais e acontecimentos da história da salvação. Descrevemos aqui as primeiras e últimas palavras dessa especial benção: “Ó Deus, pelos sinais visíveis dos sacramentos realizais maravilhas invisíveis. Ao longo da história da salvação, vós vos servistes da água (…) a fim de que o ser humano, criado à vossa imagem, seja lavado da antiga culpa pelo Batismo e renasça pela água e pelo Espírito Santo para uma vida nova”.

Com a renovação das promessas do Batismo, renunciamos ao demônio e a todas as suas artimanhas. Renovamos também nossa fé, proclamando os artigos do Creio, fundamentos de nossa vida cristã.

LITURGIA EUCARÍSTICA

A liturgia eucarística conclui essa sublime celebração. A Eucaristia, a partir do Tríduo Pascal, passa a ser o memorial permanente da ação salvífica de Jesus. Na Eucaristia celebramos “o Cristo, nossa Páscoa, que foi imolado. Ele é o pão da retidão e da verdade”. Assim, desde a ressurreição de Jesus, a Igreja reunida, seja no Cenáculo ou nas comunidades primitivas, nas grandes basílicas ou catedrais, nas igrejas espalhadas pelo mundo todo, celebra o único e suficiente sacrifício para a salvação da humanidade. Em cada celebração eucarística o sacrifício de Cristo é atualizado e seu corpo e sangue tornam-se alimento que nos fortalece para prosseguirmos anunciando que seu amor é infinito e para todos.

Com a Páscoa, celebramos a passagem de Jesus da morte para a vida. A ressurreição de Jesus revela a grande mentira que é a morte, pois ela sempre foi considerada o fim de todas as coisas, mas agora, junto com São Paulo, perguntamos: “Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Ora, o aguilhão da morte é o pecado e a força do pecado é a lei. Graças, porém, sejam dadas a Deus, que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo!” (1Cor 15,55-57).

Convivemos com a morte, pois ela faz parte da natureza, encerra o ciclo terreno de toda criatura, porém, não é a última realidade. Cremos na ressurreição. São Francisco até chamava a morte de irmã, pois não a temia e a considerava a possibilidade de encontrar-se definitivamente com o Senhor. 

É verdade que nos entristecemos com a perda de um ente querido. Ainda não compreendemos tudo e o medo do desconhecido nos assusta, porém, pela fé cristã somos convidados a contemplar a ressurreição de Cristo como a possibilidade da nossa própria. A ressurreição de Jesus inaugura as primícias da nossa. A morte já foi vencida, a nova realidade é a vida eterna, pois o Senhor faz novas todas as coisas.

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COMO PODE O SER HUMANO ENCONTRAR SENTIDO? https://revistaavemaria.com.br/como-pode-o-ser-humano-encontrar-sentido.html https://revistaavemaria.com.br/como-pode-o-ser-humano-encontrar-sentido.html#respond Fri, 31 Mar 2023 21:12:32 +0000 https://revistaavemaria.com.br/?p=71122 “A certeza gera serenidade.” (André Maurois, escritor francês)

Compete a cada um de nós tomarmos consciência da contribuição única e insubstituível, dentro deste desacertado conjunto de incertezas com que deparamos, a fazer a descoberta pessoal do sentido da vida e, quem sabe, contribuir na descoberta de um sentido comum que possa ser o fundamento da paz na sociedade.

Uma das coisas mais importantes que podemos fazer na descoberta do sentido de nossas vidas é nos lembrarmos desta orientação: “Tudo que podemos fazer é estudar a vida das pessoas que parecem haver encontrado suas respostas às questões em torno das quais gira em última análise a vida humana e compará-la com a vida daquelas que não as encontraram” (Charlotte Bühler).

Há meios importantes pelos quais se pode chegar ao sentido da vida. Um deles consiste em dedicar-se a um trabalho ou a fazer uma ação que serve como meio para expressar nossas capacidades de nos dedicar a algo e servir. Outro é encontrar alguém a quem se dedicar. Em outras palavras, o sentido pode ser encontrado no trabalho, mas também no amor. O mais é que mesmo uma vítima sem recursos, numa situação sem esperança, enfrentando o destino que não pode mudar, pode erguer-se acima de si mesma, crescer para além dela e, assim, mudar-se. Pode transformar a tragédia pessoal em triunfo (cf. Viktor E. Frankl, Em busca de sentido: um psicólogo no campo de concentração, pp. 156-157, Editora Sulina).

Será possível dar às pessoas existencialmente frustradas um sentido para suas vidas? Não, não será possível. Nem o médico, nem o psicólogo, nem o religioso podem dar o sentido à vida de alguém porque não são oniscientes, não conhecem totalmente a vida humana e não são onipotentes, não podem fazer tudo, principalmente porque não é possível dar sentido à vida, somente encontrá-lo.

O sentido da vida não pode ser dado, mas, encontrado, descoberto. Tem que ser encontrado pela própria pessoa – não dentro de si,mas além dela, pois é dotada da capacidade de autotranscendência. Encontrar o sentido está em estreita relação com a percepção da realidade. Cada situação com que deparamos constitui um desafio e a possibilidade de escolher concreta e objetivamente o que fazer numa situação possibilita descobrir seu sentido. É por isso que só se pode encontrar o sentido, porque ele é objetivo, não podemos atribuí-lo a nosso bel-prazer.

Não se trata de pôr, de colocar um sentido nas coisas, mas de extraí-lo delas, de perceber o sentido de cada uma das situações com que nos defrontamos. O sentido está na possibilidade e na necessidade que cada situação concreta da vida nos possibilita, é aquilo que é preciso nesses momentos, e essa possibilidade de sentido é sempre, como a própria situação, única e irrepetível. Uma vez feita a escolha, deixamos de lado outras possibilidades que nunca mais se repetirão.

O sentido de uma situação, se o encontrarmos e colocarmos em prática, torna-se real de uma vez para sempre. Aquela possibilidade de sentido que se nos apresentava naquele momento e naquele lugar, aqui e agora, torna-se eterna e salva no passado. O ser passado, isto é, algo realizado, é também uma forma de ser, talvez a forma mais segura. Tudo aquilo que realizamos e criamos fica guardado, conservado no interior do passado, e nem o tempo pode apagar.

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“NÃO É FERIADÃO, É SEMANA SANTA!” https://revistaavemaria.com.br/nao-e-feriadao-e-semana-santa.html https://revistaavemaria.com.br/nao-e-feriadao-e-semana-santa.html#respond Fri, 31 Mar 2023 21:05:52 +0000 https://revistaavemaria.com.br/?p=71118 Neste mês de abril haverá a Semana Santa, conhecida como a Semana Maior do calendário cristão, que faz recordar os mistérios da paixão, morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Nesse período, enquanto muitos cristãos se reúnem para celebrar e atualizar na própria vida esse mistério, outros aproveitam para fazer viagens e até dizem “É um feriadão”. Será? Claro que não!

É educativa, no sentido cristão, a campanha que tem surgido nas redes sociais, nos últimos anos, expressando veementemente “Não é feriadão, é Semana Santa!”. Certamente, essa frase desperta no coração de quem se diz cristão, isto é, seguidor de Jesus Cristo, a sensibilidade em acolher e refletir sobre a profundidade e beleza desse mistério. Não obstante, muitas pessoas ficam tão envolvidas com as celebrações litúrgicas desse contexto que são condicionadas a uma renovação espiritual e este, de fato, é o objetivo, dado que a Semana Santa culmina com a Páscoa, que implica dizer ressurreição, vida nova. 

  Viver a Semana Santa é viver segundo a vontade de Cristo, seguindo seus passos desde o caminho do Calvário até chegar à plenitude da vitória sobre o pecado e a morte. Quem vive, realmente, a espiritualidade dessa semana vê quanto ela ajuda no crescimento espiritual, fazendo com que o fiel, acolhendo os mistérios da fé, possa levar um sinal de esperança para este mundo dilacerado por tantas desesperanças. 

Diz o Papa Francisco, em uma de suas catequeses: “Viver a Semana Santa é entrar sempre mais na lógica de Deus, na lógica da cruz, que não é antes de tudo aquela da dor e da morte, mas aquela do amor e da doação de si que traz vida. É entrar na lógica do Evangelho. Seguir, acompanhar Cristo, permanecer com Ele exige um ‘sair’. Sair de si mesmo, de um modo cansado e rotineiro de viver a fé, da tentação de fechar-se nos próprios padrões que terminam por fechar o horizonte da ação criativa de Deus. Deus saiu de si mesmo para vir em meio a nós, colocou a sua tenda entre nós para trazer-nos a sua misericórdia que salva e doa esperança”. Todavia, o mundo contemporâneo, da pós-modernidade, parece não estar dando tanto atenção a esse “sair de si” e ir ao encontro do Cristo e, consequentemente, do próximo. É um mundo que está se descristianizando, quer dizer, tirando Cristo do centro da família, das instituições e até do próprio coração. É triste constatar quando as pesquisas apontam que o número de ateus e agnósticos tem aumentado, muito mais do que o de cristãos. Talvez a ideia do “feriadão”, num período tão espiritual quanto esse, seja consequência desse lastimável processo. 

É urgente se questionar: “Será que eu guardo vivos no coração os mistérios da fé e os pratico, de tal modo a me colocar em constante renovação espiritual, ou estou sendo levado pelas ideologias de um mundo anticristo, mundo esse que desvirtua os mistérios da fé, em vista de satisfações pessoais e econômicas?”. 

Em suma, vale lembrar: “Não é feriadão, é Semana Santa!”. 

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TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA): COMO LIDAR? https://revistaavemaria.com.br/transtorno-do-espectro-autista-tea-como-lidar.html https://revistaavemaria.com.br/transtorno-do-espectro-autista-tea-como-lidar.html#respond Fri, 31 Mar 2023 20:59:52 +0000 https://revistaavemaria.com.br/?p=71114 O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades.

Sinais de alerta no neurodesenvolvimento da criança podem ser percebidos nos primeiros meses de vida, sendo o diagnóstico estabelecido por volta dos 2 a 3 anos de idade. A prevalência é maior no sexo masculino.

A identificação de atrasos no desenvolvimento, o diagnóstico oportuno de transtorno do espectro autista e o encaminhamento para intervenções comportamentais e apoio educacional na idade mais precoce possível podem levar a melhores resultados no longo prazo, considerando a neuroplasticidade cerebral.

Ressalta-se que o tratamento oportuno com estimulação precoce deve ser preconizado em qualquer caso de suspeita de transtorno do espectro autista ou desenvolvimento atípico da criança, independentemente de confirmação diagnóstica.

A etiologia do transtorno do espectro autista ainda permanece desconhecida. Evidências científicas apontam que não há uma causa única, mas sim a interação de fatores genéticos e ambientais. A interação entre esses fatores parece estar relacionada ao transtorno do espectro autista, porém, é importante ressaltar que “risco aumentado” não é o mesmo que causa fatores de risco ambientais.

Os fatores ambientais podem aumentar ou diminuir o risco de transtorno do espectro autista em pessoas geneticamente predispostas. Embora nenhum desses fatores pareça ter forte correlação com aumento e/ou diminuição dos riscos, a exposição a agentes químicos, deficiência de vitamina D e ácido fólico, uso de substâncias (como ácido valproico) durante a gestação, prematuridade (com idade gestacional abaixo de 35 semanas), baixo peso ao nascer (menos que dois quilos e meio), gestações múltiplas, infecção materna durante a gravidez e idade parental avançada são considerados fatores contribuintes para o desenvolvimento do transtorno do espectro autista.

O transtorno do espectro autista afeta o comportamento da criança. Os primeiros sinais podem ser notados em bebês nos primeiros meses de vida. No geral, uma criança com transtorno do espectro autista pode apresentar os seguintes sinais: 

  • Dificuldade para interagir socialmente, como manter contato visual, identificar expressões faciais e compreender gestos comunicativos, expressar as próprias emoções e fazer amigos; 
  • Dificuldade na comunicação, caracterizada por uso repetitivo da linguagem, e dificuldade para iniciar e manter um diálogo; 
  • Alterações comportamentais como manias, apego excessivo a rotinas, ações repetitivas, interesse intenso em coisas específicas e dificuldade de imaginação. 

Se você acha que seu filho (ou a criança pela qual você é responsável) não está se desenvolvendo conforme os marcos apresentados na caderneta da criança, procure um profissional de saúde da atenção primária à saúde (posto ou unidade básica). É nesses locais que deve ser feita a avaliação inicial e a definição da necessidade de encaminhamento para um especialista. 

Embora ainda não tenha cura, o transtorno do espectro autista pode ser tratado de inúmeras formas. Com o apoio de uma equipe multidisciplinar (diferentes profissionais), a criança pode desenvolver formas de se comunicar socialmente e de ter maior estabilidade emocional. 

Nenhuma criança com transtorno do espectro autista pode ser discriminada em função de suas dificuldades ou impedida de frequentar qualquer lugar público.

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