Janeiro 2023 – Revista Ave Maria https://revistaavemaria.com.br A Revista Mariana do Brasil - fundada em 28 de maio de 1898 pelos Claretianos em São Paulo Sun, 31 Dec 2023 20:09:32 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.9 https://revistaavemaria.com.br/wp-content/uploads/2021/08/cropped-ico-revista-avemaria-60x60.png Janeiro 2023 – Revista Ave Maria https://revistaavemaria.com.br 32 32 JANEIRO BRANCO: COLOQUE A SAÚDE MENTAL COMO PRIORIDADE EM 2024 https://revistaavemaria.com.br/janeiro-branco-coloque-a-saude-mental-como-prioridade-em-2024.html https://revistaavemaria.com.br/janeiro-branco-coloque-a-saude-mental-como-prioridade-em-2024.html#respond Sun, 31 Dec 2023 20:09:32 +0000 https://revistaavemaria.com.br/?p=73035 Quando um novo ano começa é o momento ideal para refletir sobre a importância da saúde mental e emocional. Embora campanhas de conscientização ocorram em certos períodos é vital reconhecer que os cuidados com a saúde mental devem ser uma prática contínua.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), no Brasil 86% da população sofre de algum transtorno mental, incluindo depressão, ansiedade, fobias e transtornos de personalidade, por isso é essencial aprender e aplicar estratégias eficazes para cuidar da saúde mental, especialmente no começo de um novo ciclo.

O QUE É SAÚDE MENTAL?

Saúde mental é um termo psicológico que descreve o equilíbrio entre habilidades, emoções, objetivos e outros aspectos da vida. A forma como gerenciamos esses elementos determina a nossa saúde mental, podendo levar a reações saudáveis ou prejudiciais.

Entender como cuidar da saúde mental é crucial para enfrentar diversas situações e emoções que surgem no dia a dia. Uma boa saúde mental permite bem-estar pessoal e interações sociais positivas, além de prevenir doenças físicas. 

A seguir, algumas dicas para manter a saúde mental e emocional ao longo do ano.

    • Priorize a saúde física: a atividade física melhora cognição, energia e autoestima, liberando endorfinas que promovem bem-estar. Inclua na rotina uma alimentação balanceada, exercícios, hidratação e meditação;
  • Cultive relacionamentos positivos: mantenha-se próximo a pessoas que lhe fazem bem. Relacionamentos saudáveis são fundamentais para uma vida prazerosa e significativa;
  • Valorize o lazer: engaje-se em atividades que trazem alegria, seja com amigos, familiares, animais de estimação ou sozinho. O lazer é essencial para o equilíbrio emocional;
  • Reduza o tempo on-line: diminua o uso de redes sociais e tecnologia, focando atividades reais que tragam prazer e satisfação pessoal;
  • Estabeleça metas e objetivos: viva com propósito e defina metas claras para se motivar diariamente. A realização de pequenos objetivos contribui para a saúde mental;
  • Durma bem: priorize um sono de qualidade, dormindo de sete a oito horas por noite, isso ajuda a manter a mente relaxada e eficiente;
  • Busque ajuda profissional: não hesite em procurar apoio profissional ao enfrentar dificuldades emocionais ou mentais.

Entender e aplicar essas estratégias é fundamental para garantir melhor qualidade de vida, bem-estar e longevidade. À medida que avançamos no ano novo, lembre-se de cuidar da sua saúde mental e emocional.

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QUE SEJAMOS FELIZES https://revistaavemaria.com.br/que-sejamos-felizes.html https://revistaavemaria.com.br/que-sejamos-felizes.html#respond Mon, 02 Jan 2023 15:57:06 +0000 https://revistaavemaria.com.br/?p=70505 Ano novo, vida nova. Ao menos é o que dizem. Entretanto, na verdade, é uma continuidade, uma extensão das lições aprendidas, continuação de tudo aquilo que ainda pode dar certo ou errado. 

Não podemos simplesmente apagar os últimos 365 dias; não podemos simplesmente apagar o que não gostamos e colocar em destaque o que foi bom. Cada dia de nossas vidas importa, mesmo os ruins, pois tudo nos ensina, mesmo que às vezes machuque. Não podemos desanimar tanto quanto não podemos, também, confiar no acaso, mas sim na misericórdia e graça de Deus.

Edmund Burke disse: “Aqueles que não conhecem a história estão fadados a repeti-la”. Embora o contexto seja outro, isso vale para nossas vidas, também, por isso, vamos estabelecer a importância acerca de nosso passado pessoal. 

O início de um novo ano não é uma oportunidade para apagar a história, mas para mostrar quanto aprendemos e evoluímos. É uma experiência para zerar o cronômetro, sabendo mais do que se sabia no ano anterior e no anterior e no anterior… Isso significa esperança, pois, se há tempo, há oportunidade. 

Cada dia importa, cada dia é uma oportunidade. A cada ano temos 365 (em alguns 366) dias para colocar nossos sonhos em prática, para avaliarmos nossos interiores, nossos hábitos, nossos relacionamentos e tudo que nos faz ser quem somos para decidir se precisamos mudar. Mudar por nós, não pelos outros, e o mais importante: mudar tudo aquilo que não segue o exemplo do Cristo que deu a sua vida para nos salvar, pois, como bons cristãos, queremos ser como Ele, ter sua bondade, caridade, amor ao próximo. Seria um bom desafio para este ano que se inicia nos tornarmos menos egoístas e mais altruístas, pensarmos mais no próximo do que em nós mesmos. Vamos cuidar de nós, mas vamos também cuidar do próximo. Ninguém solta a mão de ninguém, certo?

Que todos possamos, simplesmente, ser felizes.

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NOSSA SENHORA CONSOLADORA, IBIAÇÁ (RS) https://revistaavemaria.com.br/nossa-senhora-consoladora-ibiaca-rs.html https://revistaavemaria.com.br/nossa-senhora-consoladora-ibiaca-rs.html#respond Mon, 02 Jan 2023 15:53:37 +0000 https://revistaavemaria.com.br/?p=70501 A história de Nossa Senhora Consoladora de Ibiaçá (RS) remonta aos idos de 1840, quando ainda o local se chamava Três Pinheiros e depois São João da Forquilha. Em 1923 foi construída uma capela cuja padroeira era Santa Filomena; em 1947, uma segunda capela, bem maior, foi erguida. No ano seguinte, a capela foi elevada à categoria de paróquia e o local passou a ser Distrito de Lagoa Vermelha. Nessa época houve também a troca de nome: passou a chamar-se Ibiaçá, que na língua indígena significa “fonte de água cristalina”.

Em 1952, por iniciativa do Padre Zanatta, aconteceu a primeira e o início das romarias, bem como a mudança da padroeira para Nossa Senhora da Consolação. A emancipação do município aconteceu em 1965 e em 1970 ocorreu a construção do atual Santuário Diocesano de Nossa Senhora Consoladora. O santuário sempre teve o apoio dos bispos como Dom Henrique Gelain, Dom Orlando Dotti, Dom Irineu Gassen e Dom Silvio Guterres.

O objetivo do santuário é oferecer ao povo e aos idosos da região do alto da serra gaúcha uma mãe que conforta, consola e dá esperança nas horas de solidão e de sofrimento. Assim como Jesus nos revelou o Pai, assim também Ele nos deixou uma mãe que consola nossas aflições. Nossa Senhora Consoladora, rogai por nós!

ORAÇÃO A NOSSA SENHORA CONSOLADORA

Ó, Virgem Santíssima, Nossa Senhora da Consolação, a vós recorremos, animados da mais íntima confiança filial na vossa compassiva bondade materna. Nunca se ouviu dizer, ó benigna Consoladora dos Aflitos, que alguém em suas penas, tristezas e necessidades a vós recorresse em vão, por isso a vós recorremos nas presentes aflições e angústias de nossa vida. Ó, doce Mãe da Consolação, consolai estes vossos filhos que, cheios de confiança, prostram-se aos vossos pés. Atendei as súplicas, enxugai as nossas lágrimas, aliviai as nossas dores, assisti-nos em todas as nossas tribulações. Alcançai-nos a paz, a alegria e a perfeita resignação à vontade santa de Deus, a fim de que, incessantemente reconfortados pelo bálsamo suavíssimo das consolações espirituais de que sois amável e poderosa intercessora, possamos santificar todos os sofrimentos e amarguras desta vida, transformando-os em coroa de glória para a nossa eternidade. Assim seja!

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TRÊS DICAS PARA BEM VIVER O ANO QUE SE INICIA https://revistaavemaria.com.br/tres-dicas-para-bem-viver-o-ano-que-se-inicia.html https://revistaavemaria.com.br/tres-dicas-para-bem-viver-o-ano-que-se-inicia.html#respond Mon, 02 Jan 2023 15:52:25 +0000 https://revistaavemaria.com.br/?p=70497 A mudança de ano é uma boa oportunidade para ter novos propósitos ou resoluções. O arcebispo de Los Angeles (Estados Unidos), Dom José Gómez, é um dos que sugerem realizar essa prática, já que fazer resoluções de ano novo é um hábito profundamente cristão.

COLOCAR JESUS NO CENTRO DE NOSSAS VIDAS

O prelado indicou que a melhor forma de se aproximar de Jesus é lendo o Evangelho diariamente. 

A cada dia, durante alguns minutos, leia uma passagem, pode ser da leitura diária da Missa. Depois, “Peça a Jesus que abra sua Palavra para você. Não se pergunte o que a passagem do Evangelho diz ‘no geral’ ou o que poderia significar para outras pessoas. Pergunte pessoalmente a Jesus: ‘Senhor, o que está me dizendo? O que quer que eu faça? O que devo mudar em minha vida se quero te seguir mais de perto?’”, disse Dom José.

Ele sugeriu aplicar o que a passagem diz a cada um durante o dia, “Assim, começamos a ver nossas vidas como Ele as vê, a partir de sua perspectiva”.

MELHORAR A VIDA DOS OUTROS

A segunda resolução é ter a disposição e a intenção diária para servir, de melhorar a vida de alguém. O arcebispo de Los Angeles indicou que o amor “Começa com aqueles que nos exigem mais coisas, com os que representam um desafio para nosso egoísmo”, com aqueles que estão mais perto. Por isso, sugeriu ter mais paciência, ser mais compreensivo, não julgar imediatamente sem dar o benefício da dúvida, aceitar as pessoas como são, também deixar de criticar e fazer com que as conversas sejam positivas.

“Temos que nos tratar uns aos outros com ternura e amor. Algumas vezes, podemos mudar todo o curso do dia das pessoas apenas sorrindo para elas, apenas escutando o que têm a dizer”, manifestou.

  1. PERDOAR OS OUTROS COMO DEUS NOS PERDOA

Este propósito consiste em pensar em alguma pessoa com a qual se está aborrecido ou que não lhe agrada: “Em silêncio, pensemos em alguma pessoa com a qual estamos chateados, com as quais estamos com raiva, em alguém de quem não gostamos. Pensemos nessa pessoa e rezemos por essa pessoa e nos tornemos misericordiosos com ela”.

“Não perdoamos o suficiente. Isso danifica nossas famílias, prejudica nossas relações. As pessoas vão nos causar danos e vão nos ofender todos os dias, mas, permanecer com raiva ou ressentidos não cura nada. Só faz com que as coisas nos entristeçam por mais tempo”, indicou o arcebispo de Los Angeles.

Fonte: ACI Digital

 

INTENÇÕES DE ORAÇÃO

“Que Nossa Senhora de Guadalupe abençoe meus filhos e família!” (Zuleica Silva)

“Senhor Jesus Cristo misericordioso, eu confio em vós! Proteja e conduza nossos caminhos na perseverança da oração e conversão!” (Anaci Gomes)

“Peço pela minha saúde, pela dos meus familiares e amigos. Pela minha ex-nora Elline Lara e seus familiares. Pelo meu netinho, Kalleb José.” (Bia Morais)

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ESDRAS, O SACERDOTE DA LEI https://revistaavemaria.com.br/esdras-o-sacerdote-da-lei.html https://revistaavemaria.com.br/esdras-o-sacerdote-da-lei.html#respond Mon, 02 Jan 2023 15:51:06 +0000 https://revistaavemaria.com.br/?p=70493 Esdras, cujo significado em hebraico é “auxiliador, ajuda”, era proveniente de uma família sacerdotal e sua formação foi toda versada na lei (cf. Esd 7,12). Ele era oficial da corte persa, membro da comunidade judaica da Babilônia que retornou a Jerusalém no sétimo ano do rei Artaxerxes I. O próprio rei o enviou com uma cópia da lei de Moisés decretando uma reforma nas questões religiosas no ano 428 a.C.

Quando se celebrava a Festa dos Tabernáculos, a lei era lida para o povo, que a assimilou por meio de jejuns e confissões de seus pecados. Essa reforma não era tanto litúrgica e cultural, mas sobre a questão dos casamentos mistos entre israelitas e mulheres estrangeiras. Não sabemos ao certo se essas normas foram implementadas, mas, houve separação do povo e isolamento.

Esdras surgiu para garantir a estabilidade política adquirida por Neemias. Por intermédio dele e de Neemias nasceu o judaísmo, a teocracia. Embora os judeus politicamente estivessem submissos aos persas foi lhes dado o direito de viver de acordo com a lei de Deus expressa na Torá. Os principais problemas enfrentados pelo povo exilado eram a luta para restaurar o templo, o desejo de uma reforma espiritual e a renovação da comunhão com Deus.

O Livro de Esdras narra sua missão como restaurador da fidelidade do povo a Deus, revelando que Ele cumpre suas promessas. A volta do povo a Israel precisava de novos caminhos que assegurassem a aliança e, nesse sentido, Esdras preparou seu coração para fazer a vontade de Deus levando formação e informação ao povo. Solidificou seu coração no propósito de resgatar a vida daquelas pessoas a Deus. Ensinou a Palavra de Deus com a prática da fé.

A vocação de Esdras é significativa para nossos tempos, pois Deus, na sua mansidão, escolhe seus mensageiros para guiar e admoestar o povo nos sagrados mistérios, despertando-o para o compromisso da verdade. Esses sinais dos tempos revelam que o Senhor está atento ao comportamento da humanidade e faz de tudo para que não se desvie. Em tempos de esfriamento espiritual, sempre haverá alguém que ecoará a voz de Deus, reconduzindo os perdidos ao sonho da santidade.

Podemos afirmar que Esdras, dotado da graça de Deus, tendo a mão do Senhor sobre ele (cf. Esd 7,6), percorreu a estrada do amor no cumprimento da lei de Moisés, ensinando o povo a seguir o único e verdadeiro Deus, compassivo e generoso que zela pelo rebanho e lhe dá no tempo certo a colheita dos frutos da bênção. 

Administrar as coisas do alto é um dom oferecido aos que se dedicam a Deus e às suas causas. Esdras aponta a direção na disposição em servir sem esperar recompensas. Sigamos seu exemplo e renovemos nossa aliança com Deus!

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A NOVA BEATA BRASILEIRA | O HOMEM DO SANTO SUDÁRIO | JMJ 2023 https://revistaavemaria.com.br/a-nova-beata-brasileira-o-homem-do-santo-sudario-jmj-2023.html https://revistaavemaria.com.br/a-nova-beata-brasileira-o-homem-do-santo-sudario-jmj-2023.html#respond Mon, 02 Jan 2023 15:49:24 +0000 https://revistaavemaria.com.br/?p=70489 A NOVA BEATA BRASILEIRA: “RESPEITO DA DIGNIDADE DAS MULHERES”

O Cardeal Raymundo Damasceno Assis, arcebispo emérito de Aparecida (SP), foi nomeado pelo Papa Francisco para presidir a solene cerimônia de beatificação da Serva de Deus Isabel Cristina no Santuário Nossa Senhora da Piedade, em Barbacena (MG). 

A jovem brasileira foi brutalmente assassinada, aos 20 anos, em 1982, em Juiz de Fora (MG), por um homem que montava um guarda-roupa em sua casa. Em outubro de 2020, o Papa Francisco reconheceu seu martírio, mas, devido à pandemia, somente agora foi possível a celebração de sua beatificação.

Em sua reflexão, Dom Raymundo partiu da passagem evangélica da liturgia do dia, em que Jesus adverte seus apóstolos: “Não tenhais medo daqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma” (Mt 10,28). Com essa admoestação, com a qual Jesus demonstra seu incessante cuidado conosco, ressoa em nossos corações que não sejamos impotentes diante do mal.

MATAR O CORPO, MAS NÃO A ALMA

Essa foi a atitude de Isabel Cristina durante seu brutal assassinato, em 1º de setembro de 1982. A jovem, de apenas 20 anos, não temeu quem estava para matar seu corpo, mas não a sua alma. Entretanto, esse cruel acontecimento não significa uma vitória da violência e do mal sobre a paz e o bem. Ela simplesmente não temeu, por isso recebeu a palma do martírio: “O sangue dos mártires”, segundo Tertuliano, “é a semente de novos cristãos”. 

Dom Raymundo referiu-se aos que poderiam perguntar “Não é uma insensatez classificar o martírio como um dom de Deus?”. Citando Santo Oscar Romero, bispo e mártir salvadorenho, disse: “O martírio é uma graça de Deus, que eu não mereço. Com o sacrifício da minha vida, espero que meu sangue seja semente de liberdade e sinal de que a esperança se tornará realidade”.

DOM DA FÉ

O dom da fé, que recebemos de Deus no nosso Batismo, torna-nos testemunhas do amor e da misericórdia de Nosso Senhor. Não há fé se não vivermos com fé: a fé testemunhada torna-se martírio cotidiano, na vivência da verdade, da justiça, do perdão, da solidariedade, da alegria, do amor e da paz. O apelo de Jesus a “não ter medo” deve ressoar no seio de nossas famílias. Que nossos lares, sob o exemplo do lar da Beata Isabel Cristina, sejam celeiros de vida. Que em nossas casas as crianças, os jovens e os idosos sejam defendidos e amados.

Desde pequena, a nova beata aprendeu, em família, os valores do Evangelho, que fizeram da sua morte um verdadeiro testemunho de vida. Isabel aprendeu, com seus pais, as virtudes da pureza, da castidade, do amor aos pobres, do zelo com os necessitados. Eis os valores, enraizados em seu coração, que a levaram a não ceder ao ódio e à brutalidade, mas a permanecer fiel ao amor e à paz.

HOJE, MAIS MÁRTIRES DO QUE NO INÍCIO

O Cardeal Raymundo continuou exortando todos, mas de modo particular os jovens a “não ter medo” de dedicar suas vidas aos valores que não perecem. O Papa Francisco reiterou, repetidas vezes, que “hoje existem mais mártires, em todos os lugares, que no início do cristianismo”. O martírio de Isabel Cristina nos leva também a pedir a Deus a graça de que as mulheres sejam respeitadas em sua dignidade; que cessem a exploração e os crimes sexuais contra elas; que cesse o feminicídio! Não tenhamos medo de romper as cadeias da violência e da opressão.

Dom Raymundo concluiu sua homilia pedindo à nova Beata Isabel Cristina que nos ajude a renovar nossa adesão ao martírio, na fidelidade ao Evangelho, conformados a Cristo. Que seu exemplo nos proporcione coragem de aceitar as cruzes, os sofrimentos, as angústias e as dores de nossa vida de cada dia. Se estivermos com Jesus, mártir por excelência, mártir dos mártires, nada devemos temer!

Fonte: Vatican News

 

O HOMEM DO SANTO SUDÁRIO EM IMAGENS INÉDITAS E HIPER-REALISTAS

A riqueza dos detalhes de uma escultura do corpo de Jesus está impactando os cristãos ao redor do mundo numa exposição na Catedral de Salamanca, na Espanha. Trata-se da mostra “O Homem Misterioso”, que apresenta ao público uma escultura inédita e hiper-realista do corpo de Jesus feita com base nos estudos do Santo Sudário.

A escultura é rica em detalhes que impressionam e podem até chocar, pois, por meio dela, o sofrimento de Jesus na paixão parece ser mais real, maior e mais próximo dos que a observam.

Segundo Álvaro Blanco, que é o curador da exposição, a obra demandou quinze anos de pesquisas sobre o Sudário de Turim. O resultado: uma escultura com 75 quilos e aproximadamente um metro e oitenta centímetros, feita em látex e silicone. O corpo é recoberto de chagas profundas resultantes da tortura sofrida por Jesus. A imagem possui ainda os pés curvados e mãos atadas, com as costas elevadas, os ombros lacerados pelo peso da cruz, o olho direito inchado e a parte posterior da cabeça machucada pela coroa de espinhos.

O curador afirma que, ao colocar o “Homem Misterioso” sobre a mesa da exibição, teve a certeza de “que estava diante da imagem que todos temos de Jesus de Nazaré”. Para ele, a exposição é uma oportunidade de se sentir e estar diante da imagem de Cristo “como nunca foi feito antes”.

SINAIS DA PAIXÃO

Blanco também destacou que a escultura evidencia “uma tortura mais dura do que a pintura sempre refletiu, com uma morte atroz causada não só por crucificação, mas também pela flagelação a cargo de duas pessoas a sessenta centímetros de seu corpo”. Outros dados de diferentes estudos refletem que o homem do Sudário recebeu 150 impactos que causaram 250 feridas distribuídas por todo o seu corpo.

Para obter as medidas da estátua, os artistas que trabalharam nela se basearam nos pontos de sangramento dos pés, das pernas e dos joelhos. Dessa forma, “O corpo de Jesus foi reconstruído antropologicamente, fazendo testes com volumes tridimensionais”, afirma o site da Diocese de Salamanca.

Na inauguração da mostra, o bispo da Diocese de Salamanca, Dom José Luis Retana, afirmou que, por meio da escultura, nossos olhos “vão contemplar os sinais físicos da paixão do Senhor e do amor de Deus que se fez carne em Jesus Cristo e que morre como malfeitor e como sacrifício da nossa salvação”.

Fonte: Aleteia

 

CAMPANHA DE ANGARIAÇÃO DE VOLUNTÁRIOS PARA JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE LISBOA 2023

A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023 lançou uma campanha de angariação de voluntários. Com o lema “A Jornada Mundial da Juventude precisa de ti”, a Fundação JMJ Lisboa 2023 dirige-se a todos os que querem ser voluntários no grande encontro da capital portuguesa, participando em diversas atividades fundamentais para o acolhimento dos jovens e na realização das várias iniciativas da Jornada Mundial da Juventude que se realizará em Lisboa de 1º a 6 de agosto desse ano com a presença do Papa.

MOBILIZAR JOVENS VOLUNTÁRIOS

Em comunicado enviado pela organização do evento, Margarida Manaia, diretora de Acolhimento e Voluntariado da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, afirma que “Os voluntários são fundamentais na Jornada Mundial da Juventude, porque participam ativamente na sua construção e, sobretudo, porque cada voluntário, com a sua alegria, generosidade, vontade de servir e acolher todos é a “cara” da própria Jornada Mundial da Juventude! Será seguramente uma experiência inesquecível para cada voluntário!”.

Por sua vez, Ana Alves, diretora de Comunicação da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, afirma que “Com o lançamento desta campanha procuramos sensibilizar e mobilizar todos aqueles que, em Portugal e no mundo inteiro, pretendam inscrever-se como voluntários para a Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 e ajudar-nos a acolher os jovens ao longo de todo o encontro”.

A nota de imprensa da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 revela que a campanha vai ser divulgada não só em Portugal, mas também em nível internacional nas redes sociais do evento, e está intimamente ligada à primeira campanha que se dirigia às primeiras inscrições de jovens no evento com o lema “A Jornada Mundial da Juventude é para ti”, campanha que teve seu início com a inscrição do Papa Francisco.

Com essa nova campanha, a organização do evento “pretende sensibilizar voluntários de curta duração para apoiar a organização durante o encontro, procurando mobilizar entre 20 a 30 mil voluntários. Os voluntários de curta duração deverão ter disponibilidade para duas semanas de serviço, sendo que a primeira semana será de formação e a segunda, o encontro propriamente dito”, refere o comunicado da jornada.

O site oficial do evento informa que “os voluntários da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 estarão ao serviço dos peregrinos” e que “São um grande apoio na concretização das muitas tarefas que um evento desta dimensão exige. Serão primeiro um rosto simpático, seguro, disponível e capaz de ajudar quem precisa, ou encaminhar corretamente qualquer que seja a necessidade: informações gerais, dúvidas sobre os eventos, apoio às pessoas com mobilidade condicionada.

São vários os tipos de voluntários num evento dessa enorme dimensão. “Alguns terão uma missão muito visível e em locais de destaque, outros um papel mais discreto e igualmente crítico para que a JMJ aconteça”, sublinha a organização.

Fonte: Vatican News

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28 DE JANEIRO | SANTO TOMÁS DE AQUINO https://revistaavemaria.com.br/28-de-janeiro-santo-tomas-de-aquino.html https://revistaavemaria.com.br/28-de-janeiro-santo-tomas-de-aquino.html#respond Mon, 02 Jan 2023 15:47:10 +0000 https://revistaavemaria.com.br/?p=70485 DOUTOR ANGÉLICO
(1226-1274)

“Deus onipotente e eterno, eis que me aproximo do sacramento do teu Filho unigênito, nosso Senhor Jesus Cristo: aproximo-me como um doente do médico, que lhe devolve a vida, como o pecador à fonte da misericórdia, como o cego à luz do esplendor eterno, como o pobre e o necessitado ao Senhor do Céu e da

Terra”: com esta oração, Tomás de Aquino iniciava sua preparação à Celebração Eucarística, profundamente consciente do próprio nada e totalmente abandonado ao amor do Pai. Talvez sua grandeza fosse proporcional à sua humildade.

Nasceu no castelo de Roccasecca, próximo de Caserta, no sul da Itália, em 1225 ou 1226, da nobre família dos Aquinos. O pai, Landolfo, era de origem longobarda e a mãe, Teodora, era uma napolitana de origem normanda. Teve outros três irmãos e cinco irmãs, sem contar os três nascidos de um Matrimônio anterior do pai.

DESTINADO À CARREIRA ECLESIÁSTICA

Sendo Tomás o filho mais novo dos homens, os pais pensaram no seu futuro oferecendo-o como oblato aos 5 anos à abadia de Montecassino. A oblatura – como se costumava chamar – não pressupunha que o rapaz, quando atingisse a maturidade, tivesse necessariamente de fazer os votos religiosos, era apenas uma preparação que tornava os candidatos idôneos a tal escolha.

Tomás se deu muito bem no mosteiro e sempre manteve ótimo relacionamento com seus mestres. O abade o estimava muitíssimo, seja pelos dons intelectuais, seja pelo amor que demonstrava à disciplina monástica, embora Tomás, já crescido, não pensasse em ser monge.

A rica abadia de Montecassino naquele período era motivo de controvérsia entre o Papa e o imperador Federico II. O imperador em 1239 ocupou-a militarmente e expulsou todos os monges que não tinham nascido nos territórios de sua jurisdição. Lá ficaram somente oito. Era impossível naquelas condições manter uma escola para os oblatos. O abade acompanhou pessoalmente Tomás para seus pais e recomendou-lhes que fizessem continuar os estudos em Nápoles, embora a universidade não fosse papal, mas do imperador.

Em Nápoles, Tomás fez o curso das artes liberais e teve a felicidade de conhecer a tradução de alguns escritos de Aristóteles. As obras do filósofo grego, utilizadas pelos mestres muçulmanos para combater a fé cristã, eram proibidas nas faculdades eclesiásticas. Tomás percebeu que eram valiosas.

PREFERIU O CARISMA DE DOMINGOS

Em Nápoles aconteceu um fato muito importante: Tomás conheceu os frades pregadores do Convento de São Domingos, talvez por tê-los escutado nas pregações, ou por terem sido seus companheiros de estudos, e ficou fascinado pelo seu estilo de sua vida.

Ele conhecia a vida do mundo e da igreja. Nos anos que passou em Montecassino, descobriu a beleza do cristianismo mas viu também como os monges sempre estavam envolvidos em interesses mundanos por causa da riqueza que possuíam. Na família, havia experimentado o amor verdadeiro dos pais e dos irmãos, mas havia também visto muitas tramas políticas para ele incompreensíveis. Sobretudo, não aceitava que homens de igreja se envolvessem nos afazeres temporais e ficassem competindo para obter por todos os meios cargos economicamente rentáveis.

Àquela situação nada evangélica, Tomás quis dar uma resposta bem concreta com a sua vida e resolveu se tornar mendicante dominicano. Tinha aproximadamente 20 anos e sua decisão deixou os parentes boquiabertos, sobretudo a mãe, viúva, que contava com ele para levar adiante a gestão dos negócios da família. Usufruindo, de fato, dos favores do imperador, a quem seguiam seus filhos, tinha a possibilidade de torná-lo rapidamente abade de Montecassino, segundo um antigo desejo paterno.

Quando a castelã de Roccasecca soube que Tomás estava viajando para Paris, pediu aos filhos para trazê-lo de volta para casa, usando, se necessário, também a força. Esses obtiveram uma escolta armada da parte do imperador, que se encontrava na Toscana, para combater contra as cidades fiéis ao Papa; prenderam-no e enviaram-no de volta, fazendo uma parada no castelo de São João, que lhes pertencia.

A PACIÊNCIA TEM SEUS LIMITES

Na cela onde Tomás estava preso foi levada à noite uma belíssima jovem com a desculpa de servi-lo, mas, na realidade, era para tentar seduzi-lo. Tomás, que normalmente era muito paciente, depois de um dia cheio de aventuras e agitado perdeu a paciência e com um tição aceso ameaçou-a, obrigando-a a fugir. O acontecimento pode parecer lendário, mas, além de seus biógrafos daquele tempo, como também os historiadores modernos, consideram-no autêntico.

O amor de Tomás pela castidade, de fato, era proverbial; não é por nada que ele é chamado doutor angélico. Não se trata de uma castidade miraculosa, mas de um dom conquistado com luta, no dia a dia, como testemunha esta oração escrita por ele: “Ó, meu bom Jesus, sei bem que todo dom perfeito, mais do que qualquer outro, o da castidade, depende da poderosa influência da vossa providência e que, sem vós, o homem não pode fazer nada. Peço-vos que me protejais com a vossa graça a castidade e a pureza da minha alma e do meu corpo. E se receber contra a minha vontade qualquer impressão sensual, que possa manchar a castidade e a pureza, eu vos peço que a retireis de mim, vós que sois o supremo Senhor de todos os sentidos, para que eu possa com o coração imaculado avançar no vosso amor e serviço, oferecendo-me casto, todos os dias de minha vida, sobre o altar da vossa divindade”.

No dia seguinte foi conduzido a Roccasecca e entregue à mãe que o amava com muita ternura, mesmo que não conseguisse aceitar que um de seus filhos se tornasse um mendicante. Procurou convencê-lo com todos os argumentos, mas, foi inútil. Ele tentou influenciar a irmã Marotta para que ficasse do seu lado e também abandonasse o mundo. De fato, ela também se tornou monja e, depois, abadessa de Santa Maria de Cápua.

A mãe nada mais podia fazer além de aceitar a decisão do filho. Começou por permitir aos dominicanos de Nápoles que o visitassem e, depois de um ano, deixou-o partir com sua bênção. Nesse meio de tempo, a nobre castelã normanda viu caírem por terra os seus planos, pois o imperador, depois de acontecimentos desagradáveis, já não tinha mais a mesma força.

Naquela confusão de lutas entre o Papa e o imperador, entre poder temporal e espiritual, Tomás expressou com clareza seu pensamento num escrito. Assim o resume James A. Weisheipl, seu biógrafo atualmente mais qualificado: “Tomás afirma que o Papa, em virtude de seu ofício canônico, é o chefe espiritual da Igreja e nenhum outro; todo atributo político ou mundano que se sobrepõe a essa autoridade essencialmente espiritual é um elemento acidental, cuja presença ou ausência não modifica de modo algum a natureza espiritual intrínseca na Igreja”.

É de admirar a lucidez dessa visão quando se pensa que, naquele tempo, a grande maioria dos eclesiásticos raciocinava de modo diferente, porém Tomás, antes de assumir uma posição teórica, tinha rejeitado, como diz Weisheipl, qualquer posição na Igreja que pudesse envolvê-lo nos negócios temporais.

De volta ao convento, podia finalmente preparar-se para fazer sua profissão na Ordem dos Pregadores. O superior-geral, João, o Teutônico, também dessa vez achou oportuno mandá-lo para o estrangeiro para evitar posteriores reconsiderações e consequentes complicações por parte dos parentes.

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CANTAR COM ALEGRIA! https://revistaavemaria.com.br/cantar-com-alegria-2.html https://revistaavemaria.com.br/cantar-com-alegria-2.html#respond Mon, 02 Jan 2023 15:43:46 +0000 https://revistaavemaria.com.br/?p=70480 A alegria é transparente. É flagrante! Muitas vezes, confundem-se sentimentos e emoções sem poder distingui-los completamente, mas a alegria produz frutos inconfundíveis: ilumina o ambiente, desperta a paz de espírito, traz intensa vontade de viver, suspende julgamentos e faz o coração sentir a caridade, isto é, o amor sublimado. Não é preciso detalhar aqui os processos de falsa alegria e euforia. Por quê? Porque a marca da verdadeira alegria é a paz de espírito.

Vivemos em tempos de muito barulho. Há barulho externo excessivo causado pela agitação constante, aparelhos sonoros em toda parte e uma correria sem fim. Até mesmo os momentos de lazer e de cuidados físicos são excessivamente sonorizados e agitados. Também há barulho interno excessivo causado pela competição profissional, crises de existência, afetos em desarmonia. As pessoas geralmente reclamam muito de agitação e confusão mentais, uma mistura entre depressão e ambição, competição e frustração, realidade e ilusão. O pior é quando tudo se mistura e a agitação patológica é interpretada como alegria. Euforia precisa de tratamento.

No cristianismo o assunto é direto: a alegria é a marca do cristão! O canto é o

transbordamento da alegria cristã, portanto, é o canto, o modo como se canta e usa o corpo, que revela o encontro íntimo com a premissa cristã. Em Atos 2,46 diz-se que “Dia após dia, como um só coração (…) partiam o pão em suas casas e tomavam a refeição com alegria e simplicidade sincera”. No Antigo Testamento, o vinho vem para alegrar o coração do homem, como se pode ler no Salmo 103,15. Os padres comparam o canto cristão com a mesma alegria produzida pelo vinho. Santo Agostinho diz: “Aquele que se alegra no Senhor e lhe canta com grande exultação não é semelhante a um ébrio?”. E São João Crisóstomo, comentando o texto de da Epístola aos Efésios 5,19 diz: “Queres alegrar-te? (…) Eu te darei uma bebida espiritual (…). Aprende a cantar e verás como é agradável”.

Como é fácil saber quem é cristão de verdade! O cristão é alegre e suas ações estão sob a batuta da caridade, da esperança, da ética e da moral. O moralista julga, é neurótico e não consegue realizar o que deseja. O moralista é triste e se engana ao pensar que é cristão. Pode vir a ser cristão um dia, mas ainda é só ruído. O falso cristão grita, é barulhento, produz sofrimento inútil, não canta as maravilhas de Deus e, o pior, julga. O Papa Francisco adverte ao afirmar que “Quem julga o próximo toma o lugar de Deus”. 

O cristão entende o Magnificat e faz de tudo para viver o cântico de Maria. Uma comunidade religiosa pode ter o diagnóstico exato sobre seus problemas e a solução nas mãos, basta avaliar a vivência de coro e cantar com alegria. Pronto. Humildade é alegria.

Cantar com alegria é caminho, trabalho, exercício diário. Cantar requer a presença do ser inteiro de corpo e alma. Para Jesus é fundamental o que sai da boca como reflexo do coração. Dúvidas perante a fé? Busque a alegria. Quer encontrar Deus? Ele canta no coração alegre e humilde!

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A AÇÃO EVANGELIZADORA POR MEIO DO TURISMO https://revistaavemaria.com.br/a-acao-evangelizadora-por-meio-do-turismo.html https://revistaavemaria.com.br/a-acao-evangelizadora-por-meio-do-turismo.html#respond Mon, 02 Jan 2023 15:42:12 +0000 https://revistaavemaria.com.br/?p=70476 Desde sempre nossa Igreja se preocupa com o mandamento de Jesus para com a evangelização. “Ide e evangelizai” (Mc 16,15) foi seu pedido aos apóstolos, aos discípulos e, consequentemente a todos nós. Foi com essa preocupação que o Papa São Paulo VI, no terceiro quarto do século passado, em 1975, fez publicar sua Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi, pensando em revitalizar a vontade do Mestre.

Endereçada a todos os cristãos católicos, episcopado, clero e fiéis leigos, esse precioso documento de nosso magistério traz consigo um grande arcabouço de orientações e propostas de ação que todos podemos aprender e usar, começando pelo “testemunho de vida”, que é, sem dúvida, a melhor forma de convencimento. O exemplo vale mais que a oratória. Não obstante, esse rico documento aponta indicações muito preciosas que devemos estudar e praticar, lembrando que Jesus, nosso Deus, foi o primeiro evangelizador nos mostrando na prática como agir.

De fato é nossa preocupação e obrigação estarmos atentos a todas as possibilidades que temos de anunciar a Boa-Nova, pois, como nos orientava São Paulo, a partir de sua segunda carta a Timóteo, “Eu te conjuro (…) prega a Palavra, insiste oportuna e importunamente, repreende, ameaça, exorta com toda a paciência e empenho de instruir” (2Tm 4,1-2). Foi viajando que ele assim o fez. Certamente usando a forma que Jesus usou, Paulo ia caminhando e pregando o Reino de Deus. Somente quando não podia caminhar por terra que ele usava o meio de transporte marítimo para chegar onde o Espírito Santo o enviava.

Foi como Jesus que Paulo, por meio das viagens, difundiu o cristianismo, chegando a Roma depois de passar por onde hoje é a Turquia e a Grécia. Podemos até dizer que ele foi se não o criador, o precursor do turismo religioso, que atualmente nos leva a percorrer os mais recônditos lugares de fé espalhados pelo nosso mundo. Dessa forma, podemos dizer que o turismo é, sem dúvida, uma alternativa para evangelizar. 

Depois que o cristianismo passou a ter Roma como seu centro difusor, as pessoas que queriam conhecer esse lugar onde Pedro e Paulo foram martirizados, em nome do Evangelho, iniciaram um processo de visitação permanente ao túmulo dessas duas colunas da Igreja. De todos os pontos da Europa e da Ásia começaram a vir para Roma cristãos movidos pela fé para conhecer o emblemático local. Assim nasceu o vocábulo “romaria”, ou seja, o processo de deslocamento de féis católicos em direção a Roma, que virou sinônimo de deslocação em direção a qualquer lugar onde se encontra um espaço geográfico considerado sagrado.

Não obstante, o ato de peregrinar está no imaginário do ser humano desde sempre. Para nós, cristãos, assim como para judeus e muçulmanos, isso tudo está presente em nossa cultura espiritual desde Abrão (cf. Gn 12), quando, atendendo ao chamado de Deus, saiu da terra onde vivia, Ur dos caldeus (atual Iraque), e lhe prometeu a terra de Canaã. Tempos depois, seus descendentes se tornaram escravos no Egito e clamaram a Deus, que ouviu seus gritos e sua dor. Moisés foi o líder que conduziu o povo à Terra Santa (Israel), por volta de 1250 a.C.

Atualmente, o turismo religioso se tornou uma alternativa riquíssima e saudável de evangelização. Unindo espiritualidade e lazer, viajar nos roteiros da fé tem sido uma opção das melhores para aprofundarmos nosso conhecimento religioso e termos muitos momentos de diversão, pois, ao contrário do que se imagina, que o turismo religioso é feito com longos momentos de oração, silêncio e meditação, não é bem assim, faz-se uma experiência de fé completa. História, geografia, gastronomia, arte, etnia, diversidade de religiões, costumes e hábitos culturais diversos e muita convivência se misturam durante cada dia da peregrinação para, por fim, resultarem num tempo que o viajante terá marcado para toda a sua vida. As pessoas estão se convencendo cada vez mais de que o investimento num bom roteiro turístico traz mais satisfações interiores do que acumular bens materiais.

Viajar é a forma que leva você a gastar e o deixa cada vez mais rico. Ao fim de cada experiência turística, as pessoas incorporam lucros interiores cada vez mais consistentes. As emoções de cada passeio deixam no inconsciente de cada um de nós a certeza de ganhos que ninguém nem nada pode nos tirar. Bens materiais estão sempre sujeitos a perdas e danos, mas nossas boas vivências emocionais ninguém pode nos levar.

Quando a esses momentos vividos viajando a gente ainda consegue acrescentar profundas experiências de fé, tudo isso fica ainda mais consolidado em nosso patrimônio interior. 

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DIÁLOGOS ENTRE FÉ E RAZÃO: A IMPORTÂNCIA DO CRER E DO COMPREENDER https://revistaavemaria.com.br/dialogos-entre-fe-e-razao-a-importancia-do-crer-e-do-compreender.html https://revistaavemaria.com.br/dialogos-entre-fe-e-razao-a-importancia-do-crer-e-do-compreender.html#respond Mon, 02 Jan 2023 15:40:35 +0000 https://revistaavemaria.com.br/?p=70472 O cristianismo não desacredita da razão, não fecha os olhos da racionalidade na esperança de ver melhor com pseudo-óculos de uma “fé” desarticulada da realidade humana. As palavras inaugurais do catecismo de São João Paulo II são encabeçadas pelo seguinte princípio: homo capax Dei (o homem é capaz de Deus).

Deus incita-nos a buscá-lo e, ao mesmo tempo, constitui-nos capazes de tal busca. São João Paulo II inicia sua Encíclica Fides et ratio com estas palavras: “A fé e a razão (fides et ratio) constituem como que as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva para a contemplação da verdade. Foi Deus quem colocou no coração do homem o desejo de conhecer a verdade e, em última análise, de o conhecer a Ele, para que, conhecendo-o e amando-o, possa chegar também à verdade plena sobre si próprio”.

Fomos feitos por Deus e para Deus, de modo que em nós há um pondus que pende a Ele, isto é, somos movidos por uma espécie de atração gravitacional que nos faz tender a Deus, dado que Ele é nosso núcleo, é o centro ao qual e em torno do qual nos movemos, vivemos e existimos (cf. At 17,28). Esse desejo de Deus está inscrito em nosso coração, é parte constitutiva de nosso ser. Nós podemos esquecê-lo, ignorá-lo e até mesmo rejeitá-lo, mas, não podemos jamais apagá-lo em nós.

Note o que sublinha nosso Catecismo sobre a busca de Deus: “Esta busca exige do homem todo o esforço de sua inteligência, a retidão de sua vontade, ‘um coração reto’, e também o testemunho dos outros, que o ensinam a procurar a Deus” (Catecismo da Igreja Católica, 30, grifo nosso).

Não chegaremos a Deus com passividade absoluta à espera de uma atividade exterior. Deus nos precede – é claro! –, a iniciativa é sua – sem dúvida! –, mas a resposta é sempre nossa e devemos responder ao amor dele, que se antecipa a qualquer movimento nosso, com todo o nosso ser. Veja o que diz São Paulo: “Que o próprio Deus da paz vos santifique integralmente, e que tudo aquilo que sois – espírito, alma, corpo – seja conservado sem mancha alguma para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Ts 5,23).

A santidade e a irrepreensibilidade devem ser integrais em nós. Como recorda o sacerdote jesuíta Luís Alonso Schökel, essa palavra de São Paulo, ao estilo grego, quer “afirmar a extensão total da consagração”. Assim, também a nossa razão é uma realidade que nos orienta para mais próximos de Deus.

Neste mês, em que celebramos a memória litúrgica de Santo Tomás de Aquino, somos chamados a recordar o íntimo diálogo que há entre a fé e a razão. A teologia tomista assume o “crer e compreender” como um princípio fundamental da relação humana com Deus. Assumamos também nós em nossas vidas esse caminho, pois a via que nos conduz a Deus é balizada pela fé e pela razão.

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