FINADOS – Revista Ave Maria https://revistaavemaria.com.br A Revista Mariana do Brasil - fundada em 28 de maio de 1898 pelos Claretianos em São Paulo Fri, 31 Oct 2025 19:10:03 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.9 https://revistaavemaria.com.br/wp-content/uploads/2021/08/cropped-ico-revista-avemaria-60x60.png FINADOS – Revista Ave Maria https://revistaavemaria.com.br 32 32 A celebração dos fiéis defuntos https://revistaavemaria.com.br/a-celebracao-dos-fieis-defuntos.html https://revistaavemaria.com.br/a-celebracao-dos-fieis-defuntos.html#respond Fri, 31 Oct 2025 19:10:03 +0000 https://revistaavemaria.com.br/?p=78626 A Celebração dos Fiéis Defuntos, no dia 2 de novembro, chama a nossa atenção para o sentido mais profundo da vida cristã. Se morrermos em Cristo, porque vivemos nossas vidas em comunhão com Ele, seremos admitidos na comunhão dos santos. A celebração desse dia se insere em tal perspectiva. A Igreja não esquece seus irmãos falecidos, mas reza por eles, oferece sufrágios, celebra missas e oferece esmolas para que também as almas que ainda precisam de purificação após a morte possam alcançar a visão de Deus.

A respeito disso, o Papa Bento XVI, na sua Carta Encíclica Spe Salvi (É na esperança que fomos salvos), publicada no ano de 2007, fala de três categorias de pessoas. Há pessoas que “destruíram totalmente em si próprias o desejo da verdade e a disponibilidade para o amor” e que serão condenadas; por outro lado, “podem existir pessoas puríssimas, que se deixaram penetrar inteiramente por Deus e, consequentemente, estão totalmente abertas ao próximo” e serão premiadas no Céu, logo depois da morte, mas, “Segundo a nossa experiência, nem um nem outro são o caso normal da existência humana. Na maioria dos homens perdura no mais profundo da sua essência uma derradeira abertura interior para a verdade, para o amor, para Deus. Nas opções concretas da vida, porém, aquela é sepultada sob repetidos compromissos com o mal” (45-46). Os moralistas, nesse caso, falam de uma “opção fundamental” para Cristo, mas misturada com atos que revelam expressões de egoísmo. Estas pessoas, a partir da morte, precisarão completar aquele processo de conversão a Cristo e aos irmãos que só tinha começado. Eis o “lugar” do purgatório.

O Credo, no seu nono artigo, proclama a fé na “comunhão dos santos”, quer dizer, a união entre os santos do Céu, as almas do purgatório que completam o processo de conversão e os cristãos aqui na Terra que professam a fé em Jesus Cristo. Graças a essa “comunhão” nós somos chamados a celebrar as festas dos santos do Céu e a rezar pelos vivos e pelas almas do Purgatório.

Nessa perspectiva, entende-se o lugar da “indulgência”. A “indulgência” indica, na doutrina católica, a promessa de uma particular intercessão da Igreja para que Deus perdoe a pena temporal dos pecados que já foram perdoados, mas cujas consequências continuam.

Do dia 1° a 8 de novembro pode-se lucrar a indulgência plenária aplicável aos mortos, ou seja, pode-se oferecer a indulgência por uma pessoa que já tenha falecido e as penas dos pecados que essa pessoa cometeu em vida serão reparadas. É o que diz o Diretório litúrgico: “Aos que visitarem o cemitério e rezarem pelos defuntos mesmo só mentalmente, concede-se uma indulgência plenária, só aplicável aos defuntos diariamente, do dia 1º ao dia 8 de novembro, nas condições costumeiras, isto é, confissão sacramental, comunhão eucarística e oração nas intenções do Sumo Pontífice, nos restantes dias do ano, indulgência parcial”.

Essa fé da Igreja nos ajuda a viver de maneira mais profunda a comemoração dos fiéis defuntos.

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