SAÚDE – Revista Ave Maria https://revistaavemaria.com.br A Revista Mariana do Brasil - fundada em 28 de maio de 1898 pelos Claretianos em São Paulo Mon, 01 Dec 2025 21:37:27 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.9 https://revistaavemaria.com.br/wp-content/uploads/2021/08/cropped-ico-revista-avemaria-60x60.png SAÚDE – Revista Ave Maria https://revistaavemaria.com.br 32 32 Glaucoma: o que você precisa saber está diante dos seus olhos https://revistaavemaria.com.br/glaucoma-o-que-voce-precisa-saber-esta-diante-dos-seus-olhos.html https://revistaavemaria.com.br/glaucoma-o-que-voce-precisa-saber-esta-diante-dos-seus-olhos.html#respond Mon, 01 Dec 2025 14:34:57 +0000 https://revistaavemaria.com.br/?p=78832 O que será que um médico que atua na área da Saúde Mental está fazendo nesta coluna, se aventurando em um assunto de oftalmologia?

Pois é, meu caro leitor… O assunto é tão sério, que resolvi me desafiar a escrever um pouco sobre. Sem mais delongas, vamos nessa.

O glaucoma é uma doença que danifica progressivamente o nervo óptico (responsável por transmitir a visão desde os nossos olhos até o lobo occipital dos nossos cérebros), geralmente por causa do aumento da pressão dentro dos olhos. O grande desafio é que ele costuma evoluir de forma silenciosa: a maioria das pessoas não sente dor e nem mesmo percebe a perda visual até fases avançadas.

Com isso, uma das formas de se descobrir precocemente essa condição é por meio de uma boa avaliação oftalmológica, especialmente após os 40 anos ou quando há casos na família. Na consulta oftalmológica, o especialista lança mão de exames como fundo de olho e tonometria, que podem alertar para a condição. O diagnóstico precoce é simples e o tratamento (o qual pode ser feito por meio de colírios, terapia a laser ou cirurgia) consegue preservar a visão na maioria dos pacientes.

No fim das contas, tudo o que você precisa saber sobre o glaucoma realmente está diante dos seus olhos: informação, prevenção e acompanhamento. Cuidar da visão é simples e pequenas atitudes nos dias de hoje podem preservar sua visão no amanhã. Cuidemos uns dos outros!

*Doutor Caio Bruno Andrade é natural de Conselheiro Lafaiete (MG), católico, médico, formado pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e, atualmente, trabalha como médico generalista em uma estratégia de saúde da família (ESF) no interior do Estado de São Paulo

]]>
https://revistaavemaria.com.br/glaucoma-o-que-voce-precisa-saber-esta-diante-dos-seus-olhos.html/feed 0
O homem que se cuida tem mais histórias para contar https://revistaavemaria.com.br/o-homem-que-se-cuida-tem-mais-historias-para-contar.html https://revistaavemaria.com.br/o-homem-que-se-cuida-tem-mais-historias-para-contar.html#respond Fri, 31 Oct 2025 19:00:14 +0000 https://revistaavemaria.com.br/?p=78618 Novembro chegou, e com ele o “lembrete azul” que atravessa consultórios, propagandas e conversas: é hora de falar sobre o câncer de próstata — um assunto que ainda desperta silêncio em muitos homens, justamente por tocar num tema que exige vulnerabilidade.

Mas cuidar de si não é sinal de fraqueza. É sinal de inteligência. De quem entende que viver bem é um projeto que começa com escolhas simples: fazer um check-up anual (quando indicado pelo médico e conforme protocolos baseados em evidências científicas), conversar com o profissional de saúde, não deixar o medo decidir.

O câncer de próstata é o mais comum entre os homens, depois do melanoma — um tipo específico de câncer de pele. A boa notícia? Quando descoberto cedo, as chances de cura ultrapassam 90%. O desafio está em vencer o tabu e o “depois eu vejo”. (Quem nos garante que haverá sempre um “depois”? Eis a vida e como ela funciona.)

Muitos homens ainda confundem coragem com descuido. Acham que suportar o incômodo é prova de força. Mas força de verdade é encarar o consultório, fazer o exame (quando e se indicado), olhar para si com responsabilidade.

Então, neste Novembro Azul, fica o meu convite a você, meu caro leitor: troque o silêncio pela prevenção. Porque o homem que se cuida vive mais — e melhor!

]]>
https://revistaavemaria.com.br/o-homem-que-se-cuida-tem-mais-historias-para-contar.html/feed 0
Acidente vascular cerebral: um abraço, um sorriso e uma vida https://revistaavemaria.com.br/acidente-vascular-cerebral-um-abraco-um-sorriso-e-uma-vida.html https://revistaavemaria.com.br/acidente-vascular-cerebral-um-abraco-um-sorriso-e-uma-vida.html#respond Tue, 30 Sep 2025 14:48:44 +0000 https://revistaavemaria.com.br/?p=78361 Esboce um sorriso, dê-me um abraço e diga uma frase completa: diante da suspeita de um acidente vascular cerebral (AVC), a probabilidade de que o paciente esteja incapacitado de fazer com maestria alguma(s) dessas ações é muito grande. 

Esses sinais simples podem salvar vidas. O chamado teste do sorriso, abraço e música/frase (“teste do SAMU”) ajuda a identificar rapidamente um possível acidente vascular cerebral. Se a pessoa não consegue sorrir simetricamente, levantar os dois braços ou articular bem uma frase deve-se acionar imediatamente o serviço de emergência. No acidente vascular cerebral, cada minuto conta: quanto mais cedo o tratamento é iniciado, maiores as chances de uma reabilitação mais eficaz.

Tão importante quanto reconhecer os sintomas é saber como prevenir. O acidente vascular cerebral está fortemente ligado a fatores de risco que, em sua maioria, podem ser controlados, de maneira que buscar manter a pressão sob controle, alimentar-se de forma equilibrada e praticar atividades físicas regulares (e como tenho dito isso em minhas colunas e textos do Instagram, hein?!) são práticas fundamentais para a redução da probabilidade do evento.

Além disso, consultas periódicas com seu médico permitem ajustar medicações e identificar precocemente alterações silenciosas, como a fibrilação atrial (uma arritmia cardíaca que eleva o risco de ter um acidente vascular cerebral). Pequenas mudanças de hábitos, como reduzir o consumo de álcool, dormir bem e controlar o estresse, também desempenham papel protetor.

Finalizo este meu contato mensal com você, caro leitor, reforçando o nosso compromisso de sempre: cuidar da saúde não é apenas evitar doenças, mas também garantir qualidade de vida. No caso do acidente vascular cerebral, a prevenção é a melhor forma de preservar não apenas o corpo, mas a autonomia e a capacidade de viver plenamente, afinal, um sorriso e um abraço podem ser gestos simples, não é mesmo? Todavia, apenas são possíveis quando a nossa saúde está em ordem.

 

]]>
https://revistaavemaria.com.br/acidente-vascular-cerebral-um-abraco-um-sorriso-e-uma-vida.html/feed 0
Identidade em fragmentos: o impacto do Alzheimer https://revistaavemaria.com.br/identidade-em-fragmentos-o-impacto-do-alzheimer.html https://revistaavemaria.com.br/identidade-em-fragmentos-o-impacto-do-alzheimer.html#respond Tue, 02 Sep 2025 12:45:55 +0000 https://revistaavemaria.com.br/?p=78147 Memória: esse é o nome que damos à função psíquica responsável por registrar, armazenar e trazer à tona informações e experiências pelas quais passamos. Imagine, no entanto, que, por um infortúnio, você passa a não mais se lembrar de datas, locais e pessoas importantes, mas não só isso: passa a não mais se recordar com clareza nem mesmo de si e de sua própria identidade. É como se a história da sua vida fosse sendo apagada, pedaço por pedaço, até restarem apenas fragmentos soltos, incapazes de formar um quadro por completo.

Essa triste realidade é vivida por milhões de pessoas no mundo que sofrem com a doença de Alzheimer, uma enfermidade progressiva que afeta o cérebro e leva, pouco a pouco, à perda de memória e de outras capacidades intelectuais. Não se trata apenas de “ficar esquecido” com o passar dos anos, o mal de Alzheimer vai muito além do envelhecimento natural. Ele altera a maneira como a pessoa pensa, sente e se relaciona, comprometendo também funções como a linguagem, o raciocínio e até mesmo a capacidade de realizar tarefas simples do dia a dia.

Para as famílias, acompanhar esse processo é doloroso: o pai que já não reconhece o filho, a mãe que esquece a própria casa, o avô que, sem perceber, perde-se pelas ruas. Ao mesmo tempo é também um convite a redescobrir o amor e a paciência, oferecendo cuidado, presença e dignidade até o fim.

Ainda que o mal de Alzheimer possa apagar lembranças, ele jamais conseguirá apagar a essência e a bondade da pessoa que apresenta a condição, por isso, cada gesto de cuidado, cada palavra de carinho e cada oração possuem valores eternos, que nenhuma doença será capaz de destruir.

]]>
https://revistaavemaria.com.br/identidade-em-fragmentos-o-impacto-do-alzheimer.html/feed 0
Saiba tudo sobre vacinas https://revistaavemaria.com.br/saiba-tudo-sobre-vacinas.html https://revistaavemaria.com.br/saiba-tudo-sobre-vacinas.html#respond Thu, 31 Jul 2025 14:48:15 +0000 https://revistaavemaria.com.br/?p=77939 A vacinação é uma das formas mais eficazes de prevenir doenças e controlar epidemias. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 2 e 3 milhões de vidas são salvas por ano graças às vacinas. Elas funcionam estimulando o sistema imunológico a criar uma “memória imunológica” por meio da introdução de agentes infecciosos inativos ou enfraquecidos, permitindo ao corpo reagir rapidamente em caso de infecção real.

Mais do que proteção individual, a vacinação contribui para a saúde coletiva ao interromper a cadeia de transmissão de doenças. Existem dois tipos principais de vacinação: a de rotina, voltada para públicos específicos conforme a faixa etária, e as campanhas, voltadas para grupos em risco diante de surtos sazonais ou doenças específicas.

Entre os grupos prioritários estão crianças e idosos, que têm acesso gratuito a vacinas como BCG, tríplice viral, contra poliomielite, gripe, hepatites, meningite, pneumonia, HPV, entre outras. As vacinas podem ser classificadas em:

  • Atenuadas: com vírus vivos enfraquecidos;
  • Inativadas: com agentes mortos ou partes deles;
  • Polissacarídicas/conjugadas: feitas com cápsulas purificadas de bactérias;
  • RNA mensageiro (mRNA): tecnologia recente que ensina o corpo a produzir proteínas virais para ativar a resposta imune, sem causar infecção.

Vacinas como a pneumocócica e meningocócica são fundamentais para prevenir doenças graves como pneumonia, meningite e otite. Estão disponíveis em versões como VPC10, VPC13 e VPP23, além das meningocócicas B, C e ACWY. São indicadas desde os primeiros meses de vida até a terceira idade, especialmente em pacientes com comorbidades ou imunossuprimidos.

O calendário vacinal do Ministério da Saúde orienta sobre todas as vacinas disponíveis gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS), inclusive por meio dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE).

As vacinas são seguras, passam por testes rigorosos e não causam autismo. Mesmo doenças consideradas “leves”, como a catapora, podem gerar complicações. Embora algumas doenças estejam erradicadas é essencial manter a vacinação para evitar seu retorno.

A vacinação é uma responsabilidade coletiva e um investimento contínuo na saúde pública.

]]>
https://revistaavemaria.com.br/saiba-tudo-sobre-vacinas.html/feed 0
Voz, Vida e Cuidado: O Chamado do Julho Verde https://revistaavemaria.com.br/voz-vida-e-cuidado-o-chamado-do-julho-verde.html https://revistaavemaria.com.br/voz-vida-e-cuidado-o-chamado-do-julho-verde.html#respond Tue, 01 Jul 2025 12:11:26 +0000 https://revistaavemaria.com.br/?p=77727 Todos nós já ouvimos falar sobre o Setembro Amarelo (mês da valorização da vida), o Outubro Rosa (mês da prevenção do câncer de mama) e o Novembro Azul (mês da prevenção do câncer de próstata). Todavia, pouco se fala — ainda que seja um tema de grande relevância para a saúde pública — sobre o Julho Verde e a prevenção ao câncer de cabeça e pescoço.

Esse tipo de tumor tende a se desenvolver na cavidade oral, nos seios paranasais, na faringe, na laringe e nas glândulas salivares. Tamanha é a importância estrutural dessas regiões que, dentro da medicina, desenvolveu-se uma subespecialidade da cirurgia geral chamada Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Embora essa especialidade não trate apenas de tumores malignos, tem papel central no diagnóstico e no tratamento desses cânceres.

Segundo o INCA, são registrados cerca de 40 mil casos por ano no Brasil, sendo o câncer de boca o quinto mais comum entre os homens. Entre os principais fatores de risco estão o tabagismo, o etilismo (uso abusivo de álcool), a infecção por HPV (geralmente transmitida por via oral) e a má higiene bucal.

Os sintomas costumam ser silenciosos no início e facilmente negligenciados: feridas que não cicatrizam, rouquidão persistente, dor ao engolir, nódulos no pescoço ou sangramentos inexplicáveis. O diagnóstico precoce faz toda a diferença — tanto para o prognóstico quanto para a preservação de funções essenciais, como a fala e a deglutição.

O Julho Verde nos convida a dar atenção a sinais sutis e a valorizar medidas simples de prevenção, como parar de fumar, moderar o consumo de álcool, manter a saúde bucal em dia e procurar avaliação médica diante de alterações persistentes.

Falar sobre isso é dar voz à saúde. E quando damos voz à saúde, damos também uma chance à vida.

]]>
https://revistaavemaria.com.br/voz-vida-e-cuidado-o-chamado-do-julho-verde.html/feed 0
Emagrecer sem comer não é saudável! https://revistaavemaria.com.br/emagrecer-sem-comer-nao-e-saudavel.html https://revistaavemaria.com.br/emagrecer-sem-comer-nao-e-saudavel.html#respond Mon, 02 Jun 2025 12:16:02 +0000 https://revistaavemaria.com.br/?p=77524 Fazer qualquer sacrifício para emagrecer, como ficar o dia inteiro em jejum ou passar fome, pode ter como custo a saúde. Cuidado também com dietas milagrosa que, além de pouco saudáveis, costumam gerar resultados temporários e o temido “efeito sanfona”.

Ficar muito tempo sem comer reduz os níveis de serotonina no cérebro, um importante regulador do apetite; isso aumenta a ansiedade, a irritabilidade, pode dificultar a concentração e até causar depressão, por isso, seguir uma dieta recomendada por um profissional é fundamental. O consumo calórico diário varia de pessoa para pessoa, mas o ideal é não ingerir menos de 1.200 calorias por dia.

O acompanhamento psicológico muitas vezes é necessário, já que o emagrecimento inadequado pode desencadear transtornos alimentares como bulimia e anorexia. A anorexia se caracteriza pela redução prolongada da ingestão alimentar, enquanto a bulimia envolve episódios de compulsão seguidos de comportamentos compensatórios, como o vômito. Ambas são sérios distúrbios do comportamento alimentar.

Muitas pessoas buscam emagrecer apenas por questões estéticas, sem se preocupar que o excesso de peso traz riscos graves à saúde. O “corpo perfeito” não existe: a beleza é muito mais complexa e vem de dentro. Quem se sente bem e confiante transmite uma energia positiva.

DIETA PERSONALIZADA

Uma boa dieta é personalizada, elaborada para o metabolismo e as necessidades específicas de cada pessoa. Antes de restringir alimentos é preciso respeitar fatores como altura, idade, sexo e fase da vida – se o indivíduo é adolescente, gestante etc. Dietas radicais podem trazer resultados rápidos, mas, não são duradouras.

Para garantir todos os nutrientes, siga as orientações da pirâmide alimentar: na base estão os carboidratos (cereais, batata, pães), que fornecem energia e devem ser consumidos em maior quantidade; em seguida, proteínas (carnes, ovos, leite, feijão) e frutas e hortaliças; no topo estão açúcares e gorduras, que devem ser consumidos com moderação.

Muitas pessoas que fazem dietas excluem grupos alimentares importantes, o que pode causar carências nutricionais, como anemia, fraqueza e tontura, muitas vezes associadas à hipoglicemia (queda da glicose no sangue). A glicose é o combustível das células, por isso o correto é comer um pouco de tudo, sem exageros.

FAÇA TODAS AS REFEIÇÕES

O ideal é fazer seis refeições por dia: café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia.

O café da manhã é a refeição mais importante, pois o corpo fica muitas horas em jejum durante a noite. Quem não tem o hábito de se alimentar pela manhã deve, pelo menos, tomar um copo de leite ou comer uma fruta para não sair de casa sem nada.

Se exagerou na alimentação no fim de semana, não compense ficando em jejum na segunda-feira, o melhor é retomar a dieta equilibrada e fazer todas as refeições normalmente. Lembre-se de que a atividade física é a principal aliada da dieta, promovendo gasto calórico e bem-estar geral.

]]>
https://revistaavemaria.com.br/emagrecer-sem-comer-nao-e-saudavel.html/feed 0
Rinite crônica: o que você precisa saber? https://revistaavemaria.com.br/rinite-cronica-o-que-voce-precisa-saber.html https://revistaavemaria.com.br/rinite-cronica-o-que-voce-precisa-saber.html#respond Wed, 30 Apr 2025 18:10:49 +0000 https://revistaavemaria.com.br/?p=77313 A rinite crônica é uma inflamação persistente da mucosa nasal, que provoca sintomas como tosse, espirros, nariz entupido ou escorrendo, coceira, diminuição do olfato, olhos lacrimejantes e voz anasalada. Esses sintomas podem durar semanas ou ser contínuos, especialmente quando não se evita o contato com os agentes desencadeantes.

As causas mais comuns são alergias (a pólen, poeira, pelos de animais), exposição a substâncias irritantes (como fumaça, odores fortes, perfumes), uso de certos medicamentos (como anti-inflamatórios) e ingestão de alimentos ou bebidas quentes. Fatores ambientais, como poluição, também contribuem.

Em muitos casos, os sintomas agravam-se com a exposição contínua a esses elementos, por isso, é fundamental procurar um otorrinolaringologista ou alergista ao suspeitar de rinite crônica. O diagnóstico é feito com base na avaliação clínica, histórico de saúde e, muitas vezes, com o auxílio da rinoscopia, exame que permite observar a mucosa nasal, onde se podem identificar sinais como palidez e inchaço.

O tratamento varia de acordo com a causa e intensidade dos sintomas, mas geralmente envolve o uso de medicamentos, como antialérgicos e corticoides, além da lavagem nasal com soro fisiológico. Também é essencial evitar os fatores desencadeantes, como ambientes com pó, fumo ou animais.

Embora não tenha cura definitiva, a rinite crônica pode ser controlada com acompanhamento médico e medidas preventivas adequadas, melhorando significativamente a qualidade de vida da pessoa.

]]>
https://revistaavemaria.com.br/rinite-cronica-o-que-voce-precisa-saber.html/feed 0
Entre desafios e hormônios: a depressão na população feminina https://revistaavemaria.com.br/entre-desafios-e-hormonios-a-depressao-na-populacao-feminina.html https://revistaavemaria.com.br/entre-desafios-e-hormonios-a-depressao-na-populacao-feminina.html#respond Mon, 31 Mar 2025 19:42:36 +0000 https://revistaavemaria.com.br/?p=77111 “O mal do século”: definitivamente, esta tem sido uma das definições mais comuns do conceito de depressão nos nossos dias atuais, de forma que não consigo me esquecer do dia em que fiz o meu vestibular de Medicina da Universidade do Estado de Minas Gerais  (UEMG) em 2017 e deparei com esse “mal” como sendo o tema da redação.

De lá para cá, muita coisa mudou e a taxa de incidência (casos novos) dessa condição aumentou ano após ano. Todavia, grandes estudos recentes têm nos apontado para uma prevalência (número de casos totais) dessa doença como sendo cerca de duas vezes mais comum em mulheres do que em homens. Por que será, então, que nós encontramos tamanha divergência de número de casos em mulheres? A reposta pode parecer simples, mas pode ser tão complexa como entender as particularidades da fisiologia feminina e contexto em que vivem as mulheres.

A depressão tende a ser mais comum em mulheres pois elas passam por maiores oscilações hormonais, como no período pré-menstrual, na gravidez e na menopausa, o que é capaz de gerar uma considerável oscilação do humor; além disso, o estresse e a pressão do dia a dia costumam ser maiores, já que, desde a inserção (um tanto compulsória) das mulheres no mercado na segunda metade do século XX, tem sido comum que muitas delas acumulem, simultaneamente, trabalho, casa e família; ademais, por vezes a população feminina está muito mais exposta à violência e a certas cobranças sociais, como a imposição midiática de padrões de beleza e expectativas causadas por comparações, o que afeta (e muito) a saúde mental. Além disso, o acúmulo de responsabilidades no dia a dia pode gerar um grande estresse emocional e físico. A falta de descanso adequado e a pressão para cumprir múltiplos papéis frequentemente levam a um quadro de exaustão, que pode contribuir para o surgimento ou o agravamento da depressão. Quando esses fatores não são devidamente reconhecidos, o risco de surgimento de transtornos depressivos pode aumentar consideravelmente!

É fundamental, portanto, que não se hesite em procurar auxílio médico e psicológico quando reconhecidos, concomitantemente, sinais de considerável tristeza persistente, alterações no sono e apetite que impactam de alguma forma a sua funcionalidade e demais sinais de alerta que indicam que algo talvez não esteja caminhando tão bem com a nossa saúde mental. O tratamento adequado, seja com psicoterapia, medicamentos ou mudanças no estilo de vida, é essencial durante a abordagem dessa condição, visando a uma melhora expressiva da qualidade de vida. 

Por fim, reforço que a busca por ajuda deve ser vista sempre como um passo importante para a recuperação e, jamais, deverá ser considerada como sendo uma fraqueza: reconhecer que precisamos de ajuda, quando necessário, é um ato de coragem. Cuidemos uns dos outros!

]]>
https://revistaavemaria.com.br/entre-desafios-e-hormonios-a-depressao-na-populacao-feminina.html/feed 0
Lúpus: a borboleta e o lobo https://revistaavemaria.com.br/lupus-a-borboleta-e-o-lobo.html https://revistaavemaria.com.br/lupus-a-borboleta-e-o-lobo.html#respond Fri, 31 Jan 2025 20:08:56 +0000 https://revistaavemaria.com.br/?p=76679 Certa vez, na Idade Média, constatou-se uma doença que causava um eritema macular (uma mancha vermelha, leigamente falando) na face, o qual se assemelhava ao focinho de um lobo (lupus, em latim).

Posteriormente, com o avanço tecnológico e científico da Medicina, mais precisamente no século XIX, passou-se a chamar esse sinal clínico de sinal da asa de borboleta. Tal achado tornou-se um dos principais indicadores do lúpus eritematoso sistêmico (LES), uma doença desafiadora e complexa que continua a ser amplamente estudada até os dias de hoje.

O que essa doença tem de tão relevante na nossa atualidade? Vejamos: estima-se que cerca de dois em cada mil brasileiros convivam com o lúpus, sendo a doença cerca de nove vezes mais frequente em mulheres, especialmente em idade fértil. A literatura médica já elucidou que o lúpus é uma doença autoimune, ou seja, o sistema imunológico do próprio organismo ataca órgãos e sistemas como se fossem invasores, tal como faria com um vírus ou bactéria. Essa autoagressão pode comprometer diversos sistemas, incluindo os rins, a pele, as articulações, o sistema nervoso e tantos outros. Sem o manejo adequado, as consequências podem ser graves, reduzindo drasticamente a qualidade e a expectativa de vida dos pacientes.

A boa notícia é que, graças aos avanços terapêuticos, como o uso de imunossupressores, mais de 90% dos pacientes com lúpus têm hoje uma expectativa de vida maior que dez anos após o diagnóstico. Esses tratamentos, aliados ao diagnóstico precoce e à adesão ao acompanhamento médico, são fundamentais para proporcionar uma vida mais longa e com qualidade.

Assim, a borboleta que marca o rosto de quem convive com o lúpus é também um símbolo de resiliência, representando a luta constante para que se busque sempre mais leveza e cor às vidas desses pacientes.

]]>
https://revistaavemaria.com.br/lupus-a-borboleta-e-o-lobo.html/feed 0