LÁZARO: O DIA QUE A MORTE MORREU

Faz algum tempo que vagueio pensando na morte e no morrer. Desejava escrever algo para aquietar minha alma e para que também servisse de consolo a tantos como eu que já experimentaram a perda de um ente querido. Dessa forma me apeguei a Lázaro e, pensando em sua vida, com base em algumas pesquisas e muita imaginação, apresento este livro, que na verdade é um convite para que você também possa imaginar a vida do homem que morreu duas vezes. Acho que ele tem algo a nos ensinar sobre a morte, não é verdade?

O livro é escrito na primeira pessoa, como já escrevi tantos outros nessa metodologia, e creio que a linguagem direta nos aproxima do protagonista, inserindo-nos na história. 

Lázaro, assim como suas irmãs Marta e Maria, eram amigos de Jesus. Este livro é também sobre amizade, digo amizade verdadeira, não coleguismo. Hoje a diferenciação desses termos é fundamental para que saibamos em quem confiar. Saber-se amigo de alguém é de uma preciosidade infinita. 

Porém, trataremos também sobre pessoas difíceis no trato, que penalizam o nosso viver. 

O livro não podia deixar de tratar sobre a família, mergulharemos no lar de Betânia. 

Proteção, carinho e cuidado afloraram nas páginas da obra. Podemos dizer que é uma história sobre acolhida, ensinando a nós a hospitalidade. 

Vale lembrar que existe certa confusão entre o Lázaro amigo de Jesus, descrito pelo evangelista São João, e o Lázaro da parábola contada por Jesus e descrita no Evangelho de São Lucas. A piedade popular aproximou os dois personagens, por essa razão as imagens de São Lázaro que vemos apresentam um homem coberto de chagas, aparentando ser um mendigo com cachorros à sua volta, mas, segundo a tradição da Igreja, não se trata da mesma pessoa.

Existem duas correntes de pensamento sobre Lázaro, após a ressurreição de Jesus:

1) Em uma, ele teria se dirigido à Provença com suas irmãs e teria sido o primeiro bispo de Marselha, mas os historiadores contestam essa versão; 

2) Em outra, a mais plausível e a que defendemos na obra, Lázaro teria fugido com suas irmãs para a ilha de Chipre e teria se encontrado com o apóstolo Paulo e sido ordenado bispo de Kition (hoje Lamarca) pelo apóstolo Barnabé. Escavações arqueológicas encontraram o que consideram ser o túmulo de Lázaro, sob a igreja que leva seu nome em Lamarca.

*Padre Luís Erlin é Missionário Filho do Imaculado Coração de Maria (claretiano). Formado em Filosofia, Teologia e Jornalismo, mestre e doutor em Comunicação Social. É diretor presidente da Editora Ave-Maria e da Revista Ave Maria, onde escreve regularmente.

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