A FORMIGA E O ELEFANTE

Estamos chegando ao fim do ano. Dezembro. Momento de celebração, Advento, alegria, enfeites de Natal, cantos de “Adeus ano velho, feliz ano novo”. Também, tempo de reflexão, interiorização e revisão de vida, afinal, somos cristãos e é sempre importante avaliarmos nossa caminhada com Jesus nesses momentos de passagem de um ano que vai ficando para trás para um novo que vai nascer. Desde o primeiro dia de 2022, o Senhor nos enviou em missão para anunciar sua Palavra e amar como Ele nos ama. Será que fizemos o que deveríamos ter feito na convivência familiar, social e comunitária, unidos a Jesus?

No Evangelho de São João, Ele nos faz compreender a importância da comunhão com sua vida, pois, sem Ele, somos somente ramos e galhos secos: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que não der fruto em mim, Ele o cortará; e podará todo o que der fruto, para que produza mais fruto. Vós já estais puros pela palavra que vos tenho anunciado. Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. O ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Assim também vós: não podeis tampouco dar fruto, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15,1-5). Felizes são aqueles que estiveram ligados à Videira todos os dias deste ano, recebendo a seiva do amor, da paz, fraternidade, paciência, misericórdia e perseverança. Quem assim caminhou, sabe reconhecer sua pequenez. Crê que tudo o que foi realizado não aconteceu por sua própria força e capacidade, mas pela presença de Deus, agindo por meio da sua graça. O soberbo, o orgulhoso e o prepotente pensam terem feito e ainda fazem as coisas por sua própria capacidade, não porque Jesus está no comando. Na verdade, é por Ele, com Ele e nele que tudo acontece. 

Você conhece a estória da formiga que subiu no corpo de um elefante? É muito interessante. Diz-se que, certa vez, na savana africana, uma formiguinha subiu nas costas de um elefante. O animal gigante saiu correndo, acompanhado pela manada. Então, eufórica, a formiga começou a gritar: “Que maravilha! Vamos, vamos, corramos ainda mais. Estamos levando poeira! Poeira, poeira, estamos levantando poeira!”. E pulava de alegria, achando que a poeira na estrada se levantará por causa de suas patinhas quando, na realidade, era devido às patas enormes do elefante. 

Vamos louvar e agradecer a Jesus por tanto carinho conosco! Que bom poder respirar, olhar ainda a beleza das flores da primavera, contemplar as nuvens que virão de repente no verão que se aproxima, ouvir os sinos badalando, anunciando que o Menino nasceu, o nosso Salvador, e ter a alegria de rezar com toda a Igreja este hino na manhã do último dia de dezembro: “Do sol nascente ao poente, cantai, fiéis, neste dia, ao Cristo Rei que, por nós, nasceu da Virgem Maria. Autor feliz deste mundo, tomou um corpo mortal, a nossa carne assumindo, livrou a carne do mal. No seio puro da Virgem entrou a graça dos Céus. Em si carrega um segredo sabido apenas por Deus. O casto seio da Virgem o Filho que Gabriel anunciou, em quem no seio materno João, o Batista, exultou. Não recusou o presépio, foi sobre o feno deitado; quem mesmo as aves sustenta, com leite foi sustentado. Do Céu os coros se alegram, os anjos louvam a Deus. Pastor se mostra aos pastores quem fez a Terra e os Céus. Louvor a vós, ó Jesus, que duma virgem nascestes. Louvor ao Pai e ao Espírito no azul dos paços celestes”.

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