Pecados que agridem o nome de Deus

Para que fique bem claro, o segundo mandamento da lei divina é “Não pronunciarás o nome do Senhor teu Deus em vão!” (Ex 20,7) e isso requer uma atenção redobrada porque, em muitos casos, as pessoas podem cometer pecados sem que saibam que era pecado. 

O Catecismo da Igreja Católica, no parágrafo 2144, recorda: “A deferência para com o nome de Deus exprime o respeito que é devido ao mistério do próprio Deus e a toda a realidade sagrada que ele evoca”. Tendo essa compreensão é necessário que, para manter esse respeito, a pessoa saiba distinguir o que fere o nome santo do Senhor. Dentre os pecados que vão ao encontro do segundo Mandamento, observe-se blasfêmia, autossuficiência e mentira. 

A blasfêmia é o pecado que mais fere a dignidade do nome de Deus: “A blasfêmia opõe-se diretamente ao segundo mandamento. Ela consiste em proferir contra Deus – interior ou exteriormente – palavras de ódio, de ofensa, de desafio, em falar mal de Deus, faltar-lhe deliberadamente com o respeito, abusar do nome de Deus” (Catecismo da Igreja Católica, 2148). O blasfemador desse nome é uma pessoa que não reconhece a soberania e a santidade de Deus e acha que pode dizer o que quer sem que lhe traga algum prejuízo. Engana-se! O maior prejuízo será para ela perder o Céu caso não se arrependa e mude de conduta. Vale lembrar que “(…) a proibição da blasfêmia se estende às palavras contra a Igreja de Cristo, os santos, as coisas sagradas. É também blasfemo recorrer ao nome de Deus para encobrir práticas criminosas, reduzir povos à servidão, torturar ou matar. O abuso do nome de Deus para cometer um crime provoca a rejeição da religião” (Catecismo da Igreja Católica, 2148). 

Quanto ao pecado da autossuficiência é o ser humano achar que tudo lhe é possível e que ele não depende do nome de Deus para nada. Por exemplo: pais que não batizam o filho ou pessoas que não querem ser batizadas e acham que a vida segue normalmente sem a necessidade de ser batizado “em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” pecam por autossuficiência. Receber o Batismo é, por sua vez, acolher o nome do Deus, que é Pai e Filho e Espírito Santo e, por meio desse nome, receber a sua divina proteção. “No começo do dia, de uma oração e também de tarefas importantes, o cristão coloca-se sob o ‘sinal da cruz’ e inicia a sua ação em ‘nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo’. A invocação nominal do Deus trino, por quem estamos cercados de todos os lados, santifica as coisas que empreendemos; ela concede-nos a bênção e fortalece-nos nas dificuldades e nas tentações.” (Catecismo Jovem da Igreja CatólicaYoucat, 360) 

Já o pecado da mentira é ferir a plena verdade que o nome de Deus traz consigo: “Dizer a alguém o seu nome é um sinal de confiança. Se Deus nos disse o seu nome, é porque Ele se dá a conhecer e porque nos permite o acesso a Ele mediante esse mesmo nome. Deus é todo verdade; por isso, peca gravemente quem invoca a verdade e o nome de Deus para testemunhar uma mentira” (Catecismo Jovem da Igreja CatólicaYoucat, 359). A mentira em si já é pecado e mentir usando o nome Deus o é mais ainda, porque é querer reduzir a plena verdade que é Deus a um fato ilusório, falso. Condutas como essas não convêm, de forma alguma, a um cristão que busca viver em Deus e para Deus. 

Diante de tais constatações que ferem o santíssimo nome do Senhor, que não falte no coração e na mente de toda pessoa, e particularmente dos jovens, o espírito de reflexão interior para ter o máximo cuidado de não tomar o nome de Deus em vão. 

Se assim o fizer, sua vida não somente estará em perfeita comunhão com Deus, mas terá credibilidade diante dos irmãos e irmãs. Boa reflexão interior!

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