HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana (human immunodefiency virus, na língua inglesa). Causador da AIDS (abreviação em inglês de acquired immunodeficency syndrome, síndrome da imunodeficiência humana), ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. É alterando o ácido desoxirribonucleico (DNA, do inglês deoxyribonucleic acid) dessas células que o HIV faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.
Ter o HIV não é a mesma coisa que ter AIDS. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença, mas, podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação quando não tomam as devidas medidas de prevenção, por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.
A melhor técnica para evitar AIDS/HIV é a proteção combinada, que consiste no uso simultâneo de diferentes abordagens de prevenção, aplicadas em diversos níveis para responder às necessidades específicas de determinados segmentos populacionais e de determinadas formas de transmissão do HIV.
Se você passou por uma situação de risco, como por meio da relação sexual ou compartilhado seringas, faça o teste de HIV. Caso a exposição sexual de risco tenha acontecido há menos de 72 horas, informe-se sobre a profilaxia pós-exposição (PEP) ao HIV. O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de sangue ou por fluido oral. No Brasil, temos os exames laboratoriais e os testes rápidos, que detectam os anticorpos contra o HIV em cerca de trinta minutos. Esses testes são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTAs).
Conhecer quanto antes a sorologia positiva para o HIV aumenta muito a expectativa de vida de uma pessoa que vive com o vírus. Quem se testa com regularidade, busca tratamento no tempo certo e segue as recomendações da equipe de saúde ganha muito em qualidade de vida. Além disso, as mães que vivem com HIV têm 99% de chance de ter filhos sem o HIV se seguirem o tratamento recomendado durante o pré-natal, o parto e o pós-parto.
Os exames podem ser feitos de forma anônima. Nesses centros, além da coleta e da execução dos testes, há um processo de aconselhamento, para facilitar a correta interpretação do resultado pelo(a) usuário(a). Também é possível saber onde fazer o teste pelo Disque Saúde (ligue 136). Além da rede de serviços de saúde é possível fazer os testes por intermédio de uma organização da sociedade civil, no âmbito do Programa Viva Melhor Sabendo.
Em todos os casos, a infecção pelo HIV pode ser detectada em, pelo menos, trinta dias a contar da situação de risco, isso porque o exame (o laboratorial ou o teste rápido) busca por anticorpos contra o HIV no material coletado. Esse período é chamado de janela imunológica.
Os medicamentos antirretrovirais (ARVs) surgiram na década de 1980 para impedir a multiplicação do HIV no organismo. Eles ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico, por isso, o uso regular dos medicamentos antirretrovirais é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida das pessoas que vivem com o HIV e reduzir o número de internações e infecções por doenças oportunistas.
Desde 1996, o Brasil distribui gratuitamente os medicamentos antirretrovirais a todas as pessoas vivendo com HIV que necessitam de tratamento. Atualmente, existem 22 medicamentos, em 38 apresentações farmacêuticas.