EMISSORA AGORA AVANÇA NO USO DAS PLATAFORMAS DIGITAIS
“Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo” e “Salve Maria” foram as primeiras palavras transmitidas pela Rádio Aparecida, ditas pelo bispo auxiliar de São Paulo, Dom Antonio Alves de Siqueira, no longínquo 8 de setembro de 1951. Nessa data acontecia a inauguração da emissora que viria a ser reconhecida como “a voz do santuário da Padroeira do Brasil”, operando com 100 watts de potência, na frequência de 1.600 quilociclos. O missionário redentorista padre Humberto Pieroni foi o primeiro diretor.
De lá para cá, a emissora que completa setenta anos de fundação passou por inúmeras transformações, tanto com relação ao espaço físico quanto à evolução tecnológica na área da comunicação; dos cartuchos, rolos de fitas e discos de vinil para a comunicação digital e a internet. O que não mudou foi a essência da sua missão: evangelizar o Brasil transmitindo a mensagem de Aparecida para todos os ouvintes.
“A Rádio Aparecida nasceu bem pequena, com uma potência bastante reduzida, que mal levava o seu sinal até os municípios vizinhos. Logo depois começou um processo de crescimento com a obtenção de novas ondas, que foi levando o seu sinal e a mensagem do Santuário Nacional a mais e mais pessoas. A rádio ainda contribuiu para trazer mais pessoas e romarias ao santuário”, explica o atual diretor da emissora, Padre Inácio de Medeiros, missionário redentorista.
Na inauguração, o prédio da emissora funcionava ao lado da Basílica Velha, em Aparecida (SP), mas a necessidade de um espaço maior para abrigar os estúdios, a concessão de novas ondas e os planos para obter, futuramente, um canal de televisão levaram os missionários redentoristas a inaugurarem, em 1975, noutro local, as instalações da Rádio Aparecida. O prédio hoje também abriga o canal de televisão TV Aparecida, próximo do Santuário Nacional.
Padre Inácio assinala alguns desses fatos como cruciais nos rumos da emissora: “Primeiro, a obtenção de novas ondas nos primeiros anos, após a sua fundação, pois a rádio se tornou uma emissora de cobertura nacional. Segundo, o investimento em sua programação com mais catequese e formação cristã para os ouvintes. Cito ainda a continuada melhoria de seus equipamentos, estúdios e parque de transmissão”.
Outra mudança significativa e mais recente na história da Rádio Aparecida foi o desligamento de suas ondas médias, em outubro de 2018, dando lugar ao novo canal, desta vez, em frequência modulada (FM 104,3), atendendo assim ao processo de migração AM-FM instaurado pelo governo federal. O fato impactou a programação, que foi reformulada, baseando-se, a partir de então, em quatro pilares: formação, informação, evangelização e boa música. Também no ano de 2018 aconteceu a integração do Clube dos Sócios – criado em 1955 e incentivado, sobretudo, pelo saudoso missionário redentorista Padre Vítor Coelho de Almeida – com a Campanha dos Devotos, formando a Família dos Devotos.
Em um ano comemorativo, mas que ainda vive os efeitos da pandemia do novo coronavírus no Brasil, os eventos externos para celebrar o aniversário de setenta anos não serão realizados. No entanto, um cronograma estabelecido já havia previsto algumas ações em três direções: resgate do arquivo histórico da emissora, produção de conteúdos – como a radionovela inédita Corações em sintonia e o especial Minha história com a Rádio Aparecida, com colaboradores que estão ou já passaram pela emissora – e uma grande celebração de ação de graças no dia 8 de setembro.
A maturidade de um veículo que nasceu, cresceu e se mantém no compromisso da evangelização, tornando-se, ao longo dos anos, uma referência no universo da mídia católica, dá agora passos mais largos e antenados com os tempos atuais e futuros.
Nesse sentido, o “rádio com imagem” é uma realidade cada vez mais presente para a direção da emissora. “Precisamos destacar a parceria com outras emissoras pela formação da Rede Aparecida de Rádio (RAR) e a utilização das novas plataformas, agregando o som à imagem. Essa é a nova tendência na qual a Rádio Aparecida ‘mergulhou de cabeça’ com a montagem de uma central de multimídia, que faz com que a rádio possa interagir com outras plataformas de comunicação, especialmente as redes sociais. Com isso, a Rádio Aparecida continua, cada vez mais, sendo geradora de conteúdos distribuídos por diferenciados canais”, ressalta Padre Inácio.
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