A comunicação é uma das dimensões essenciais da missão da Igreja. Comunicar é evangelizar!
No entanto, muitas vezes os agentes da Pastoral da Comunicação (Pascom) enfrentam desafios que comprometem a eficácia e a relevância de suas ações na realidade da Igreja. Identificar e superar esses obstáculos é fundamental para que os “pasconeiros” possam cumprir sua missão de anunciar o Evangelho de maneira integrada e transformadora. Neste artigo, vamos conferir os cinco principais “inimigos” que podem enfraquecer a Pastoral da Comunicação e caminhos para superá-los, inspirados no exemplo de Jesus Cristo, o grande comunicador.
ESQUECER O EXEMPLO DE JESUS COMUNICADOR
Jesus Cristo é o comunicador do Pai, caminho, verdade e vida (cf. Jo 14,6), que nos convida a permanecer unidos a Ele para produzirmos frutos, como ramos unidos à videira (cf. Jo 15,1-17). É nele que aprendemos a comunicar, pois não há comunicação autêntica fora desse caminho. Esquecer o exemplo de Jesus é perder a essência da Pastoral da Comunicação, que deve refletir sua proximidade, acolhimento e compromisso com a verdade.
DEIXAR UMA PASTORAL DE FORA DAS MÍDIAS
As redes sociais da paróquia devem ser espaço de unidade e inclusão, envolvendo todas as pastorais, movimentos, comunidades, projetos sociais e paroquianos. Cada um desses grupos deve ter seu lugar na comunicação paroquial, com conteúdos em fotos, vídeos e mensagens que gerem diálogo e pertencimento. Esse trabalho integrado dos “pasconeiros” com a comunidade fortalece a missão da Pastoral da Comunicação e promove uma Igreja mais unida e presente no mundo digital.
A PREGUIÇA DE SERVIR
Servir é a essência da Pastoral da Comunicação. Ela existe para apoiar, ajudar a organizar e dar visibilidade às ações evangelizadoras de toda a Igreja por meio da comunicação. Como destacam Irmã Élide Maria Fogolari e Rosana da Silva Borges, “A Pastoral da Comunicação é considerada a pastoral do serviço, da acolhida, pois sua finalidade não se encerra nas suas próprias atividades, mas ganha sentido quando contribui com as demais pastorais e organismos da Igreja”. Deixar de lado essa atitude de serviço é negligenciar o papel missionário que sustenta a Pastoral da Comunicação.
A FALTA DE ORAÇÃO
A espiritualidade é um dos quatro eixos da Pastoral da Comunicação: espiritualidade, formação, articulação, produção. O Guia de implantação da Pastoral da Comunicação ressalta: “A espiritualidade constitui o alicerce de todos os eixos citados acima. Sem a prática e a vivência da espiritualidade, o comunicador esvazia-se, fragiliza-se como sujeito e torna-se vulnerável às dificuldades que se apresentam ao longo do caminho. É fundamental que se cultive a espiritualidade do comunicador”. A oração deve ser a força que move e sustenta cada agente da Pastoral da Comunicação, ajudando-o a permanecer conectado com Cristo e comprometido com a missão evangelizadora da Igreja no seu servir pastoral.
A PASTORAL DA COMUNICAÇÃO ESQUECER SUA MISSÃO
A Pastoral da Comunicação tem como objetivo principal estar a serviço de toda a Igreja para consolidar sua missão por meio da comunicação. Suas diretrizes existem para organizar e animar as atividades da pastoral, tornando-a um instrumento eficaz para que paróquias e dioceses anunciem Cristo de maneira planejada e integrada. Esquecer essa missão é correr o risco de transformar a Pastoral da Comunicação em um grupo voltado apenas para a cobertura de eventos ou questões técnicas, distanciando-se de sua essência evangelizadora.
Desejo que cada comunicador da Pastoral da Comunicação possa vencer esses cinco “inimigos” e renovar diariamente o compromisso com sua missão, inspirando-se em Jesus Cristo, o comunicador por excelência.