A esperança: uma chama viva no coração do cristão

“E a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu.”
(Rm 5,5)

“Nós somos o povo da esperança, o povo da Páscoa. O outro mundo possível somos nós!” 
(Dom Pedro Casaldáliga)

Neste ano de 2025, a Igreja nos convida a vivenciarmos o Jubileu da Esperança. A esperança é uma virtude central da vida cristã. Ela nos impulsiona a olharmos para o alto, mesmo nos momentos mais desafiadores, e a caminharmos com confiança rumo ao cumprimento das promessas de Deus. Como povo de Deus somos chamados a ser o povo da esperança, um testemunho vivo de que o amor e a misericórdia do Senhor jamais falham.

Nesse contexto, o Jubileu da Esperança se apresenta como um convite especial para renovarmos a confiança na presença de Deus em nossas vidas. Um jubileu é sempre tempo de graça, perdão e renovação e o Jubileu da Esperança nos lembra de que nunca caminhamos sozinhos. Cristo, o Ressuscitado, é a razão da nossa esperança e a fonte de nossa alegria.

A esperança, no entanto, não é uma virtude passiva, ela exige de nós uma atitude ativa de fé e coragem. Em meio às adversidades somos chamados a ser sinais de esperança para o mundo; isso significa acolhermos a realidade com os olhos da fé, enxergarmos as sementes do Reino que germinam mesmo em terrenos áridos e trabalharmos com generosidade e compromisso para construirmos um futuro de justiça, paz e solidariedade.

Na tradição católica, a esperança está profundamente ligada às promessas de Deus. Nós aguardamos a plenitude do Reino, quando Deus será tudo em todos. Essa esperança não é uma simples expectativa, mas uma certeza enraizada na fé em Jesus Cristo, que venceu a morte e abriu para nós as portas da vida eterna.

Dom Pedro Casaldáliga, profeta da esperança, dizia que “A esperança é sempre revolucionária, porque nos faz olhar além do que é visível e acreditar no que é possível”. Inspirados por suas palavras somos desafiados a viver a esperança em ação, acolhendo os marginalizados, cuidando da criação, promovendo a dignidade humana e proclamando o Evangelho com audácia.

O Jubileu da Esperança nos convida a redescobrirmos a beleza de sermos peregrinos da fé, sempre com o olhar fixo no horizonte onde Cristo nos espera. Que possamos ser, como Igreja, testemunhas de que a esperança nunca decepciona, porque é sustentada pelo amor de Deus derramado em nossos corações pelo Espírito Santo (cf. Rm 5, 5).

Renovemos, portanto, nossa esperança e sejamos luz para o mundo. Como povo da esperança, sigamos firmes, certos de que Deus faz novas todas as coisas. Amém.

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