Amai, preparai e frutificai

“Uma mulher virtuosa, quem pode encontrá-la? Superior ao das pérolas é o seu valor. Confia nela o coração de seu marido, e jamais lhe faltará coisa alguma.” (Pr 31,10-13.19-20.30-31)

 Em meio a uma sociedade repleta de barreiras, machista e patriarcal, orientada para a personalidade masculina, o Livro dos Provérbios exaltando a mulher de valor ou de talento, gestora do lar, executando tarefas masculinas, significa um grande avanço. A mulher nele delineada é liberta, confiável e corresponsável pelo andamento do lar e pela administração de seus bens. Sua beleza se fundamenta na virtude: bela é a mulher virtuosa; mais vale a mulher que o dinheiro; casa sem mulher e barco sem timão são a mesma coisa: essas frases dão a verdadeira dimensão da presença feminina no lar.

O apóstolo Paulo quer, ao escrever aos tessalonicenses (cf. 1Ts 5,1-6), alertar sobre a segunda vinda de Cristo, data que se prevê próxima, mas, ao mesmo tempo, imprevista e desconhecida. A consequência é que os cristãos devem estar preparados e vigilantes para não ser surpreendidos; devem viver na luz, em permanente tensão positiva, atentos e preparados.

A parábola dos talentos, que podemos ler em Mateus 25,14-30, trabalha com a diferenciação dos dons, como na realidade acontece, o que permite que cada um de nós se sinta incluído na parábola. Informa-se que o Senhor tarda a voltar, porém, seu regresso é certo para julgar a todos conforme o que tiverem produzido. O pressuposto da época é que os bens são limitados, repartidos entre as famílias e não podem aumentar. A consequência é que quando uma pessoa enriquece, ela tira parte do que é das outras famílias e isso é injusto. Daí se entende por que naquele tempo a avareza e a ambição eram pecados gravíssimos e o enriquecimento rápido, visto como desonroso. O dono do dinheiro é avarento e exigente, mas não quer aparecer como tal e, por isso, deixa a riqueza nas mãos de terceiros, para que o façam produzir. Ao regressar, dois deles duplicam o dinheiro, enquanto o terceiro decide guardá-lo. Assim como esse senhor exige fidelidade a toda prova, do mesmo modo será no Reino de Deus, nele não existem meias medidas. O convite aqui é para dedicar-se ao máximo pela causa do Reino. A parábola aponta para o fim dos tempos. É certo que o Senhor tarda a voltar, mas o seu regresso é certo e no retorno vai julgar o comportamento de cada um na sua ausência, portanto, a comunidade é exortada a estar alerta, vigilante e a não se deixar vencer pela comodidade e pela rotina.

 

NOTAS MARIANAS
NOSSA SENHORA DE GUADALUPE

A devoção a Nossa Senhora de Guadalupe remonta ao ano de 1523, quando ela apareceu para o índio asteca Juan Diego e lhe pediu que construísse no local da aparição uma capela em sua honra. Diante da descrença das autoridades eclesiástica, a Virgem pediu que o piedoso índio recolhesse algumas flores silvestres e as levasse envolvidas em seu manto ao bispo. Quando o bispo abriu o manto, revelou-se a imagem da Virgem, conhecida hoje como Virgem de Guadalupe.

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