Caminhar com Maria

Você já pensou em organizar o seu ano imitando as virtudes marianas por meio das solenidades e festas, memórias? É uma proposta interessante se pensamos, por exemplo, em aprender, de cada comemoração da Virgem Maria, uma lição de vida.

Se fizermos um pequeno esforço e procurarmos no calendário as comemorações marianas, encontraremos ricas motivações para nossas vidas e dia a dia.

Santa Maria, Mãe de Deus é a primeira solenidade, do primeiro dia do ano, e nos faz contemplar um título atribuído à mãe de Jesus, filho de Deus, portanto, Mãe de Deus. A cada Ave-Maria e Santa Maria, em vez de dizer, “Santa Maria, Mãe de Jesus, verdadeiro homem e verdadeiro Deus”, dizemos “Santa Maria, Mãe de Deus”. Dessa festividade aprendemos que Deus, ao mesmo tempo em que causa medo e pavor nos grandes da Terra, escolhe os simples e pobres para se manifestar. 

Na sequência, temos a solenidade da Apresentação do Senhor aos Reis Magos, pagãos, que, no entanto, procuraram o Menino para adorá-lo. A celebração consegue mexer com os grandes, os governantes das nações, como o rei Herodes e os magos. O evangelista Mateus destaca a presença de Maria, enquanto José não é citado. Maria aqui é a cuidadora do Menino, apresentado aos governantes das nações pagãs, isto é, Jesus é apresentado ao mundo. Apresentar-se ao Senhor é uma tarefa diária: “Senhor, estou aqui para te servir!” ou “Senhor, orienta hoje minha vida e meus passos!”. 

Além da apresentação e resgate de Jesus, Maria também vai ao templo para se purificar da impureza legal pelo nascimento de um filho homem. Toda mulher deve ser purificada quarenta dias após o parto, pois o filho primogênito, tanto de homens como de animais, devia ser consagrado por pertencer ao Senhor. Neste ano jubilar, a nossa purificação consiste em uma boa confissão e a busca de crescimento na espiritualidade como “peregrinos da esperança”. Esse também pode ser um propósito para este ano: fazer uma peregrinação cultivando a esperança, a exemplo de Maria, que em nenhum momento se queixou ou reclamou de sua falta de recursos para educar o seu filho. 

De acordo com Lucas, Maria, por ser a mãe de Jesus, terá momentos de profundo sofrimento, simbolizados pela “espada de dor que atravessaria sua alma”. O futuro se confirmou, como predito por Simeão. Dessa cena aprendemos que o sofrimento pode fazer parte de nossas vidas e estar, inclusive, nos planos de Deus. A lição é que podemos tornar o sofrimento redentor, assim como foi o de Jesus. 

No próximo mês continuaremos com este breve comentário sobre as festas marianas e suas lições no calendário litúrgico.

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