(BASEADA EM TEXTOS DE SANTO ANTÔNIO MARIA CLARET)
Ó, Maria, minha mãe, estou aqui para uma conversa com Jesus, teu amado filho e Senhor nosso. Sei que sempre está ao seu lado no Céu como esteve na Terra. Sei também que o seu pedido é sempre no sentido de que eu viva intensamente este momento de intimidade e adoração. Quero acolher as vossas orientações e não perder uma só de palavra a mim dirigida. Ó, mãe, escuto vossa voz que me diz “Coloque-se em atitude de adoração; procure ouvir a voz do meu filho, Jesus. Meu filho, não é preciso ter grandes estudos para conversar comigo, basta abrir o coração e expressar o amor que há nele; falar com amor e fervor, de maneira simples, como se fala com o seu melhor amigo!”.
Depois de um breve silêncio, ouço Jesus falando: “Você tem algum pedido em favor de alguém? Diga-me de quem se trata e o que você deseja que eu faça por ele. Pode pedir e peça muito, sem medo. Converse comigo, de forma simples e franca. Fale-me dos necessitados que você gostaria de consolar, dos doentes que vê sofrendo, dos desencaminhados que tanto deseja ver novamente no bom caminho. Diga-me a favor deles ao menos uma palavra”.
Depois de mais um tempo de silêncio, a voz de Jesus me disse: “E você, não precisa mesmo de alguma graça? Fale-me dos seus dons, das alegrias que você desfruta quando os pratica, mas, diga-me também que às vezes você se reconhece orgulhoso, egoísta, inconstante, negligente… Que você pretende ser cada dia melhor, mas que a meta final parece ainda muito distante. Peça a mim o auxílio necessário nos esforços que você faz para superar essas faltas. Não tenha vergonha! Há muitos justos, muitos santos no Céu, que tinham esses mesmos defeitos. A diferença é que eles pediram com humildade e, pouco a pouco, viram-se livres deles. Também não deixe de me pedir saúde, bons resultados nas atividades, nos negócios ou nos estudos. Posso dar tudo isso a você, contanto que seja útil à sua santificação. E do que você precisa hoje? Como posso ajudar? Se você soubesse quanto desejo oferecer-lhe ajuda!”.
Mais que ouvir Maria falando, eu sentia sua presença materna e carinhosa, uma presença que me deixava absolutamente tranquilo e confiante.
Jesus continua o seu diálogo, que é ao mesmo tempo uma revisão de vida: “Você anda preocupado com algum projeto? Conte a mim. O que deixa você preocupado? Eu estou aqui, posso ajudá-lo. Uma coisa é certa: sempre vou contar com seu esforço. O que posso fazer por sua família e pelos amigos? Que gostaria que eu fizesse por eles? Deseja fazer algum pedido especial por aqueles que são seus amigos, mas que vivem longe de mim? E no que se refere a mim, você sente desejo de me ver glorificado? Diga-me, em que se detém hoje, de maneira especial, a sua atenção? O que você mais deseja? Que meios emprega para alcançar esses objetivos? Se não consegue alcançar o que deseja, posso indicar-lhe as causas do insucesso. Busque e você vai conquistar os meus favores! Pratique, tanto quanto possível, o silêncio, a modéstia, o recolhimento, a serenidade e a caridade para com o próximo. Ame, honre e imite minha mãe, que é também sua. Retorne a cada dia com o coração mais amoroso, mais entregue a mim. No meu coração você vai encontrar, a cada dia, um amor sempre novo, novos benefícios e consolações. Venha! Eu espero você! E você não tem nada para me prometer? Você sabe que vejo o que está no fundo do coração.
É fácil enganar os homens, mas a mim ninguém engana. Fale-me com toda a sinceridade, você fez o firme propósito de não mais se expor às ocasiões de pecado, de se afastar das seduções, de não mais ler textos que exaltam a sua imaginação, de afastar as tentações de entrar em sites pornográficos, de afastar a companhia ou a literatura que perturbam a sua paz? Você vai continuar sendo amável e condescendente para agradar às pessoas que desviam você dos seus bons propósitos? Revise agora as suas ocupações habituais: trabalho, família, estudos… Não se esqueça nunca dos momentos de agradável conversa entre nós. Por acaso, você está triste, mal-humorado ou deprimido? Desabafe, com todos os pormenores, o que o entristece. Alguém o feriu?
Quem lhe ofendeu o amor-próprio? Você se sentiu desprezado? Conte tudo. Assim, em breve você vai chegar ao ponto de me dizer que, imitando-me, você quer perdoar e esquecer. Como recompensa você vai receber a minha bênção consoladora. Acaso você tem medo? Sente na alma melancolia e incerteza não justificadas, mas que são muito doloridas? Coloque-se nos braços da minha amorosa providência. Estou consigo, a seu lado. Vejo tudo, ouço tudo e, em momento algum, você fica desamparado. Sente frieza da parte de pessoas que antes lhe queriam bem e que agora se afastam, apesar de você não encontrar nenhum motivo para isso? Rogue por essas pessoas. Se for para o seu bem e sua santificação, Eu vou restabelecer a amizade entre vocês. Não tem alguma alegria para partilhar comigo? Deixe que eu tome parte delas com a força de um bom amigo! Conte-me o que, desde sua última visita, consolou e agradou seu coração. Alguma surpresa agradável? Boas notícias? Uma demonstração de carinho! Talvez você tenha vencido alguma dificuldade ou saído de algum apuro? Tudo é obra minha! Diga-me simplesmente, como um filho à sua mãe, ‘Obrigado, muito obrigado!’”.