Nossa comunidade é o espaço adequado para o amadurecimento da fé, onde pessoas, comprometidas com a missão de evangelizar, partilham as alegrias de poder viver em comunhão com Jesus Cristo. Construir uma comunidade de fé é missão de todos nós.
Somos educadores da fé! Fé na presença viva de Jesus Cristo, que nos leva a uma vida feliz, de acordo com a vontade de Deus: “Eis o que diz o Senhor, teu Redentor, o Santo de Israel: ‘Eu sou o Senhor teu Deus, que te dá lições salutares, que te conduz pelo caminho que deves seguir. Ah! Se tivesses sido atento às minhas ordens! Teu bem-estar se assemelharia a um rio e tua felicidade, às ondas do mar; tua posteridade seria como a areia, e teus descendentes, como os grãos de areia; nada poderia apagar nem abolir teu nome de diante de mim’” (Is 48,17-19).
O próprio Deus Pai nos fala pela voz de Jesus, com as palavras de Jesus. Ele dá as respostas, no dia a dia, para os seus seguidores. Ele ensina, com sua vida e missão, que é importante viver segundo o Espírito de Deus. Como outrora aos discípulos, Jesus nos convida para a vida com Ele. Chama-nos para a experiência de pertencer a Ele: “Com seu amor, Jesus atrai a si os homens de cada geração: em todo tempo, Ele convoca a Igreja confiando-lhe o anúncio do evangelho, com um mandato que é sempre novo” (Bento XVI, Carta Apostólica Porta Fidei, 7)
Como vimos, conforme diz a Carta Apostólica Porta Fidei, apresentada pelo Papa Bento XVI em 2011, Jesus age com amor, convoca a Igreja por amor e confia-lhe uma missão: anúncio da novidade do Evangelho. Ele conduz sua comunidade para o mistério da fé, que transforma a realidade. Essa transformação se dá em situações mais simples ou nas mais impossíveis (cf. Mc 11,20-25).
Somos catequistas em missão! Para os catequistas de hoje, Jesus propõe olhar para a comunidade eclesial como campo de missão. Seu modo de agir era um grande testemunho de obediência à vontade do Pai. Ele:
- levava as pessoas, tristes e sofridas, ao caminho da alegria, à experiência da fé;
- conduzia seus discípulos e tantos seguidores ao mistério de Deus;
- fazia arder o coração enfraquecido pela dor e pelo sofrimento, pela falta de esperança e pela falta de respeito;
- falava aos que vinham para perto dele, querendo ouvir sua voz – pessoas em pequenos grupos ou multidões;
- partilhava amor, sabedoria e ternura, em gestos e palavras.
Quem caminhava com Jesus era introduzido no mistério da Comunhão. À luz de sua pedagogia, podemos levar nossos catequizandos à proximidade com Deus, fortalecendo o vínculo da unidade, de nossa unidade como irmãos e irmãos e irmãs e de nossa unidade com a comunidade divina – Pai, Filho e Espírito Santo.
Todos, que abraçam a fé cristã, precisam ser acompanhados para viver em harmonia com a comunidade de vida cristã, para que possam gerar frutos de uma fé firme e autêntica.
Somos catequistas com amor! Vamos levar nossos catequizandos e seus familiares para mais perto de Deus, favorecendo momentos de espiritualidade e de escuta orante de sua Palavra. Deixemos que a ela nos leve a percorrer o caminho e nos mostre, pela prática da leitura orante, que a experiência de fé precisa ser vivida e testemunhada. Para isso é importante revelar o nosso amor pelo Senhor, estabelecendo uma relação livre e pessoal com Ele.
Jesus nos chama para uma vida de profunda amizade e de intimidade com o Pai. Podemos acolher esse chamado para que o nosso ministério seja reconhecido por nosso desejo de introduzir as pessoas na fé e com a fé de Jesus Cristo.
Levemos aos catequizandos o que aprendemos de Jesus, com motivação e esperança:
- Ele nos ensina a sermos filhos fiéis e bons;
- Ele propõe um abandono nas mãos de Deus;
- Ele partilha a alegria de ser um filho piedoso e feliz;
- Ele indica o caminho para a maturidade da fé.
Olhando para a nossa realidade, pessoal, familiar ou comunitária, contemplemos essa grande missão confiada a nós por Jesus, que acreditou na capacidade de seu rebanho. A esperança do pastor Jesus é que sua comunidade alcance o essencial do mistério da fé: “A fé torna-nos fecundos, porque alarga o coração com a esperança e permite oferecer um testemunho que é capaz de gerar: de fato, abre o coração e a mente dos ouvintes para acolherem o convite do Senhor a aderir à sua palavra a fim de se tornarem seus discípulos” (Bento XVI, Carta Apostólica Porta Fidei, 7).
Catequistas, vamos avançar na direção da construção de uma vida nova!
Somos catequistas da esperança! Semeamos esperança em nossas comunidades quando convidamos as pessoas a seguir o caminho da Palavra, caminho do conhecimento da vontade divina. Todas as nossas ações precisam ser baseadas na Sagrada Escritura, que é inspirada por Deus e fonte para a catequese. Nossa esperança é ver que todos os iniciados na fé reconheçam que toda a Palavra tem o seu cumprimento em Cristo, leva-nos a Ele!
“A vida é muitas vezes um deserto, é difícil caminhar na vida, mas se nos confiarmos a Deus ela pode tornar-se bonita e ampla como uma rodovia. É suficiente nunca perder a esperança, continuar a crer sempre, não obstante tudo. Quando nos encontramos diante de uma criança, talvez possamos ter muitos problemas e dificuldades, mas o sorriso vem-nos de dentro, porque estamos perante a esperança: a criança é uma esperança! E assim devemos saber ver na vida o caminho da esperança que nos leva a encontrar Deus, o Deus que por nós se fez Menino. E far-nos-á sorrir, dando-nos tudo!” (Papa Francisco, 2016)
Trilhar esse caminho é sinal de uma escolha sábia que leva à vida. Procuremos fortalecer nossa identidade cristã e caminhemos juntos!