FÉ HUMILDE
27º Domingo do Tempo Comum – 2 de outubro
1ª LEITURA – HABACUC 1, 2-3; 2, 2-4
“O justo viverá por sua fé.”
No domingo anterior, a Palavra de Deus nos ensinou a usar os bens terrenos. Deus ama os pobres e deseja que os amemos também, por isso, compreendemos o nosso dever de dividir o que Deus nos deu com quem passa por necessidades.
Hoje, Nosso Senhor nos fala da necessidade de lhe pedir o dom da fé para vê-lo nos pobres, mas, também devemos pedir que nos aumente a fé quando constatarmos à nossa volta o crescimento da violência, roubos e crescente falta de amor a Deus e aos irmãos e sua aparente ausência.
Como o profeta Habacuc, também rezemos: “Até quando, Senhor, implorarei sem que escuteis? (…) sem que venhais em socorro?” (v. 2). Esse texto, escrito seiscentos anos antes de Cristo, faz-nos lembrar da resposta que Jesus deu a seus discípulos quando queriam arrancar o joio plantado pelo inimigo junto com o trigo: “‘Não’, disse Ele, ‘arrancando o joio, vos arriscais a tirar também o trigo. Deixai-os crescer juntos até a colheita’” (Mt 13, 29-30). Vale recordar o que São Paulo deixou escrito: “Não julgueis antes do tempo; esperai que venha o Senhor” (1Cor 4, 5).
SALMO 94(95), 1-2. 6-9 (R. 8)
“Não fecheis o coração; ouvi vosso Deus.”
2ª LEITURA – 2TM 1, 6-8. 13-14
“Não te envergonhes de dar testemunho de Nosso Senhor.”
A fé é dom de Deus, por isso, devemos rezar a Nosso Senhor não só para que nos conceda esse dom, mas também para que o fortifique em nós cada vez mais. Por tal razão, São Paulo, dirigindo-se a São Timóteo, após se recordar da fé no Senhor que já havia encontrado entre os parentes de seu discípulo, assim lhe escreveu: “Por esse motivo, eu te exorto a reavivar a chama do dom de Deus que recebeste pela imposição das minhas mãos” (v. 6). Essa recomendação pode ser estendida também a todos nós, a quem Jesus recomendou, pouco antes de subir aos Céus, “Ide, pois, e ensinai a todas as nações (…) a observar tudo o que vos prescrevi” (Mt 28, 18e 20).
Cumpriremos esse mandamento do Senhor onde estivermos: no leito de enfermos, no trabalho, com todas as pessoas com quem convivemos e principalmente dentro de nossas casas; aí, nosso apostolado se torna mais difícil, pois teremos de saber aceitar os temperamentos diferentes de nossos parentes. Será, pois, dessa maneira que cumpriremos nossa missão de anunciar o Reino de Deus amando os irmãos dentro de nosso lar, nossa pequena “igreja”!
ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO (1PD 1, 25)
Aleluia! Aleluia! Aleluia!
“A Palavra do Senhor permanece para sempre; e esta é a Palavra que vos foi anunciada.”
EVANGELHO – LUCAS 17, 5-10
“Se vós tivésseis fé!”
A primeira mensagem do santo Evangelho de hoje se junta bem ao fim da nossa meditação da segunda leitura: “Os apóstolos disseram ao Senhor: ‘Aumenta-nos a fé!’” (v. 4). Não se pense que de se ter fé ou não ter. Significa tomar a cruz de cada dia e seguir a Jesus. Certa vez, Jesus, após ter convocado a multidão juntamente com seus discípulos, disse: “Se alguém me quer seguir, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me!” (Mc 8, 34).
A renúncia de nós mesmos se dará pouco a pouco conforme mantivermos a confiança no Salvador, ou não, na hora da dor, das provações pelas quais todos nós passamos. Portanto, façamos como os apóstolos e peçamos humildemente a Nosso Senhor que nos dê força para nunca duvidarmos de seu amor por nós, seguindo seus passos.
Em seguida, o Mestre acrescenta: “Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira. Arranca-te e transplanta-te no mar e ela vos obedecerá” (v. 6). São Mateus e São Marcos falam de sicômoro e montanha, mas a mensagem é a mesma.
Culturas e costumes diferentes separam povos e raças. Mesmo dentro de nossa sociedade, e de nossa própria casa, achamos que há pessoas que não poderemos suportar, mas, com fé em Jesus, poderemos nos reaproximar delas como se fossem “montanhas” que jogamos no mar!
SUGESTÃO DE REFLEXÃO
Diante do crescimento do mal, renovo a minha confiança na providência divina? Esforço-me para anunciar o Reino de Deus em casa, fazendo o bem aos meus familiares? Rezo ao Senhor para saber tratar bem as pessoas de educações e temperamentos diferentes?
LEITURAS PARA A 27ª SEMANA DO TEMPO COMUM
3. SEGUNDA. Santos André de Soveral, Ambrósio Francisco e comps. mts.: Gl 1, 6-12 = Evangelho de Jesus Cristo, único Evangelho autêntico. Sl 110 (111). Lc 10. 25-37 = E quem é o meu próximo? 4. TERÇA. São Francisco de Assis: Gl 1, 13-24 = Paulo recebeu sua missão diretamente de Deus. Sl 138 (139). Lc 10, 38-42 = Marta recebeu Jesus em sua casa. Maria escolheu a melhor parte. 5. QUARTA: Gl 2, 1-2.7-14 = Reconheceram a graça que me foi dada. Sl 116 (117). Lc 11, 1-4 = Senhor, ensina-nos a rezar. 6. QUINTA: Gl 3, 1-5 = Recebestes o Espírito pela prática da lei ou pela fé através da pregação? Cant.: Lc 69-73.75. Lc 11, 5-13 = Pedi e recebereis. 7. SEXTA. Nossa Senhora do Rosário: At 1, 12-14 = Todos eles perseveravam na oração em comum, com Maria, a mãe de Jesus. Cânt.: Lc 1, 46-55. Lc 1, 26-38 = Eis que conceberás e darás à luz um filho. 8. SÁBADO: Gl 3, 22-29 = Vós todos sois filhos de Deus pela fé. Sl 104 (105). Lc 11, 27-28 = Ditoso o ventre que te trouxe! Ditosos os que ouvem a palavra!
CURA DOS DEZ LEPROSOS
28º domingo do Tempo Comum – 9 de outubro
1ª LEITURA – 2REIS 5, 14-17
“Naamã voltou para junto do homem de Deus
e fez sua profissão de fé.”
Terminamos a meditação das leituras do domingo passado compreendendo que, pela fé em Deus, poderemos vencer as dificuldades de comunicação que há não só entre raças e povos, mas mesmo dentro de nossos lares, em que temos dificuldade de aceitar os irmãos com seu modo de ser diferente do nosso.
Nesta primeira leitura, deparamos com situação diferente, mas, com a mesma lição. É Deus quem nos dá força para suportar as diferenças e é também Ele quem cura as pessoas. Nós somos apenas seus instrumentos.
O profeta Eliseu estava tão convicto dessa verdade que nem sequer foi pessoalmente receber Naamã, o comandante do exército da Síria, que estava leproso, para lhe dizer como se livrar daquele mal, mas mandou a seu encontro seu mensageiro. Naamã aceitou cumprir o ritual que lhe foi indicado e ficou curado.
O profeta recusou o presente que Naamã lhe queria dar, pois tinha absoluta certeza de que fora Deus quem o tinha curado. Essa mesma retidão devemos manter em nosso relacionamento. Por exemplo, se nos falam de qualidades que temos, saibamos responder que é Deus quem nos confia. Também se tivermos sucesso à frente de algum ministério, não nos envaideçamos, mas saibamos atribuí-lo ao Senhor!
SALMO 97 (98),1. 2-3ABCD-4 (R. 2B)
“O Senhor fez conhecer a salvação
e às nações revelou sua justiça.”
2ª LEITURA – 2TIMÓTEO 2, 8-13
“Se com Cristo ficamos firmes, com Ele reinaremos.”
Nem sempre há sucesso em nosso trabalho, embora realizado com retidão de espírito. O apóstolo São Paulo passou por isso, conforme podemos deduzir de suas palavras a seu discípulo São Timóteo: “Lembra-te de Jesus Cristo, saído da estirpe de Davi e ressuscitado dos mortos, segundo o meu Evangelho, pelo qual estou sofrendo até as cadeias como um malfeitor” (v. 8).
O apóstolo nos ensina a como passar por esses momentos de fracasso humano lembrando-nos do exemplo de Jesus, cuja missão pareceu ter caído num insucesso total quando, após ter feito o bem a todas as pessoas que o procuravam, foi condenado à morte de cruz, suplício somente aplicado àqueles que tinham praticado atos criminosos contra a sociedade.
Assim, ele continua: “Se morrermos com Ele [Jesus], com Ele viveremos. Se soubermos perseverar, com Ele reinaremos” (v. 11). O apóstolo bem sabia que a messe não era dele, mas de Deus, que o havia chamado para anunciar o Evangelho aos pagãos, conforme lhe tinha revelado o Espírito Santo.
Certamente tinha em mente o que diz o salmista: “Completai em mim a obra começada; ó Senhor, vossa bondade é para sempre” (Sl 137 [138], 8).
ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO (1TS 5, 18)
Aleluia! Aleluia! Aleluia!
“Em tudo dai graças, pois, esta é a vontade
de Deus para convosco em Cristo Jesus.”
EVANGELHO – LUCAS 17, 11-19
“Não houve quem voltasse para dar glória a Deus,
a não ser este estrangeiro.”
Há semelhanças entre este Evangelho e a primeira leitura. Tanto num como noutra, quem agradece é um estrangeiro. Em ambos os casos, há a cura que se processa a caminho. Finalmente, ambos reconhecem o poder divino e se convertem ao verdadeiro Deus.
Sem dúvida, Jesus nos quis ensinar que não há separação entre justos e pecadores, pois todos nós somos pecadores. Essa verdade é sugerida pela amizade que havia entre os judeus e o samaritano na hora do sofrimento, enquanto as autoridades judaicas, desprezando-os, decretassem a separação e até incitassem o povo a hostilizá-los para afastá-los da comunidade.
Foram também os estrangeiros que mais depressa perceberam o poder divino que os curou e vieram agradecer. Nós, ao contrário, embora tenhamos recebido o Espírito Santo no dia de nosso Batismo, custamos, às vezes, a acreditar no poder de Nosso Senhor em nossas vidas, como um pastor que vela por seu rebanho, e duvidamos de sua presença junto a nós nas horas das tempestades da vida, dos sofrimentos.
Por fim, a lição que surge desses milagres é o desejo de Nosso Senhor de que haja união em nossas casas. Sempre haverá diferenças entre nós. Frequentemente haverá coisas, fatos e atitudes de que não gostamos, isso é natural, mas, o que não pode continuar a acontecer é não acreditarmos em Deus e em sua força para acabar com “as montanhas” que impedem o ambiente de amor desejado por Ele.
SUGESTÃO DE REFLEXÃO
Atribuímos ao Senhor os dons que Ele nos confiou? Na hora do fracasso mantenho a serenidade, renovando minha confiança no Senhor Jesus? Anuncio o Reino de Deus dentro de casa, aceitando as diferenças?
LEITURAS PARA A 28ª SEMANA DO TEMPO COMUM
SEGUNDA: Gl 4, 22-24.26-27.31–5, 1 = Não somos filhos de uma escrava; somos filhos da mulher livre. Sl 11 (113). Lc 11, 29-32 = Nenhum sinal será dado a esta geração, a não ser o sinal de Jonas. 11. TERÇA: Gl 5, 1-6 = Conservar a unidade cristã. Sl 118 (119). Lc 11, 37-41 = Dai esmola daquilo que vós possuís e tudo ficará puro para vós. 12. QUARTA. Nossa Senhora da Conceição Aparecida, principal padroeira do Brasil: Es 5, 1b-2; 7, 2b-3 = Concede-me a vida de meu povo – eis o meu desejo! Sl 44 (45). Ap 12, 1.5.13a.15-16a = Um grande sinal apareceu no céu. Jo 2, 1-11 = Fazei o que Jesus vos disser. 13. QUINTA: Ef 1, 1-10 = Em Cristo, Ele nos escolheu, antes da fundação do mundo. Sl 97(98). Lc 11, 47-54 = Ai de vós que matais os justos e impedis a prática do bem! 14. SEXTA: Ef 1, 11-14 = Pagãos e gentios unidos em Jesus Cristo. Sl 32 (33). Lc 12, 1-7 = Os cabelos de vossa cabeça estão todos contados. 15. SÁBADO. Santa Teresa de Jesus, vdra.: Ef 1, 15-23 = Deus fez de Cristo, que está acima de tudo, a cabeça da Igreja, que é o seu corpo. Sl 8. Lc 12, 8-12 = Nessa hora, o Espírito Santo vos ensinará o que deveis dizer.
A ORAÇÃO PERSEVERANTE
29º domingo do Tempo Comum – 16 de outubro
1ª LEITURA – ÊXODO 17, 8-13
“Enquanto Moisés conservava a mão levantada, Israel vencia.”
A mensagem da Palavra de Deus deste domingo é de suprema importância. Trata-se da perseverança na oração. Nesta primeira leitura, meditamos sobre o exemplo de Moisés, que insiste na oração para obter do Senhor a salvação do povo de Israel.
Diz o texto sagrado que, durante o tempo em que Moisés mantinha os braços erguidos para o céu, os inimigos de Israel eram vencidos, mas, quando os abaixava, seus soldados começavam a perder a batalha. A lição dessa narrativa é que devemos rezar sempre, todos os dias, pedindo ao Senhor forças para obedecer a seus mandamentos.
Rezar, todavia, não se resume a só pedir graças a Deus, mas inicialmente deve ser um louvor ao nosso Criador por nos ter criado e mantido na existência. Em seguida, devemos nos mostrar gratos por seus favores.
Dessa constatação de que somos criaturas de Deus e dele dependemos para continuar vivos decorre naturalmente a necessidade de pedirmos sua bênção. Devemos solicitá-la para atingir nossos objetivos, como é, por exemplo, perdoar a quem nos ofendeu, caso contrário, seremos dominados pelo orgulho ferido, aumentando cada vez mais – às vezes por anos! – a separação entre irmãos.
SALMO 120 (121), 1-8 (R. 2)
“Do Senhor é que me vem o meu socorro,
do Senhor que fez o Céu e fez a Terra.”
2ª LEITURA – 2TIMÓTEO 3, 14 – 4, 2
“O homem de Deus seja perfeito
e qualificado para toda boa obra.”
O responsório do Salmo 120 (121), indicado pela sagrada liturgia para ser rezado após a primeira leitura, resume o conteúdo do que meditamos antes: “Do Senhor é que me vem o meu socorro, do Senhor que fez o Céu e fez a Terra” (vv. 1-2). Dependentes que somos de Deus, pedir-lhe graças e favores se impõe como algo essencial em nossa vida espiritual.
Há momentos difíceis em que ficamos perplexos sem saber como agir: competir com os outros ou ajudá-los? Acumular bens ou partilhá-los com quem precisa? Perdoar a quem nos ofendeu ou manter o orgulho ferido?
Será na Sagrada Escritura que encontraremos a orientação segura do Senhor, sobretudo nos santos evangelhos é que se conhece melhor a luz de Jesus, que nos ilumina a mente em todas as interrogações sobre o modo mais perfeito de segui-lo. Porém, sejamos sempre humildes, não contando com nossas forças, mas com a graça de Deus.
Na parte final da carta a São Timóteo, o apóstolo insiste com ele, dizendo incisivamente: “Prega a Palavra, insiste oportuna e importunamente, repreende, ameaça, exorta com toda a paciência e empenho de instruir” (2Tm 4, 2). Pregaremos a Palavra de Deus dentro de nossos lares, mais pelos exemplos de caridade do que com palavras. “‘As palavras voam”, conforme o dito popular, “os exemplos ficam”.
ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO (HB 4, 12)
Aleluia! Aleluia! Aleluia!
“A Palavra de Deus é viva e eficaz, em suas ações;
penetrando os sentimentos, vai ao íntimo dos corações.”
EVANGELHO – LUCAS 18, 1-8
“Deus fará justiça aos seus escolhidos que gritam por Ele.”
Nosso Senhor nos conta a parábola de uma viúva que conseguiu justiça de um mau juiz contra seu adversário à força de tanto insistir com ele para que a atendesse.
A grande diferença entre a parábola do juiz iníquo e Deus é infinita, pois Jesus nos disse “Por acaso não fará Deus justiça aos seus escolhidos que estão clamando por Ele dia e noite? Porventura tardará em socorrê-los? Digo-vos que em breve lhe fará justiça” (v. 7).
Muitas vezes somos tentados a nos queixar ao Senhor porque achamos que não nos atende com a presteza que queremos, mas, não nos devemos levar por esse impulso. Deus, por meio do profeta Isaías, revelou a nós: “Pode uma mulher esquecer-se daquele que amamenta? Não ter ternura pelo fruto de suas estranhas? E mesmo que ela o esquecesse, eu não te esqueceria nunca” (Is 49, 15).
Pela boca do mesmo profeta, o Senhor continua a nos ensinar: “Meus pensamentos não são os vossos e vosso modo de agir não é o meu” (Is 55,8). Esperemos no Senhor e sejamos fortes! Fortifique-se nosso coração e esperemos no Senhor (cf. Sl 26[27], 14).
Convém entendermos o significado da ordem de Jesus: “É preciso rezar sempre, sem cessar” (v. 1). Não se trata de ficarmos repetindo indefinidamente nossas orações, mas de sempre mantermos um diálogo interior constante com nosso Mestre acerca das várias situações de nossa vida, pois rezar é conversar com Deus.
SUGESTÃO DE REFLEXÃO
Rezo para Nosso Senhor me dar forças para perdoar? Com o auxílio divino, procuro dar exemplo de amor aos irmãos? Quando peço ao Senhor uma graça, sei aguardar a “hora” dele?
LEITURAS PARA A 29ª SEMANA DO TEMPO COMUM
SEGUNDA: Santo Inácio de Antioquia, bp. mt.: Ef 1, 1-10 = Ele nos deu a vida com Cristo e nos fez sentar nos Céus. Sl 99. Lc 12, 13-21 = E para quem ficará o que tu acumulaste? 18. TERÇA. São Lucas, ev.: 2Tm 10-17b = Só Lucas está comigo. Sl 144 (145). Lc 10, 1-9 = A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. 19. QUARTA: Ef 3, 2-12 = O mistério de Cristo, Deus acaba de o revelar agora: os pagãos são admitidos à mesma herança. Cânt.: Is 12, 2-6. Lc 12, 39-48 = A quem muito foi dado, muito será pedido. 20. QUINTA: Ef 3, 14-21 = Súplica para compreender o amor de Jesus Cristo. Sl 32 (33). Lc 12, 49-53 = Não vim trazer a paz, mas a divisão. 21. SEXTA: Ef 4, 1-6 = Há um só corpo, um só Senhor, uma só fé, um só Batismo. Sl 23 (24). 22. SÁBADO: Ef 4, 7-16 = Cristo é a cabeça. Graças a Ele, o corpo, coordenado e bem unido, realiza o seu crescimento. Sl 121 (122). Lc 13, 1-9 = Se vós não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo.
O FARISEU E O PUBLICANO
30º domingo do Tempo Comum – 23 de outubro
Dia Mundial das Missões e da Obra Pontifícia da Infância Missionária
1ª LEITURA – ECLESIÁSTICO 35, 15B-17.20-22A
“A prece do humilde atravessa as nuvens.”
Terminamos domingo passado nossas reflexões lembrando-nos de que rezar é conversar com Deus. Para entendermos melhor essa verdade, meditaremos no santo Evangelho sobre a parábola do fariseu e do publicano contada por Nosso Salvador.
Nesta primeira leitura, o autor nos recorda que Deus é justo não porque dá a cada um o que lhe cabe por direito, mas porque ouve o marginalizado que se encontra sem amparo.
Não se deixa levar pelos presentes dos ricos que desejam assim torná-lo amigo de suas injustiças, praticadas contra os pobres, daí a sua afirmação inicial da leitura: “O Senhor não faz acepção de pessoa em detrimento do pobre e ouve a oração do ofendido” (v. 16).
Essa observação nos é muito importante porque as orações que atravessam as nuvens e chegam até o trono de Deus não são as fórmulas repetidas que proferimos despreocupadamente sem pensar nos pobres que injustiçamos, pagando-lhes mal e explorando seu trabalho. De nada adianta sairmos do templo, tendo ouvido Missa, se em nosso trabalho injustiçamos quem trabalha para nós. Diz a Sagrada Escritura que “O Senhor ouve a oração do ofendido. Não despreza a oração do órfão nem os gemidos da viúva” (vv. 16-17).
SALMO 33(34), 2-3.17-19.23 (R. 7A.23A)
“O pobre clama a Deus e Ele escuta: o Senhor liberta a vida dos seus servos.”
2ª LEITURA – 2TIMÓTEO 4, 6-8.16-18
“Agora está reservada para mim a coroa da justiça.”
O responsório do Salmo 33(34) resume a doutrina sobre que meditamos na primeira leitura: “Vede, este miserável clamou e o Senhor o ouviu” (v. 7). Deus se enternece com o abandonado que só pode contar com suas misérias.
São Paulo, em sua segunda carta dirigida a seu discípulo São Timóteo, fala-lhe inicialmente da coroa que espera receber de Deus não como um prêmio, mas como um dom: “Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé” (v. 7).
Jesus, quando falou sobre recompensa, explicou que nada merecemos, pois anunciamos o seu Reino por amor, como Ele fez tomando um corpo como o nosso para morrer em nosso lugar, reatando nossa amizade com o Pai gratuitamente: “Assim, depois de terdes feito tudo o que vos foi ordenado, dizei: ‘Somos servos como quaisquer outros; fizemos o que devíamos fazer’” (Lc 17, 10).
São Paulo, por fim, ficou só: “Em minha primeira defesa não houve quem me assistisse; todos me desamparam. (…) Contudo, o Senhor me assistiu e me deu forças. (…) O Senhor me salvará de todo mal e me preservará para o seu reino celestial” (vv. 16-187). Nosso maior prêmio é o amor de Jesus, o maior dom que poderíamos receber nesta terra!
ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO (2COR 5, 19)
Aleluia! Aleluia! Aleluia!
“O Senhor reconciliou o mundo em Cristo,
confiando-nos sua Palavra;
a Palavra da reconciliação,
a Palavra que hoje, aqui, salva-nos.”
EVANGELHO – LUCAS 18, 9-14
“O cobrador de impostos voltou para casa justificado, o outro, não.”
Depois de ouvir, ou de ter lido, a parábola de Jesus sobre o fariseu e o publicano, reportemo-nos às primeiras palavras do evangelista São Lucas, introduzindo esta história: “Jesus lhes disse ainda esta parábola a respeito de alguns que se vangloriavam como se fossem justos e desprezavam os outros” (v. 9).
Sabemos pela história dos fariseus e dos publicanos no tempo de Cristo que os fariseus se consideravam os justos, enquanto os cobradores de impostos, ou publicanos, eram considerados pecadores porque cobravam a mais o que arrecadavam, não tanto dos ricos, mas dos mais pobres para os invasores romanos.
Nosso Senhor nos ensina que não há justos e pecadores, mas sim que todos somos pecadores: “O justo peca sete vezes ao dia” (Pr 24, 16) e “Não há homem justo sobre a Terra que faça o bem sem jamais pecar” (Ecl 7, 20).
É muito importante que meditemos sobre essa verdade porque senão seremos levados a reparar nos defeitos dos outros, esquecendo-nos dos nossos, como Nosso Salvador nos ensinou: “Por que vês tu o cisco no olho do teu irmão e não reparas na trave que está no teu olho? (…) Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e depois enxergarás para tirar o cisco do olho do teu irmão!” (Lc 6, 41-42).
SUGESTÃO DE REFLEXÃO
Sou justo com quem trabalha para mim ou me serve de alguma maneira? Pratico a caridade sem procurar compensação? Antes de reparar nos defeitos dos outros, procuro me curar dos meus, com a ajuda do Senhor?
LEITURAS PARA A 30ª SEMANA DO TEMPO COMUM
SEGUNDA. Santo Antônio Maria Claret, bp.: Ef 4, 32–5, 8 = Andai no caminho da caridade, como Cristo. Sl 1. Lc 13, 10-17 = Esta filha de Abraão não deveria ser libertada dessa prisão, em dia de sábado? 25.TERÇA. Santo Antônio de Sant’Ana Galvão, rlg:. Ef 5, 21-33 = Este mistério é grande e eu o interpreto em relação a Cristo e à Igreja. Sl 127 (128). Lc 13, 18-21 = A semente cresce e torna-se uma grande árvore. 26. QUARTA: Ef 6, 1-9 = Não sirvais como quem busca agradar aos homens, mas como escravos de Cristo. Sl 144 (145). Lc 13, 22-30 = Virão homens do Oriente e do Ocidente, do norte e do sul e tomarão lugar à mesa no Reino de Deus. 27. QUINTA: Ef 6, 10-20 = Armadura do cristão. Sl 143 (144). Lc 13, 31-35 = Não convém que um profeta morra fora de Jerusalém. 28. SEXTA. São Simão e São Judas, aps.: Ef 2, 19-22 = Vós fostes integrados no edifício que tem por fundamento os apóstolos e o próprio Jesus Cristo como pedra principal. Sl 18(19A). Lc 6, 13-19 = Jesus escolheu doze dentre os discípulos, aos quais deu o nome de apóstolos. 29. SÁBADO: Fl 1, 18b-26 = Para mim, o viver é Cristo e o morrer é lucro. Sl 41(42). Lc 14, 1.7-11 = Quem se eleva será humilhado e quem se humilha será elevado.
ZAQUEU
31º domingo do Tempo Comum – 30 de outubro
1ª LEITURA –SABEDORIA 11, 22–12,2
“Senhor, de todos tens compaixão
porque amas tudo o que existe.”
No domingo passado, meditamos sobre o cuidado do Senhor com os pobres, como ouve seus gritos de socorro e fica sempre ao seu lado. Hoje somos convidados a refletir sobre o amor de Jesus pelos desprezados.
Tal constatação nos leva a perguntar “Como é o olhar de Deus?”. O autor do Livro da Sabedoria nos leva a refletir sobre a maravilha que é o olhar de Deus sobre toda a criação que é dele.
No Livro do Gênesis, lê-se que o Criador, após ter criado tudo que existe, “Contemplou toda a sua obra e viu que tudo era muito bom!” (Gn 1, 31). Essa revelação está expressa com outras palavras em nossa leitura da seguinte maneira: “[Senhor] Amais tudo o que existe e não odiais nada do que fizestes, porquanto, se o odiásseis, não teríeis feito de modo algum” (v. 24).
Quando pecamos, Ele não se detém em nosso erro, mas na beleza e bondade da sua criatura. Assim escreve o autor: “[Senhor] Tendes compaixão de todos (…) e para que se arrependam fechais os olhos aos pecados dos homens” (v. 23).
Nós como procedemos? Não é verdade que há ocasiões em que nos atemos somente ao erro de nossos irmãos e nos esquecemos de todas as outras qualidades que eles têm?
No Evangelho deste domingo vemos Zaqueu, um homem rico e de baixa estatura em meio a multidão. Estimulado por sua curiosidade sobre a pessoa de Jesus a quem muitos comentavam, sobe em uma árvore para observá-lo. O interessante é que Zaqueu em meio a multidão se esforçou para ver Jesus. Nem sequer queria chamar sua atenção, e por isso, com sua discrição, o fez. Jesus notou Zaqueu na árvore e sua vida, a partir daí, não foi mais a mesma.
Jesus quis adentrar a casa de Zaqueu, e por “casa” podemos entender a vida, a história, a sua pessoa. O “baixinho” por de cima da árvore atraiu a atenção do Cristo e por isso, a salvação chegou até ele. Não precisou de gritos, muito menos de alvoroço, só foi necessário um coração predisposto.
O Senhor foi encontrar o que estava perdido e levar a Sua salvação até o homem que julgava ter muito, mas que deu abertura para que Jesus fizesse morada em sua casa. Também nós não só devemos como podemos dar condições para que a Salvação venha nos visitar, e bem sabemos que essa salvação é mansa, misericordiosa, é o Cristo.
Tenho dado condições para o perdão e a salvação de Jesus em minha vida? Tenho me esforçado para estar próximo de Jesus, tendo consciência de que preciso dele?
SALMO 144(145), 1-2.8-11.13CD-14 (R. 1)
“Bendirei eternamente vosso nome;
para sempre, ó Senhor, o louvarei!”
2ª LEITURA – 2TESSALONICENSES 1, 11–2,2
“O nome de nosso Senhor Jesus Cristo
será glorificado em vós e vós, nele.”
Como exemplo do que acabamos de meditar na primeira leitura está a conversão de São Paulo. Sabemos como ele perseguiu a Igreja nascente perseguindo os judeus que se convertiam ao cristianismo e até os arrastando à prisão (cf. At 9,1-2), todavia, Deus não olhou para os seus erros e o chamou para ser apóstolo entre os gentios, conforme falou a Ananias: “Vai porque este homem é para mim um instrumento escolhido que levará o meu nome diante das nações, dos reis e dos filhos de Israel” (At 9, 15).
Sabemos pelas Sagradas Escrituras como ele trabalhou para levar a novidade de Cristo, o Evangelho, principalmente aos pagãos. Muito tempo mais tarde, escrevendo aos cristãos de Corinto, com muita humildade, assim se apresentou: “Porque eu sou o menor dos apóstolos, porque persegui a Igreja de Deus. Mas, pela graça de Deus, sou o que sou e a graça que ele me deu não tem sido inútil” (1Cor 15, 9).
ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO (JO 3, 16)
Aleluia! Aleluia! Aleluia!
“Deus o mundo tanto amou que seu Filho entregou!
Quem no Filho crê e confia, nele encontra eterna vida!”
EVANGELHO – LUCAS 19, 1-10
“O Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido.”
SUGESTÃO DE REFLEXÃO
Tenho me colocado como necessitado da graça de Deus? Tenho dado condições para acolher o perdão de Deus em minha história? Ajo com amor e misericórdia para com quem necessita de Sua graça e misericórdia?
LEITURAS PARA A 31ª SEMANA DO TEMPO COMUM
SEGUNDA: Fl 2, 1-4 = Tornai completa a minha alegria: aspirai à mesma coisa. Sl 130(131). Lc 14, 12-14 = Não convides teus amigos, mas os pobres e os aleijados. 1º de novembro. TERÇA: Fl 2, 5-11 = Humilhou-se a si mesmo; por isso, Deus o exaltou. Sl 21(22). Lc 14, 15-24 = Parábola do grande banquete: vai convidar todos! 2. QUARTA: Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos. Leituras prs.: à escolha no Lecionário (vol. 1, p. 1051 ss.) ou no Ritual das Exéquias. 3. QUINTA: Fl3, 3-8a = Em comparação com estar com Cristo, tudo é desprezível. Sl 104(105). Lc 15, 1-10 = Parábola da ovelha tresmalhada e da moeda perdida. 4. SEXTA. São Carlos Borromeu, bp.: Fl 3, 17–4,1 = Para eles Deus é o ventre; nós somos cidadãos do Céu. Sl 121 (122). Lc 16, 1-8 = Parábola do administrador – exemplo de esperteza. 5. SÁBADO: Fl 4, 10-10 = Tudo posso naquele que me dá força. Sl 111 (112). Bom uso do dinheiro: fiel nas pequenas coisas, servir a dois senhores.