Nossa Senhora é, por excelência, a maior missionária. Foi ela quem continuou a missão de Jesus e segue formando missionários até hoje! Ela que, dando à luz o Salvador, segue trazendo à América o Evangelho de seu Filho. Podemos citar inúmeros acontecimentos: Guadalupe, onde anuncia ao pobre e simples Juan Diego; em Pentecostes, quando o Espírito Santo vem e presenteia a Igreja com seus dons na pessoa dos apóstolos reunidos no Cenáculo. Muitas são as pessoas espalhadas pelo mundo, de diversas comunidades, que se inspiram nela em seu caráter missionário, abrem-se para aprender a ser discípulas de missionários de Jesus.
Muitos são os títulos e santuários espalhados pelo mundo que veem em Nossa Senhora sinal de presença, depositando nela um sinal de fé e confiança. Maria lhes pertence e eles, a ela, como mãe e irmã (cf. Documento de Aparecida, 2007).
O SER MISSIONÁRIO
A missão está relacionada à docilidade em se abrir para algo maior. Assim, para a Igreja, a missão é a pregação da fé, seja com palavras ou com atos, testemunhando a quem servimos com seu Evangelho, no qual nos ensina a ser seus discípulos. O missionário católico deve levar o amor de Deus aos outros, anunciando o querigma: Deus nos ama, veio para nos salvar, morreu e ressuscitou por nós, tudo por amor, como afirma o Evangelho de São Mateus, quando Jesus os envia, enviando-nos: “Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulas, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei” (Mt 28,19).
MISSÃO DE NOSSA SENHORA NAS ESCRITURAS SAGRADAS
Na história da salvação, após o pecado ter entrado no mundo por meio da desobediência de nossos primeiros pais, Deus, nosso Pai, promete a nós que uma mulher iria pisar e esmagar a cabeça da serpente (cf. Gn 3,15). Mais à frente, o profeta Isaías profetiza que uma mulher virgem daria à luz um filho que seria chamado Emanuel, que significa “Deus conosco” (Is 7,14).
No plano da salvação, Nossa Senhora tem uma vocação incrível e com ela já podemos aprender a ser dóceis ao chamado que Deus nos faz. A Virgem, desde quando aceita ser a mãe do Filho de Deus, entende seu chamado à missão e o faz com amor e zelo ao Senhor. Pensemos que ela não imaginou até onde as coisas chegariam, mas, mesmo assim, confiou no chamado do Pai anunciado pelo anjo.
No Calvário, Nossa Senhora recebe outra missão: ser a mãe de João, mas nesse momento, não seria só de João, mas de toda a humanidade. Isso nos mostra que Maria é nossa escada até Jesus, seu filho.
NOSSA SENHORA, RAINHA E PADROEIRA DAS MISSÕES
Ao longo dos séculos, vemos que Nossa Senhora recebe diversos títulos dos fiéis em que é reconhecida como mãe: Aparecida, Fátima, Lourdes, Guadalupe etc. Os títulos são muitos, porém, a missão é somente uma: levar seus filhos até Jesus, aquele que recebeu sua educação. Daí vem o título de Medianeira de todas as Graças, ou seja, aquela que intercede diante de Deus, o Pai, e de seu Filho, Jesus, em comunhão com o Santo Espírito.
A Igreja hoje, com muito carinho, tem a liberdade de afirmar aquilo que disse São João: Que Nossa Senhora “reúne os filhos dispersos” (Jo 11,52).
NOSSA SENHORA CONTINUA EM MISSÃO
Até hoje, Nossa Senhora continua sendo a missionária por excelência, chamando e tocando seus filhos a se tornarem dóceis como ela a atender com amor e fé o chamado que Jesus faz a todo homem e mulher sem distinção, assim, ela é nosso modelo de quem bem sabe ouvir e viver os ensinamentos de Jesus.
Que Nossa Senhora, Rainha das Missões, ensine a nós como estarmos cada vez mais abertos aos desígnios de Deus e nos abençoe para bem realizarmos nossa vocação a missão em nome de seu filho, Nosso Senhor Jesus Cristo.