NO DESERTO COM O MESTRE

Quem é que nunca passou por um deserto, não é mesmo? Jesus nos alertou que, neste mundo, teremos aflições: Desemprego, problemas financeiros, doenças, desânimo, problemas familiares, depressão e tantos outros tormentos nos levam para o deserto.

Quando estamos no deserto, temos a impressão de que Deus está em silêncio, mas na verdade Ele está agindo em silêncio. Os milagres e livramentos fazem barulho, então, fica fácil a gente ver Deus ali. Em silêncio, precisamos ter mais atenção ao que Deus vai falar ao nosso coração.

O livro “No deserto com o Mestre” traz, em cada capítulo, um tipo de deserto diferente e busca na Bíblia o “GPS” para encontrarmos o caminho de saída dele.

O livro não é um “guia turístico do deserto”, mas sim uma seta que aponta para o Céu, de onde vem nosso auxílio. Neste período de pandemia, vivemos dias muito difíceis e parece que todos nós estamos em algum tipo de deserto. Quem não foi atingido em tal tempo difícil?

Quando falamos sobre o deserto, a sensação é de estarmos muito sozinhos. Parece que só nós vivemos aquele problema, que nossa cruz é pesada demais. O deserto é cansativo e doloroso. Precisamos de água, de apoio, de companhia. Jesus nos oferece a água viva e quer estar ao nosso lado nos fortificando. A subida para o Céu é íngreme, o coração precisa estar leve e ancorado em Deus. O deserto é um período de preparação, de crescimento espiritual.

Jesus pisou esta terra que trilhamos, também. O Rei do Céu e da Terra passou por inúmeros desertos. Não porque precisasse passar, mas para indicar o caminho para nós. Jesus passou pelo luto do seu amigo Lázaro, sofreu a traição do apóstolo Judas, foi humilhado na cruz, negado três vezes por Pedro, abandonado nos momentos mais difíceis. Trilhou o deserto antes de nós para deixar suas pegadas por lá. Então, seja lá em que deserto estivermos, podemos encontrar as pegadas de Jesus para encontrar a saída.

O subtítulo do livro No deserto com o Mestre é A superação vem do alto. Precisamos parar de olhar tanto para baixo, para os lados. Se olharmos para baixo, desanimaremos com a areia quente, com o caminho que não vemos, com o cansaço. Olhando para o lado, iremos nos comparar às pessoas ou buscar soluções paliativas que só nos afundam mais no deserto. Nossa superação vem do alto, do Altíssimo. Nós não entendemos os propósitos de Deus, mas podemos crer que sempre serão para nosso bem. Muitas vezes, queremos ter o controle de todas as coisas de nossas vidas, é uma busca constante sermos independentes. A fé é nos colocarmos totalmente sob o controle de Deus. 

O deserto não é ponto final, não é lugar de acampamento, não é castigo. Deserto é um tempo em que carregamos nossa cruz e nos apresentamos a Jesus com mais simplicidade no coração. Despojando-nos de tudo que nos prende ao mundo estamos mais livres para chegar perto de Deus.

É comum as pessoas compararem o deserto com o silêncio de um professor na hora da prova. Fui professora por trinta anos e posso dizer que o dia de avaliação é um tempo de observação sobre o que os alunos aprenderam. Meu silêncio não era de indiferença, era de espera para ver o retorno dos alunos. O silêncio do deserto é um tempo em que Deus nos observa de perto, também. Está agindo em silêncio, mas também está vendo como nós agimos. 

No deserto com o Mestre é um livro que pode lhe fazer companhia até que você consiga enxergar as pegadas de Jesus ao seu lado. Ele nunca está longe. Deserto é passagem, é oportunidade de conversão.

Célia Alves Cardoso é formada em Pedagogia, pós-graduada em Psicopedagogia. Trabalhou por 30 anos como professora no Ensino Fundamental I. Atualmente escreve livros e dedica-se ao estudo de biblioterapia.

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