O PRECURSOR

“Naqueles dias, apareceu João Batista, pregando no deserto da Judeia.
Dizia ele: ‘Fazei penitência porque está próximo o Reino dos Céus’.”
(Mt 3,1-2)

“Viva João Batista,
Viva o precursor!
Porque João Batista
Anunciava o Salvador.”
(Hinário popular)

No mês de junho, celebramos o nascimento de São João Batista. Esse santo é um dos mais venerados no mundo e o único a ter seu nascimento terreno comemorado, isso porque a Igreja celebra a festa dos santos na data em que eles partiram deste mundo para a casa do Pai.

João, o Batista, é reconhecido como o último dos profetas, aquele que teve a missão singular de preparar o caminho para a vinda de Jesus Cristo. Sua vida e seu ministério são marcados por uma profunda ligação com a figura de Cristo antes mesmo de seu nascimento.

O Evangelho de Lucas nos revela um momento extraordinário que ressalta essa relação única entre João e Jesus. No relato da visitação, Maria, mãe de Jesus, vai ao encontro de sua prima Isabel, que está grávida de João Batista. Ao chegar e saudar Isabel, o bebê João estremeceu de alegria no ventre de sua mãe, indicando, segundo a tradição, o reconhecimento da presença de Jesus ainda não nascido. Isabel, cheia do Espírito Santo, exclamou: “Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor? Pois eis que, ao chegar aos meus ouvidos a voz da tua saudação, a criancinha saltou de alegria no meu ventre” (Lc 1,43-44). Essa passagem é particularmente significativa, pois revela não apenas a singularidade da missão de João, mas também a sua profunda consciência da presença salvífica de Cristo. Vê-se nesse evento uma antecipação da missão de João, que seria o precursor do Messias, anunciando a sua chegada e preparando os corações para acolhê-lo.

O canto do Magnificat, proclamado por Maria em resposta à saudação de Isabel, também ressalta a importância de João como o precursor de Jesus. Nesse cântico, Maria exalta a grandeza de Deus e reconhece a bênção de ser a mãe do Salvador. Ela diz: “Sua misericórdia se estende aos que o temem. Manifestou o poder do seu braço: desconcertou os corações dos soberbos. Derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes” (Lc 1,50-52).

O canto do Magnificat é o anúncio de um novo tempo que será pregado mais fortemente por João ao anunciar a chegada do Reino e a necessidade de conversão. 

Ao celebrarmos a vida e o testemunho de São João Batista somos convidados a nos prepararmos e recebemos o Salvador, que nos convida à conversão.

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