Sempre compreendamos que praticar aquilo em que nós acreditamos e desejamos viver faz-nos um com os outros até que eles também descubram o grande ideal que nos motiva e pode transformar o mundo. Esse é nosso programa de vida, nosso caminho a seguir com Jesus.
Será possível viver assim? Sejamos sinceros: às vezes, sim, às vezes, não. Nem sempre é fácil fazer-se um com o próximo: sofrer com quem sofre nos custa esforço, ensinar quando perdemos a paciência, ajudar a mãe em casa enquanto nossos colegas brincam, ir fazer o que o pai nos pede para ajudá-lo quando se tem vontade é de se divertir…
Fazer-se um com os outros exige paciência, coragem, perseverança, decisão, enfim, todas as virtudes que só o amor sincero pode nos dar. Entretanto, não há outro caminho. É preciso amar sempre.
Como fazer para amar sempre, sobretudo se ainda estamos iniciando essa experiência de vida e temos tão pouca experiência? É bom lembrar que tudo na vida exige esforço, até as coisas mais agradáveis. Veja como é preciso ter dedicação e esforço para praticar um esporte: sem treinamento não é possível conseguir nadar bem, por exemplo.
Também nós, se queremos levar avante a nossa luta por um mundo melhor, a nossa revolução de amor, devemos treinar todos os dias sem interrupção. Como fazer esse treinamento? É algo muito simples. Você quer aprender mesmo a amar a Deus, amar as pessoas por amor a Ele? Não espere um instante sequer, não pense muito, não fique somente no desejo de amar. Ame logo, no momento presente. Amar agora, neste instante, fazendo a vontade de Deus e não a nossa própria. E a vontade de Deus é sempre amar.
A vida é feita de cada momento presente. O passado já se foi e nós o colocamos no coração de Deus. O futuro ainda não existe, só vai existir quando se tornar presente, sendo assim, é o presente que conta, o momento que passa e que para você, para mim, para todos nós deve ser colhido de imediato e vivido bem até o fim, fazendo nele o que Deus quer de melhor para nós: caminhar, dormir, estudar, brincar, ajudar alguém, orar, ir à Missa… Enfim, tudo o que no momento presente de melhor podemos fazer por Deus e pelas pessoas, mesmo que isso nem sempre seja o que mais queremos.
Temos que aprender a escutar a voz de Deus no íntimo da nossa consciência. A consciência é como um órgão, não físico, que lhe dirá o que Deus quer de você a cada momento. Por exemplo: se você se desentendeu com alguém, sentirá no seu íntimo – por meio de sua consciência – que deve amar a todos, até os que o incomodam ou prejudicam.
Viva bem o que Deus quer no momento presente da vida e assim, como um ponto após o outro formam a reta, do mesmo modo momento após momento vai-se formando a sua vida, a vida de cada pessoa.
Podemos viver cada instante da vida fazendo a nossa vontade ou a vontade de Deus. Se somos seguidores de Jesus, devemos aprender sempre com Ele a fazer em cada instante e sempre a vontade de Deus, que nos torna sempre novos e impede que se instale em nós o egoísmo. Dessa forma, vamos construindo o “homem novo”, como diz o apóstolo São Paulo, quando amamos e vamos derrotando o “homem velho”, símbolo do egoísmo que destrói todo amor.
Treine sempre, a todo o momento. Se às vezes não conseguir e fracassar, peça perdão a Deus e recomece. Também os grandes atletas nem sempre acertam e reconhecem suas quedas e erros, mas perseveram, prosseguem no jogo apesar dos percalços e assim vão chegando à vitória. A taça que esperamos é bem mais preciosa. Não é uma coisa, apenas é o “Paraíso” no qual queremos chegar.
Não existe idade para morrer. Todo dia é dia. A vida passa depressa e temos uma vida só. Como usar bem o tempo que passa? Como viver bem a vida que nos foi dada por Deus? O segredo é um só: amar a Deus e por Ele amar os outros.
Se o seu coração, diante de todas as circunstâncias, tristes ou alegres, diante de todos os deveres, diante de todas as pessoas, tivesse podido expressar o seu desejo mais profundo e ardente, diria: “Amar é o que importa!”.
Sim, o que importa é amar a Deus. O resto todo é vaidade, é passageiro. Diga sempre a si mesmo: “Amar-te, meu Deus, é o que importa”.