CINQUENTA ANOS DA PASTORAL DA JUVENTUDE NO BRASIL

A Igreja Católica no Brasil tem uma atenção especial à evangelização da juventude, até porque os jovens são muito vulneráveis e um olhar afetivo e efetivo surge como um oásis para eles, a fim de que não se percam pelos caminhos que o mundo oferece. Um desses olhares assistenciais é assegurado pela Pastoral da Juventude (PJ), que neste ano completa seu jubileu de cinquenta anos e que foi celebrado no recente 9 de setembro com uma romaria dos jovens dessa pastoral ao Santuário Nacional de Aparecida (SP). 

Na Terra de Santa Cruz, os jovens podem dizer sem medo de errar que a Igreja os ama, isso porque não faltam carismas juvenis para assisti-los, quer pelos diversos movimentos, novas comunidades e os múltiplos grupos de jovens da Pastoral da Juventude – esta, surgida em 1970 como um organismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para acompanhar, de perto, a juventude do Brasil. Pode-se dizer que a Pastoral da Juventude é um sinal profético em meio aos jovens, para assegurá-los de que não caminham sozinhos, a Igreja caminha junto. Para reforçar essa ideia, o Papa Francisco endereçou uma carta por ocasião deste jubileu, que foi lida durante a romaria: “São muitos obstáculos e desafios para poder levar a Boa-Nova do Evangelho aos jovens da sociedade hodierna. Entretanto, exorto-os a seguirem em frente com a coragem, a ousadia e a criatividade que lhes são características, sem desanimar nem deixar que lhes roubem a esperança. Saibam que estarão sempre amparados pela intercessão do Apóstolo do Brasil, São José de Anchieta, e pela proteção maternal da Virgem Santíssima, mãe de Deus e nossa mãe”.

Perceba que as palavras do Santo Padre direcionadas aos jovens são sempre de apoio, encorajamento e esperança, de tal modo que eles continuem firmes na caminhada, bem como na evangelização de outros jovens, sem medo de enfrentar os desafios. Tem-se de convir que a Pastoral da Juventude, nestes cinquenta anos de história, tem alcançado os corações de muitos jovens que, por vezes, estavam distantes da caminhada de fé ou mesmo alguns que nunca haviam tido uma experiência real de fé e que por meio de um grupo de jovens paroquial puderam ter experiências únicas com Nosso Senhor Jesus Cristo. Por isso que na celebração jubilar, no Santuário de Aparecida, também encorajou Dom Vilsom Basso, bispo de Imperatriz (MA) e presidente da Comissão Episcopal para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil: “Eu acredito que cada um de nós, voltando de Aparecida, juntos da Mãezinha, reabastecidos e animados pela fé, deveríamos criar novos grupos de jovens, oferecer espaços de comunidade onde os jovens possam se encontrar”, ou seja, esses grupos são as bases da Pastoral da Juventude nas paróquias do Brasil e possibilitam esse caminhar juntos, de tal modo a ser-lhes um apoio. 

É importante lembrar que essa acolhida pedida pela Igreja, por meio do Papa Francisco e dos bispos do Brasil, deve partir também dos párocos, dos religiosos e religiosas, dos fiéis leigos que estão nas bases, isto é, no dia a dia das paróquias onde se encontram os jovens. Convém, antes de tudo, amar a eles, respeitá-los, encorajá-los e acompanhá-los na missão, seja de qual carisma juvenil for. Na Igreja há lugar para todos, como frisou bem o Papa na recente Jornada Mundial da Juventude em Portugal. 

Por fim, que a Igreja continue tendo um olhar afetivo e efetivo para a evangelização da juventude, de tal modo que os jovens que já são Igreja vivam mais intensamente a sua fé e os que ainda não são possam ser alcançados. Que os cinquenta anos da Pastoral da Juventude sejam, de fato, um encorajamento para a missão de levar os jovens a serem fiéis discípulos de Nosso Senhor. 

Parabéns pelo jubileu de ouro, Pastoral da Juventude do Brasil! Avante na missão! 

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