Recomendações do Papa Francisco para se preparar para o início da Quaresma

O início da Quaresma se dará na primeira semana de março e é bom pensar com consciência em como devemos nos planejar para esse grande tempo na Igreja, que nos prepara para a Semana Maior, a Semana Santa. 

O Santo Padre, ao longo de seu pontificado, tem refletido sobre alguns passos que nos ajudam a viver bem esse tempo. Confira algumas de suas orientações a seguir.

VOLTAR AO PRIMEIRO AMOR 

A Quaresma é tempo de graça em que o deserto volta a ser – como anuncia o profeta Oseias – o lugar do primeiro amor (cf. Os 2,16-17). Deus educa o seu povo para que saia das suas escravidões e experimente a passagem da morte à vida. Como um esposo, atrai-nos novamente a si e sussurra aos nossos corações palavras de amor.

CONVITE A SAIR DO INDIVIDUALISMO

O êxodo da escravidão para a liberdade não é um caminho abstrato. A fim de ser concreta também a nossa Quaresma, o primeiro passo é querer ver a realidade . Também hoje o grito de tantos irmãos e irmãs oprimidos chega ao Céu. Perguntemo-nos: chega também a nós? Mexe conosco? Comove-nos? Há muitos fatores que nos afastam uns dos outros, negando a fraternidade que originariamente nos une.

AMADURECER NA LIBERDADE 

É tempo de conversão, tempo de liberdade. O próprio Jesus, como recordamos anualmente no primeiro domingo da Quaresma, foi impelido pelo Espírito para o deserto a fim de ser posto à prova na sua liberdade. Durante quarenta dias, tê-lo-emos diante dos nossos olhos e conosco: é o Filho encarnado. Ao contrário do faraó, Deus não quer súditos, mas filhos. O deserto é o espaço onde a nossa liberdade pode amadurecer numa decisão pessoal de não voltar a cair na escravidão.

PARAR EM ORAÇÃO 

É tempo de agir e, na Quaresma, agir é também parar: parar em oração, para acolher a Palavra de Deus e parar como o samaritano em presença do irmão ferido. O amor de Deus e o do próximo formam um único amor. Não ter outros deuses é parar na presença de Deus, junto da carne do próximo, por isso, oração, esmola e jejum não são três exercícios independentes, mas um único movimento de abertura, de esvaziamento: lancemos fora os ídolos que nos tornam pesados, os apegos que nos aprisionam, então, o coração atrofiado e isolado despertará. Para isso tem-se que diminuir a velocidade e parar, assim, a dimensão contemplativa da vida, que a Quaresma nos fará reencontrar, mobilizará novas energias.

TOMAR DECISÕES COMUNITÁRIAS 

A forma sinodal da Igreja, que estamos a redescobrir e a cultivar nestes anos, sugere que a Quaresma seja também tempo de decisões comunitárias, de pequenas e grandes opções contracorrente, capazes de modificar a vida cotidiana das pessoas e a vida de toda uma coletividade: os hábitos nas compras, o cuidado com a criação, a inclusão de quem não é visto ou é desprezado. É um convite a toda a comunidade cristã para fazer isso: oferecer aos seus fiéis momentos para repensarem os estilos de vida, reservar um tempo para verificarem sua presença no território e o contributo que oferecem para o tornar melhor.

INTENÇÕES DO PAPA FRANCISCO PARA O MÊS DE FEVEREIRO
Pelas vocações à vida sacerdotal e religiosa

Rezemos para que a comunidade eclesial acolha os desejos e as dúvidas dos jovens que sentem o chamamento a servir a missão de Cristo na vida sacerdotal e religiosa.

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