Água potável: um “remédio” silencioso

Cólera, febre tifoide e poliomielite. Se você não é da área da saúde ou não lida frequentemente com esse universo, é provável que não consiga descrever essas doenças em detalhes, porém, não faz muito tempo, ainda no século XX, elas eram bastante comuns no Brasil, muitas vezes sendo tão familiares quanto a ascaridíase, popularmente conhecida como “lombriga”, que ainda é frequentemente encontrada.

Mas por que, então, não nos preocupamos mais com a cólera, a febre tifoide e a poliomielite? Além da vacinação – que desempenhou papel fundamental na erradicação da poliomielite (ou “paralisia infantil”) –, o aumento da cobertura e a introdução de novas técnicas no tratamento da água foram responsáveis por uma significativa redução da incidência dessas doenças.

Ainda assim, diversas outras patologias, como a gastroenterocolite aguda (GECA), as verminoses intestinais – exemplificadas pela ascaridíase – e a hepatite A continuam a ser observadas na sociedade. É importante ressaltar que essas doenças podem ser transmitidas por diversas vias, não apenas pela água não tratada. Embora o acesso à água potável e o saneamento adequado sejam fundamentais para sua prevenção, outros fatores, como a manipulação inadequada de alimentos e a falta de higiene, também influenciam sua disseminação.

Em conclusão, a evolução do saneamento básico e o aprimoramento das técnicas de tratamento da água têm desempenhado um papel decisivo na melhoria da saúde pública no Brasil. A água potável, muitas vezes invisível e despercebida, tem sido uma verdadeira “cura” silenciosa, combatendo uma série de doenças que antes eram comuns. Investir em infraestrutura e conscientização é imprescindível para reduzir a incidência de doenças e garantir um ambiente mais seguro para todos.

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