Catequese é um processo de educação da fé, com o objetivo de “ajudar os homens a crerem que Jesus é o Filho de Deus, educá-los e instruí-los nesta vida e, assim, construir o Corpo de Cristo” (Catecismo da Igreja Católica, 4). O Catecismo da Igreja Católica diz que o serviço comunitário de transmissão da fé é um conjunto de esforços assumido pelos sujeitos ativos, chamados ao ministério da catequese, a saber: pároco, catequistas, famílias e outros agentes das pastorais. Todos, com determinação e perseverança, levam os catequizados até Jesus para que, ao conhecerem-no, encontrem o Cristo.
Falamos de um trabalho por vezes exaustivo, mas, grandioso na sua especificidade. Quando a comunidade se empenha no aprofundamento do primeiro anúncio do Evangelho, com alegria, conhece, acolhe, educa e acompanha os catequizandos no caminho do seguimento, a fim de que se tornem discípulos missionários de Jesus Cristo, cresçam na maturidade de fé e da caridade, assumam os valores evangélicos e celebrem os mistérios de Cristo.
Todo esforço, que precisa ser sustentado pela força da Palavra de Deus e do testemunho, não pode deixar de motivar aqueles que são iniciados na construção de uma comunidade mais justa e mais fraterna, acolhedora e orante.
A catequese, aberta ao dinamismo missionário, não pode parar. Em comunhão com os outros serviços eclesiais, prepara pessoas para que, segundo a vocação de cada uma, empenhem-se para viver e testemunhar as atitudes evangélicas comunicadas por Jesus.
Com o desafio de oferecer um espaço de alegria, de encantamento e de espiritualidade, nós, catequistas, preparamos momentos formativos e celebrativos para a experiência com a pessoa de Jesus Cristo e vamos envolvendo nossos catequizandos nas atividades catequéticas sem medirmos esforços para que todos sejam atraídos para o encontro com o Senhor.
Sempre mais se impõe a urgência de apresentarmos propostas criativas e ousadas para as atividades, bem planejadas, que falem de Jesus e nos coloquem na disponibilidade de falarmos com Ele.
Quando chega o mês de férias, o que fazer? É verdade que muitos, no mês de férias escolares, viajam com os seus pais ou amigos, tiram dias para descanso, mas os catequistas não podem deixar sem acompanhamento os que continuam em casa e na comunidade. É importante planejarem novas atividades, superando o calendário escolar e motivando os que estão em casa para que não se escondam ou se distanciem da comunidade. Cabe ao catequista conhecer o cotidiano das famílias dos catequizandos para envolvê-las em todas as dimensões e atividades.
Férias são tempo de recuperar as forças:
- As pessoas podem dormir um pouco mais;
- Podem cuidar da saúde; o autocuidado é fundamental para o bem-estar;
- Podem visitar amigos e familiares;
- Podem ler bons livros;
- Podem conhecer novas cidades e lugares incríveis;
- Podem caminhar nos parques, praias e em lugares agradáveis e restauradores.
Tudo isso citado em vista da continuidade do processo de crescimento na fé e no compromisso com a vida cristã. Para isso, o tempo de férias deve ser com Jesus e não de Jesus. Se tirar férias é bom, com Jesus é uma aventura na certa!
Podemos propor uma catequese integrada com as férias escolares:
- conjugando as atividades com a internet;
- promovendo jogos, gincanas e trabalhos cooperativos;
- motivando para atividades que reforçam a sociabilidade e a caridade;
- possibilitando a realização e uma confraternização na comunidade;
- favorecendo um contato maior com a natureza, despertando para a dimensão ecológica na catequese.
Queridos(as) catequistas, não podemos perder as oportunidades que temos para integrar as famílias de nossos catequizandos à comunidade. Esse tempo de férias também pode ser para nós uma pausa para a reflexão sobre o nosso ministério. Caminhamos com Jesus e com Ele também podemos descansar. Ele mesmo se preocupou com sua comunidade depois de uma missão: “Os apóstolos voltaram para junto de Jesus e contaram-lhe tudo o que haviam feito e ensinado. Ele disse-lhes: ‘Vinde à parte, para algum lugar deserto e descansai um pouco’. Porque eram muitos os que iam e vinham e nem tinham tempo para comer. Partiram na barca para um lugar solitário, à parte” (Mc 6,30-32).
Ele, com muita sensibilidade, propôs aos seus discípulos uma pausa para o descanso. Sua proposta era para descansar “um pouco”, ou seja, a jornada é pesada, mas os trabalhos não podem parar. Aproveitemos o tempo de férias na catequese para uma revisão sobre como anda:
- a nossa espiritualidade;
- o nosso conhecimento;
- o nosso empenho;
- a nossa perseverança;
- a nossa interação com as famílias e com a comunidade;
- a nossa alegria;
- a nossa fé.
Com a alma em paz e as energias recarregadas, sentiremos a leveza necessária para anunciar as novidades do Reino de Deus.
Rezemos com nossos catequizandos, por eles e diante deles: Senhor, acolhendo os teus ensinamentos e as tuas recomendações, caminhamos por entre as pessoas, anunciando a Boa-Nova de teu Evangelho, acolhemos para perto de nós os que são atraídos ao teu coração, sagrado e acolhedor, levamos a paz nas mensagens que compartilhamos e testemunhamos a fé que nos dá vida. Que o tempo de descanso seja restaurador e motivador, pois não permitiremos que nenhum de nossos catequizandos se afaste de ti. Guarde-nos no teu amor. Amém!
Com esperança, sigamos juntos na missão!