GUARDAR DOMINGOS E FESTAS DE GUARDA, EIS O TERCEIRO MANDAMENTO!
O terceiro mandamento da lei de Deus apresenta o guardar os domingos e as festas de guarda. Por que será? O que tem de tão importante no dia de domingo e nas festas litúrgicas a fim de dever ser fielmente observados? Essas são perguntas que os jovens apresentam de antemão e que serão esclarecidas a fim de ajudá-los no cumprimento dos mandamentos divinos.
É oportuno dizer que o dia santificado segundo os preceitos judaicos era o sábado, dado ser o sétimo dia, o dia do descanso, conforme a Sagrada Escritura: “A Escritura faz, a este propósito, memória da criação: ‘Porque em seis dias o Senhor fez o Céu e a Terra, o mar e tudo o que nele se encontra, mas ao sétimo dia descansou. Eis porque o Senhor abençoou o dia do sábado e o santificou’ (Ex 20,11)” (Catecismo da Igreja Católica, 2169). No entanto, Jesus começa a dar um novo sentido ao sábado, já que Deus é Senhor também do sábado e, sobretudo após a sua ressurreição, o domingo passou a ser o dia santo, o dia do Senhor: “Jesus ressuscitou de entre os mortos ‘no primeiro dia da semana’ (Mc 16,2). Enquanto ‘primeiro dia’, o dia da ressurreição de Cristo lembra a primeira criação. Enquanto ‘oitavo dia’, a seguir ao sábado, significa a nova criação, inaugurada com a ressurreição de Cristo. Este dia tornou-se para os cristãos o primeiro de todos os dias, a primeira de todas as festas, o dia do Senhor (…), o ‘domingo’” (Catecismo da Igreja Católica, 2174). Daí o porquê de guardar o domingo, que recorda a primeira e a nova criação em Cristo Jesus, ou seja, tudo provém dele e para Ele tudo converge, é o Senhor da primeira e da nova criação. É o centro de tudo o que existe e que existirá!
No domingo e nas festas de guarda, como assim são chamadas, o que há de mais importante é o mistério a ser celebrado, a Eucaristia, que traz Jesus para perto de seu povo. É na Missa, portanto, que a pessoa, comungando da Palavra e do corpo e sangue do Senhor, ganha sentido e forças para continuar firme na caminhada da vida. “A celebração dominical do dia e da Eucaristia do Senhor está no coração da vida da Igreja. ‘O domingo, em que se celebra o mistério pascal, por tradição apostólica, deve guardar-se em toda a Igreja como o primordial dia festivo de preceito.’ ‘Do mesmo modo devem guardar-se os dias do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, epifania, ascensão e santíssimo corpo e sangue de Cristo, Santa Maria Mãe de Deus, sua imaculada conceição e assunção, São José e os apóstolos São Pedro e São Paulo, e finalmente o de todos os santos.’” (Catecismo da Igreja Católica, 2177) Celebrar todos esses dias é comungar do mistério divino que orienta a vida para ser bem vivida.
Dada a importância do domingo e dos dias liturgicamente festivos, quem não participa da Missa nesses dias não cumpre o preceito, peca, por não dar a Deus o primeiro lugar. Recorda ainda o Catecismo da Igreja Católica, no parágrafo 2181: “A Eucaristia dominical fundamenta e sanciona toda a prática cristã. É por isso que os fiéis têm obrigação de participar na Eucaristia nos dias de preceito, a menos que estejam justificados, por motivo sério (por exemplo, doença, obrigação de cuidar de crianças de peito) ou dispensados pelo seu pastor. Os que deliberadamente faltam a esta obrigação cometem um pecado grave”. Veja, faltar propositalmente é um pecado grave, ou seja, teria tudo para cumprir o preceito, mas, decide-se a não ir, portanto, peca.
Convém que cada pessoa pare e pense um pouco: existe tempo para tudo nesta vida, para o trabalho, para o descanso, o lazer, enfim, também se deve ter tempo para Deus, sobretudo. Não o tempo que porventura sobrar, mas o primeiro tempo, isto é, priorizar Deus. Quem assim faz nunca será decepcionado, pois Deus se deixa encontrar por aqueles que o procuram de coração sincero. Pergunte a quem vai à Missa constantemente e de coração aberto se não encontra a alegria, a paz e a serenidade para enfrentar as lutas do dia a dia. “Pedi e vos será dado, procurai e encontrareis, batei e a porta vos será aberta. Todo aquele que pede, recebe; quem procura, encontra; e para quem bate, a porta será aberta” (Mt 7,7-8): eis uma verdade! Pergunte-a a quem vai à Missa aberto a acolhê-la.
Tendo a consciência da importância do domingo e das festas de guarda, procure vivê-los intensamente, pois somente assim é que crescerá na comunhão com Deus dando a Ele o primeiro lugar de sua vida. Que nada e ninguém seja mais importante que o Senhor. Buscando viver assim, sentirá a nobreza do dia do Senhor e dos dias santificados.