LITURGIA DA PALAVRA – ABRIL

Domingo de Ramos da Paixão do Senhor – 2 de abril

1ª LEITURA – ISAÍAS 50,4-7
“Não desviei meu rosto das bofetadas e cusparadas. Sei que não serei humilhado.”

Na Igreja primitiva, a sagrada liturgia endereçava esta leitura do profeta Isaías àqueles que iriam receber o santo Batismo durante a cerimônia da Vigília Pascal. Nós também renovaremos as promessas do Batismo que um dia fizemos ou nossos padrinhos fizeram por nós porque éramos pequenos.
Na introdução, o celebrante nos dirá: “Renovemos as promessas do Batismo, pelas quais já renunciamos a Satanás e às suas obras, e prometemos servir a Deus na Santa Igreja Católica”.
Nesta leitura, Isaías nos fala de um personagem misterioso (Servo do Senhor), cuja descrição dos sofrimentos nos lembra os que foram aplicados a Jesus pela soldadesca de Pilatos. Todo cristão que deseja cumprir as promessas do Batismo também será perseguido pelo mundo, como Jesus nos preveniu: “Sereis odiados por todos por causa de meu nome” (Lc 21,17-19).
Também no fim do Sermão da Montanha, Nosso Salvador assim se expressou: “Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai porque será grande a vossa recompensa nos céus” (Mt 5,11-12).

SALMO 21(22),8-9.17-18A 19-20.23-24 (R. 2A)
“Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?”

2ª LEITURA – FILIPENSES 2,6-11
“Humilhou-se a si mesmo;
por isso, Deus o exaltou acima de tudo.”

São Paulo recebeu notícias de que na comunidade de Filipos, por inveja, havia quem quisesse aparecer mais que os outros, como infelizmente acontece também em nossos dias, quer no âmbito familiar, quer na igreja ou em nosso trabalho. Dirigiu-se, então, a eles assim se expressando: “Não deveis fazer nada por egoísmo ou para sentir-vos superiores aos outros, mas cada um de vós com toda a humildade, considere os outros superiores a si mesmo, ninguém procure o próprio interesse, mas, antes, o dos outros” (Fl 2,3-4).
Para que esse ensinamento da prática da humildade os fizesse refletir mais profundamente, citou-lhes o exemplo de Jesus. Sendo Deus criador de todas as coisas, apresentou-se ao mundo na forma de uma criança frágil, necessitada de cuidados.
Eis uma parte do belíssimo texto do apóstolo: “Sendo Ele [Jesus Cristo] de condição divina não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens” (vv. 6-7).
Que lição para nós, que tantas vezes nos omitimos em servir aos irmãos, mesmo àqueles que vivem conosco e são o nosso próximo, esquecidos do novo mandamento: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos”. (Mc 12,29-31).

ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO (FL 2,8-9)
Glória e louvor a vós, ó Cristo!
“Jesus Cristo se tornou obediente, obediente até a morte numa cruz. Pelo que o Senhor Deus o exaltou e deu-lhe um nome muito acima de outro nome.”

EVANGELHO – MATEUS 26,14 – 27,66
Paixão do Senhor.

A narração dos sofrimentos de Jesus, escrita por São Mateus, coincide com alguns tópicos da narrativa do profeta Isaías sobre as dores do Servo do Senhor, como meditamos na primeira leitura.
Seu Evangelho foi dirigido aos judeus, a fim de que acreditassem que Jesus era o Messias tão esperado e anunciado pelos profetas, por isso, a cada momento São Mateus observa que todos os sofrimentos os quais Cristo sofreu estavam previstos no Antigo Testamento.
Jesus é apresentado como aquele que desejou ficar com os últimos, com os pobres, os necessitados de ajuda. É importante nos lembrarmos de que, muitas vezes, há necessitados de ajuda dentro de nossas próprias casas, são familiares que precisam de ajuda, de uma palavra de ânimo e não há quem a dê.
Há muitos temas para nossa reflexão espiritual, como o das santas mulheres que queriam ungir o corpo de Jesus e “(…) diziam entre si: ‘Quem nos há de remover a pedra da entrada do sepulcro’” (Mc 16,3) e a encontraram já removida. Quando julgarmos que há um problema muito grave em nossa vida, nunca percamos a confiança em Deus, deixemos que Ele nos ajude e Ele saberá como resolvê-lo.

SUGESTÃO DE REFLEXÃO

A exemplo de Jesus, procuramos ficar com os últimos, com os mais pobres e oprimidos? Dentro de casa, aproximo-me de quem está sofrendo? Confio em Deus, entregando-lhe meus problemas para que ele os resolva?

LEITURAS PARA A SEMANA SANTA

3. SEGUNDA: Is 42,1-7 = Ele não chama nem levanta a voz, nem se faz ouvir pelas ruas. Sl 26(27). Jo 12,1-11 = Deixa-a; ela fez isto em vista do dia de minha sepultura. 4. TERÇA: Is 49,1-6 = Eu te farei luz das nações para que minha salvação chegue até os confins da Terra. Sl 70(71). Jo 13,21-33.36-38 = Um de vós me entregará… O galo não cantará antes que me tenhas negado três vezes. 5. QUARTA: Is 50,4-9a = Não desviei o rosto de bofetadas e cusparadas. Sl 68(69). Mt 26,14-25 = O Filho do Homem vai morrer, conforme diz a Escritura a respeito dele. Contudo, ai daquele que o trair. 6. QUINTA. Ceia do Senhor: Ex 12,1-8.11-14 = Ritual da ceia pascal. Sl 115(116B). 1Cor 11,23-26. Todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, proclamais a morte do Senhor. Jo 13,1-15: Amou-os até o fim. 7. SEXTA. Ação litúrgica: Is 52,13–53,12 = Ele foi ferido por causa de nossos pecados. Sl 30(31). Hb 4,14-16; 5,7-9 = Ele aprendeu a ser obediente e tornou-se causa de salvação para todos os que lhe obedecem. Jo 18,1-19,42 = Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. 8. SÁBADO: Ex 14,15–15,1 = Os filhos de Israel entraram pelo meio do mar a pé enxuto. Cânt.: Ex 15,1-6.17-18 (R.1a). Rm 6,3-11 = Cristo ressuscitado dos mortos não morre mais. Mt 28,1-10 = Ele ressuscitou e vai à vossa frente para a Galileia.

Páscoa na Ressurreição do Senhor – 9 de abril

1ª LEITURA – AT 10,34A-37-43
“Comemos e bebemos com Ele
depois que ressuscitou dos mortos.”

Preparamo-nos durante a Quaresma para esta solenidade, que nos torna felizes e certos do amor do Pai por nós: seu Filho, Jesus Cristo, foi morto pela mão de seus inimigos, mas, Deus não poderia deixar assim seu filho e ressuscitou-o.
Somos felizes porque se Cristo ressuscitou temos certeza de que ressuscitaremos com Ele: “Deus que ressuscitou o Senhor, também nos ressuscitará a nós pelo seu poder” (1Cor 6,14). Deus sempre nos oferece a sua graça para levarmos verdadeira vida de amor com os irmãos.
Já na parte final do trecho desta leitura, São Pedro nos diz: “Somos testemunhas de tudo o que fez” (v. 39). Nós também somos testemunhas da ressurreição do Senhor quando no Batismo passamos da morte do pecado para a vida da amizade de Deus.
Mostraremos, porém, que abandonamos as obras da morte, como rancores, invejas, ressentimentos, falta de perdão, egoísmo, enfim. Para isso devemos pedir em nossas orações diárias que o Senhor nos dê força para anunciar que Cristo ressuscitou pela nossa vida de amor aos irmãos, doação e serviço.

SALMO 117(118),1-2.16AB-17.22-23 (R. 24)
“Este é o dia que o Senhor fez para nós: alegremo-nos e nele exultemos!”

2ª leitura – Colossenses 3,1-4
“Esforçai-vos por alcançar
as coisas do Alto, onde está Cristo.”

São Paulo, dirigindo-se aos cristãos da comunidade de Colossos, lembrou-lhes: “Se, portanto, ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas do Alto onde Cristo está sentado à direita de Deus. Afeiçoai-vos às coisas lá do Alto e não às da Terra” (vv. 1-2).
O apóstolo nos ensina que devemos nos interessar pelas coisas deste mundo, mas que tenhamos sempre em mente que nossa vida não termina aqui. Elas são o instrumento de Deus para completar nossa vida no outro mundo quando nos uniremos para sempre com Ele. Portanto, as boas ações não podem faltar, deixando de lado a ira, a maledicência, a animosidade, palavras más etc. (cf. v. 8). Nosso Senhor nos disse: “Toda árvore boa dá bons frutos; toda árvore má dá maus frutos” (Mt 7,17). Nosso Senhor nos fala que pelas nossas ações as pessoas concluirão se ressuscitaremos com Cristo ou não! (cf. Mt 7,15-20). São Paulo conclui: “Agora, porém, deixai de lado todas estas coisas: ira, animosidade, maledicência, maldade, palavras torpes da vossa boca, nem vos enganeis uns aos outros” (Cl 3,8-9).

ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO (1COR 5,7B-8A)
Aleluia! Aleluia! Aleluia!
“O nosso cordeiro pascal,
Jesus Cristo, já foi imolado.
Celebremos, assim, esta festa,
na sinceridade e verdade.”

EVANGELHO – JOÃO 20,1-9
“Ele devia ressuscitar dos mortos.”

São João Evangelista nos narra os acontecimentos que se deram no primeiro dia da semana após o sepultamento de Jesus. Os apóstolos estavam fechados no Cenáculo com medo dos judeus, mas, Santa Maria Madalena, que se tinha convertido de seus pecados após ter ouvido a doutrina de Jesus, agiu de modo diferente.
Sua conversão tinha sido sincera e decidida. A gratidão a Jesus tinha sido tão verdadeira que ela não titubeou em sair de casa bem cedo, levando os aromas que havia comprado para ungi-lo. Certamente iria pensando quem lhe removeria a pesada pedra que tampava a entrada do sepulcro. Conta-nos o santo Evangelho que, surpreendida com o sepulcro aberto, correu até os apóstolos para lhes dar a notícia. São Pedro e São João foram ligeiros até lá e, após constatar que de fato a pedra estava removida, voltaram a se refugiar no Cenáculo, porém, Santa Maria Madalena, não. Jesus, premiando a coragem dessa mulher que lhe tinha dado tantas provas de sua gratidão por Ele, apareceu-lhe, dizendo: “Maria!”. Com imensa alegria ela se voltou para Jesus ressuscitado e respondeu: “Mestre”!
E nós? Que provas damos a Jesus de que lhe agradecemos por tantas graças?

SUGESTÃO DE REFLEXÃO

Mostro, por minha dedicação ao próximo, que ressuscitei com Cristo para uma vida nova? Provo a Jesus ressuscitado que o amo de fato por meu comportamento com os necessitados?

LEITURAS PARA A SEMANA DA OITAVA DA PÁSCOA

10. SEGUNDA: At 2,14.22-32 = Deus ressuscitou este mesmo Jesus e disto todos nós somos testemunhas. Sl 15(16). Mt 28,8-15 = Ide anunciar aos meus irmãos que se dirijam para a Galileia. Lá eles me verão. 11. TERÇA: At 2,36-41 = Convertei-vos; e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo. Sl 32(33). Jo 20,11-18 = “Eu vi o Senhor!”; eis o que ele me disse. 12. QUARTA: At 3,1-10 = O que tenho eu te dou: em nome de Jesus, levanta-te e anda! Sl 104(105). Lc 24,13-35 = Reconheceram-no no partir do pão. 13. QUINTA: At 3,11-26 = Vós matastes o autor da vida, mas Deus o ressuscitou dos mortos. Sl 8. Lc 24,35-48 = Assim está escrito: o Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia. 14. SEXTA: At 4,1-12 = Em nenhum outro há salvação. Sl 117(118). Jo 21,1-14 = Jesus aproximou-se, tomou o pão e distribuiu-o por eles. E fez a mesma coisa com o peixe. 15. SÁBADO: At 4,13-21 = Quanto a nós, não podemos calar sobre o que vimos e ouvimos. Sl 117(118). Mc 16,9-15 = Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho.

2º domingo da Páscoa – 16 de abril
Domingo da Divina Misericórdia

1ª LEITURA – ATOS 2,42-47
Todos que abraçavam a fé viviam unidos e colocavam tudo em comum.

As leituras dos domingos depois da Páscoa são dirigidas principalmente àqueles que tinham sido batizados na noite santa da Vigília Pascal, por isso, ensinam (também a nós, batizados) os pontos principais e necessários para uma vida cristã fervorosa.
O primeiro deles é perseverar na doutrina dos apóstolos. Também nós devemos escutar a Palavra de Deus, quer reconhecendo-o nos acontecimentos de nossa vida, quer pela leitura da Palavra, principalmente dos santos evangelhos, fonte segura para seguirmos pelo caminho de Cristo (cf. Mt 16,24).
Além disso, com a graça do Senhor, vençamos nossa tendência egoísta de querer juntar bens só para nós. Ser egoístas é também nos omitirmos quando percebemos que algum dos nossos familiares está precisando de ajuda, física ou moral, e fazemos de conta que não vemos.
Após essas considerações, leiamos a Palavra de Deus: “Os que receberam a palavra de São Pedro foram batizados (…). Perseveravam na doutrina dos apóstolos, nas reuniões em comum, na fração do pão e nas orações. (…) Vendiam as suas propriedades e os seus bens e dividiam-nos por todos, segundo a necessidade de cada um” (vv. 42.45).

SALMO 117(118),2-4.13-15.22-24 (R. 1)
“Dai graças ao Senhor porque Ele é bom;
eterna é a sua misericórdia.”

2ª LEITURA – 1PEDRO 1,3-9
Pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, Ele nos fez nascer de novo para uma esperança viva.

Esta leitura foi selecionada “a dedo”, como se diz, pela sagrada liturgia para relembrar o sentido da vida com fé aos que tinham sido batizados.
São Pedro escreveu para eles e para nós também, batizados: “Na sua grande misericórdia, Ele [Deus Pai] nos fez renascer pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos para uma viva esperança, para uma herança incorruptível para vós… no Céu” (v. 3).
Às vezes poderemos cair na tentação de achar que a nossa felicidade será aqui na Terra. Jesus nos ensinou e continua a nos falar pela leitura e meditação da Palavra de Deus: “Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e à riqueza” (Mt 6,24).
Com a ressurreição de Jesus Cristo, Ele nos fez nascer de novo para uma esperança nova, não mais para depositar nossa fé no dinheiro, mas em Nosso Senhor. São Paulo nos especifica: “Esse Jesus vós o amais, sem o terdes visto; credes nele, sem o verdes ainda e isso é para vós fonte de uma alegria inefável e gloriosa porque vós estais certos de obter, como preço de vossa fé, a salvação de vossas almas” (vv. 8-9).

ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO (JO 20,29)
Aleluia! Aleluia! Aleluia!
“Acreditaste, Tomé, porque me viste.
Felizes os que creram sem ter visto!”

EVANGELHO – JOÃO 20,19-31
Oito dias depois, Jesus entrou.

Na meditação do Evangelho do domingo passado ficamos sabendo que, enquanto Santa Maria Madalena corajosamente tinha permanecido junto ao sepulcro vazio de Jesus, na ânsia de encontrar o corpo dele para aromatizá-lo, os discípulos, porém, voltaram a se fechar no Cenáculo (v. 19).
Jesus premiou-lhe a coragem e fidelidade, aparecendo-lhe. Só então pôs-se no meio dos apóstolos, saudando-os com as seguintes palavras: “A paz esteja convosco!”. Em seguida, mostrou-lhes as chagas que tanto lhe tinham feito sofrer na crucificação. Eram provas de seu imenso amor por nós após sua ressurreição. Comenta o evangelista São João que São Tomé só acreditou que Jesus havia aparecido a seus companheiros quando o viu e pôde comprovar a veracidade das chagas do Mestre. Jesus, porém, nessa ocasião proferiu uma verdade muito profunda que nos cabe hoje e anima, em nossa vida espiritual, quando disse a São Tomé: “Felizes aqueles que creem sem ter visto” (v. 29). Essa profissão de fé é muito atual, pois somos a todo tempo convidados a ter como Deus o luxo, a violência, o ódio, os prazeres da carne, o egoísmo. Repitamos nessas ocasiões o ato de fé: “Meu Senhor e meu Deus”!

SUGESTÃO DE REFLEXÃO

Quando percebo algum familiar necessitado de ajuda sirvo-o, aproximando-me dele? Sirvo a Deus, presente em meus irmãos, ou ao dinheiro? Quem é meu Deus: o mundo ou Nosso Senhor?

LEITURAS PARA A 2ª SEMANA DA PÁSCOA

17. SEGUNDA: At 4,23-31 = Senhor, concede que teus servos anunciem corajosamente a tua palavra. Sl 2. Jo 3,1-8 = Se alguém não nasce da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus. 18. TERÇA: At 4,32-37 = Um só coração e uma só alma. Sl 92(93). Jo 3,7b-15 = Ninguém subiu ao Céu, a não ser aquele que desceu do Céu, o Filho do Homem. 19. QUARTA: At 5,17-26 = Os homens que vós colocastes na prisão estão no templo ensinando o povo! Sl 33(34). Jo 3,16-21 = Deus enviou seu Filho ao mundo para que o mundo seja salvo por Ele. 20. QUINTA: At 5,27-33 = Disso somos testemunhas, nós e o Espírito Santo. Sl 33(34). Jo 3,31-36 = O Pai ama o Filho e entregou tudo em sua mão. 21. SEXTA: At 5,34-42 = Contentes de sofrer afrontas pelo nome de Jesus. Sl 26(27). Jo 6,1-15 = Distribuiu-os aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. 22. SÁBADO At 6, 1-7 = Elegeram sete homens repletos do Espírito Santo. Sl 32(33). Jo 6,16-21 = Enxergaram Jesus, andando sobre as águas.

3º domingo da Páscoa – 23 de abril

1ª LEITURA – ATOS 2,14.22-33
Não era possível que a morte o dominasse.

Como no domingo anterior, as leituras dos domingos depois da Páscoa dirigiam-se aos recém-batizados.
Nós também, que já recebemos o Sacramento do Batismo, aproveitemos essas considerações para nossa vida de cristãos. Uma das interrogações que frequentemente ouvimos falar sobre Jesus é “Como é possível que um justo tenha acabado assim numa cruz?”.
Neste trecho do Livro dos Atos dos Apóstolos, podemos verificar que São Pedro, dirigindo-se ao povo que o cercava após a descida do Divino Espírito Santo sobre ele e os demais apóstolos, esclareceu-os afirmando ter sido Jesus entregue para a crucificação “segundo desígnio e presciência de Deus” (v. 23).
Nós também, diante dos males que às vezes nos afligem, rezamos a Deus para que nos livre deles. Se não somos atendidos, algumas vezes chegamos a duvidar de que Ele, de fato, ama-nos. É hora, porém, de renovar nossa fé em Deus, confiando nele e deixando aos seus cuidados nossas preocupações, pois só assim aquietaremos nossos corações, porque sabemos em quem confiamos, como São Paulo, já na prisão por causa de fé em Cristo, escreveu a São Timóteo: “Mas não me queixo, não. Sei em quem pus minha confiança!” (2Tm 1,12).

SALMO 15(16), 1-2A.5.7-11 (R. 11AB)
“Vós me ensinais vosso caminho para a vida;
junto de vós felicidade sem limites.”

2ª LEITURA – 1PEDRO 1,17-21
“Fostes resgatados pelo precioso sangue
de Cristo, Cordeiro sem mancha.”

São Pedro continua a refletir mais profundamente sobre o que se passou nas almas dos recém-batizados, e em nossas também, no dia em que fomos batizados: “Se invocais como Pai aquele que, sem distinção de pessoas, julga cada um segundo as suas obras, vivei com temor durante o tempo de vossa peregrinação” (v. 17).
Sem dúvida, saber que somos filhos de Deus, que ama a seus filhos sem distinguir ninguém, é uma verdade maravilhosa, mas, ao mesmo tempo, é necessário que adaptemos nossas vidas a essa magnífica verdade. Por isso, mais adiante, no versículo que não mais faz parte desta segunda leitura, o apóstolo nos adverte: “Em obediência à verdade, tendes purificado as vossas almas para praticardes um amor fraterno sincero. Amai-vos, pois, uns aos outros, ardentemente e do fundo do coração” (1Pd 1,22).
Esse será o sinal de que somos testemunhas da ressurreição de Nosso Senhor, se passarmos da morte do ódio, do egoísmo, da luxúria, da ganância pelos bens e pelo dinheiro para o amor aos irmãos, servindo-os com todo o amor, conforme acabamos de ler no texto de São Pedro, “ardentemente e do fundo do coração”.

ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO (LC 24,32)
Aleluia! Aleluia! Aleluia!
“Senhor Jesus, revelai-nos o sentido da Escritura; fazei o nosso coração arder, quando falardes.”

EVANGELHO – LUCAS 24,13-35
“Reconheceram-no ao partir o pão.”

A descrição do encontro dos discípulos de Emaús com Jesus possui todos os elementos para também nós o encontrarmos. Inicia-se por um gesto de acolhida: os dois discípulos recebem o forasteiro com caridade, explicando-lhe o assunto da crucificação e a morte de Jesus.
Por sua vez, Jesus se mostrou interessado no assunto, interpretando-lhes o sentido das Sagradas Escrituras “(…) e começando por Moisés, percorrendo todos os profetas, explicava-lhes o que dele estava dito em todas as Escrituras” (v. 27).
Como lamentamos São Lucas não nos ter repassado toda a explicação feita pacientemente por Jesus! Mais tarde, eles disseram um para o outro: “Não se nos abrasava o coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?” (v. 32). Não obstante a maravilhosa explanação de Jesus foi somente na fração do pão que eles reconheceram o Salvador.
Para nós, vale-nos o caminho por eles vivido para Cristo se revelar a caridade com os irmãos pela acolhida sincera, ouvir a Palavra de Deus e receber Jesus tão vivo como está nos Céu, de coração aberto, na santa comunhão de seu corpo e sangue!

SUGESTÃO DE REFLEXÃO

Posso afirmar também que sei em quem confio, Nosso Senhor? Sirvo aos necessitados com todo amor? Sou aberto à Palavra de Deus e procuro comungar com frequência o sagrado corpo e sangue de Jesus?

LEITURAS PARA A 3ª SEMANA DA PÁSCOA

24. SEGUNDA: At 6,8-15 = Não conseguiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que Ele falava. Sl 118(119). Jo 6,22-29 = Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna. 25. TERÇA. São Marcos Evangelista: 1Pd 5,5b-14 = Saúda-vos Marcos, meu filho. Sl 88(89). Mc 16,15-20 = Anunciai o Evangelho a toda criatura. 26. QUARTA: At 8,1b-8 = Iam por toda a parte. Pregando a Palavra. Sl 65(66). Jo 6,35-40 = Esta é a vontade do meu Pai: toda pessoa que vê o Filho tenha a vida eterna. 27. QUINTA: At 8,26-40: Aqui temos água. O que impede que eu seja batizado? Sl 65(66). Jo 6,44-51 = Eu sou o pão vivo descido do Céu. 28 SEXTA: At 9,1-20 = Esse homem é o instrumento que escolhi para anunciar o meu nome aos pagãos. Sl 116(117). Jo 6,52-59 = A minha carne é verdadeira comida e o meu sangue, verdadeira bebida. 29. SÁBADO. Santa Catarina de Sena, v. dra.: 9,31-42 = A Igreja consolidava-se e crescia em número com a ajuda do Espírito Santo. Sl 115(116b). Jo 6,60-69 = A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna.

4º domingo da Páscoa – 30 de abril

1ª LEITURA – ATOS 2,14A.36-41
“Deus constituiu Senhor e Cristo a este Jesus.”

No domingo passado, terminamos nossa meditação sobre Jesus ressuscitado que apareceu aos discípulos de Emaús. Hoje, refletiremos sobre o discurso de São Pedro, logo após a descida do Divino Espírito Santo sobre ele e os demais discípulos (cf. At 2,6.14).
São Pedro dirigiu-se aos judeus que tinham vindo de todas as partes e que se maravilhavam de poder entendê-lo, cada um em sua própria língua (Cf. At 2,6.8). O apóstolo contou-lhes a história de Jesus, que havia feito o bem por toda parte, curando vários doentes e, inclusive, ressuscitando mortos, mas, por inveja das autoridades judaicas, tinham-no entregado às mãos da autoridade romana com falsas acusações para que o condenasse à morte.
Depois, com palavras muito duras, falou à multidão: “Vós o crucificastes pelas mãos dos ímpios e o matastes. (…) A este Jesus, Deus ressuscitou. (…) Exaltado pela direita de Deus, havendo recebido do Pai o Espírito Santo prometido, derramou-o como vós vedes e ouvis” (At 2,23.32-33).
Revela o texto sagrado que “Ao ouvirem essas coisas, ficaram compungidos no íntimo do coração e indagaram de Pedro: ‘Que devemos fazer, irmãos?’” (v. 37). Essa completa aceitação da Palavra de Deus é necessária para que possamos tirar proveito espiritual dela em nossas almas.

SALMO 22(23),1-3AB-4-6 (R. 1.2C)
“O Senhor é o pastor que me conduz;
para as águas repousantes me encaminha.”

2ª LEITURA – 1PEDRO 2,20B-25
“Voltareis ao pastor de vossas vidas.”

Terminamos as reflexões da primeira leitura, concluindo: a completa aceitação da Palavra de Deus é necessária para que possamos tirar proveito espiritual em nossas almas.
São Pedro, nosso primeiro Papa, instituído por Jesus Cristo, dirige-se em sua carta aos recém-batizados, especialmente para os escravos, prevenindo-os de uma atitude contrária ao que Jesus nos ensinou: “Tendes ouvido o que foi dito: amarás o teu próximo e poderás amar o inimigo. Eu, porém, vos digo: amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos maltratam e perseguem” (Mt 5,43-44).
Esse mandamento é particularmente difícil de ser cumprido, porque a sociedade mundana tem costumes bem diferentes, dizendo “Não levo desaforo para casa” ou “Quem não se sente não é de boa gente” e outros ditos semelhantes. O apóstolo termina o texto desta segunda leitura, escrevendo-nos “Porque éreis como ovelhas desgarradas, mas agora retornastes ao pastor e guarda de vossas almas” (v. 25). Para reforçar suas palavras, completou-as com o exemplo do próprio Jesus, citando a profecia de Isaías: “Ele não cometeu pecado, nem se achou falsidade em sua boca (Is 53,9)” (v. 22), sofrendo sem reagir aos maus tratos dos soldados de Pilatos.

ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO (JO 10,14).
Aleluia! Aleluia! Aleluia!
“’Eu sou o Bom Pastor’, diz o Senhor;
‘Eu conheço as minhas ovelhas
e elas me conhecem a mim’.”

EVANGELHO – JOÃO 10,1-10
“Eu sou a porta das ovelhas.”

Com este texto do santo Evangelho, Jesus nos vem confirmar a sua doutrina de que devemos pagar o mal com o bem, meditada nas duas leituras anteriores.
Empregando a imagem do pastor que cuida das ovelhas com todo o cuidado, Ele nos ensina: “Em verdade, em verdade vos digo: eu sou a porta das ovelhas” (v. 7). No fim do texto, conclui: “Eu vim para que as ovelhas tenham vida e para que a tenham em abundância” (v. 10).
Os que seguem pelo caminho da violência não perdoam a quem os ofendeu, fomentam o ódio contra o inimigo e o recurso à violência, colocam-se do lado da morte, ou seja, não podem passar pela porta do seu rebanho, que é Jesus. Por isso, quando Ele falou contra quem segue pelo caminho do ódio e da vingança, assim se expressou: “Se estás para fazer a tua oferta diante do altar e te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; só então vem fazer a tua oferta” (Mt 5,23-24).

SUGESTÃO DE REFLEXÃO

Quando leio ou ouço a Palavra de Deus, procuro aplicá-la a mim? Sigo o ensinamento de Jesus de perdoar, de fato, a quem me ofendeu e de pagar o mal com o bem?

LEITURAS DA 4ª SEMANA DA PÁSCOA

1º de maio. SEGUNDA: At 11,1-18 = Também aos pagãos Deus concedeu a conversão que leva para a vida! Sl 41(42); 42(43). Jo 10,11-18 = O bom pastor dá a vida por suas ovelhas. 2. TERÇA. Santo Atanásio, b. dr.: At 11,19-26: Começaram a pregar também aos gregos, anunciando-lhes a Boa-Nova do Senhor Jesus. 3. QUARTA. São Filipe e São Tiago Menor, aps.: 1Cor 15,1-8 = O Senhor apareceu a Tiago e, depois, apareceu aos apóstolos todos juntos. Sl 18(19A). Jo 14,6-14 = Há tanto tempo estou convosco e não me conheces? 4. QUINTA: 13,13-25 = Da descendência de Davi, Deus fez surgir para Israel um salvador, que é Jesus. Sl 88(89). Jo 13,16-20 = Quem recebe aquele que eu enviar me recebe a mim. 5. SEXTA: At 13,26-33 = A promessa que Deus fez, Ele a cumpriu quando ressuscitou Jesus. Sl 2. Jo 14,1-6 = Eu sou o caminho, a verdade e a vida. 6. SÁBADO: At 13,44-52 = Vamos dirigir-nos aos pagãos. Sl 97(98). Jo 14,7-14 = Quem me viu, viu o Pai.

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