Música e paz

Um dos maiores poderes que a música tem é a possibilidade de amenizar as dificuldades da vida. Os arqueólogos sempre fizeram descobertas muito valiosas sobre instrumentos musicais e sonoros e suas respectivas funções. A música sempre esteve presente nas mais variadas situações humanas, nos rituais, nas danças, na organização social, nos diversos trabalhos no campo e mais do que tudo nas formas de expressão da espiritualidade; no entanto, a paz ganha de todas as outras situações: música que cura e pacifica o espírito.

Temos vivido momentos incertos, confusos e uma enorme onda de ausência da paz, desde a interior até entre fronteiras. Algumas pessoas não possuem nem mesmo algum momento de paz. Quero recordar um homem que não fez outra coisa pela Igreja e pelo mundo a não ser promover a paz: o Papa João XXIII. Angelo Giuseppe Roncalli desde menino queria ser “apenas um padre do campo” e sua luta por ver um mundo melhor foi incansável. O menino que um dia se tornou Papa legou a todos o Sacrosantum Concilium e uma das mais belas e necessárias encíclicas, a Pacem in Terris. Todo músico católico tem a mais profunda obrigação de estudar o documento sobre música contido no Concílio Vaticano II e também entender as relações entre paz e manifestações sonoras.

A igreja é um espaço físico que promove a paz e a união. Todos os sons dentro dela devem permanecer mergulhados nos propósitos da paz. Os músicos podem emitir sons que pacificam os corações dos que procuram uma espiritualidade saudável e equilibrada. Não há encontro de amor sem a paz, ela deve chegar primeiro e os primeiros dentro das funções litúrgicas que devem meditar sobre a própria paz de espírito são os músicos. Uma pergunta que sempre guia o coração do músico é: o que estou fazendo aqui? É sempre necessário recordar, ou seja, fazer o coração sentir novamente. Que São João XXIII seja uma excelente referência aos que desejam promover a paz no mundo.

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