O poder da oração e família como pacto para o sucesso

Estimado leitor da Revista Ave Maria, inicio nossa reflexão mensal de janeiro convidando você e sua família a um pacto do sucesso mediante oração pelos projetos familiares.

Não bastasse ser o Filho de Deus, pelo qual todas as coisas foram criadas (cf. Hb 1,2), ainda tomou sobre si todas as faltas da humanidade e sofreu morte, e morte de cruz, portanto, Deus lhe deu o nome que está acima de todo nome (cf. Fl 2,8-9). Jesus Cristo conquistou para si toda a autoridade. É por essa autoridade que, nas últimas palavras do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus, Nosso Senhor ordena aos discípulos uma importante missão, a de ensinar a todas as nações tudo que Ele havia prescrito e batizá-las. 

Essa missão se impõe para todos os seus discípulos, ou seja, todos os cristãos. É por isso que no contexto familiar somos convidados a agir por meio do pacto do sucesso mediante o poder da oração em família. O pacto do sucesso nos relembra o grave dever que temos como cristãos de levar o Evangelho de Jesus Cristo a todas as nações. É importante notar que Nosso Senhor não ordenou que convertêssemos todas as pessoas, mas que ensinássemos. A eficácia da conversão dos homens e do avanço do Reino de Deus não está na forma do nosso ensino, mas na própria Palavra de Deus, no Verbo encarnado, Jesus Cristo. É Ele quem toca os corações mais duros e os transforma. 

Dessa forma, não devemos achar que precisamos ser excelentes pregadores ou exímios oradores para que possamos fazer nossa parte nessa missão. Poderia Nosso Senhor nos dar uma ordem sem que nos desse a graça necessária para cumpri-la? Claro que não! É na nossa fraqueza que Deus revela totalmente sua força (cf. 2Cor 12,9-10). Às vezes podemos pensar que estamos só engatinhando na fé, mas mesmo as crianças se esforçam para se levantar e andar. Também nós devemos nos empenhar!

Nosso empenho deve estar em nos colocarmos a serviço de Jesus para que Ele aja por meio de nós não somente por palavras, mas transformando nossas vidas em exemplos de entrega a Deus; por isso, o pacto do sucesso nos propõe o comprometimento de fazermos nossa parte orando, jejuando e buscando a comunhão da família. Não apenas uma convivência saudável, mas de um amadurecimento espiritual, porque cada membro tem uma função essencial no crescimento da fé dos demais da sua família. 

Embora o convite seja muito necessário, não deve estar desacompanhado de um verdadeiro compromisso de oração de toda a família, assim, o sucesso será resultado do agir de Deus e um fruto espiritual conquistado por todos pelo poder da oração em família. 

Por diversas vezes em suas cartas, São Paulo exorta as comunidades cristãs a que façam orações e súplicas por todas as pessoas, em especial no versículo lido ele vai além, nós devemos orar “pelos reis e por todos os que estão constituídos em autoridade, para que possamos viver uma vida calma e tranquila” (1Tm 1,2). Esse versículo e tantos outros nos mostram o grande poder que tem a oração em família, sobretudo a oração pelos projetos. Nossa oração é capaz de transpor as barreiras do tempo e do espaço para chegar ao coração de Deus, que escuta e acolhe a súplica de todos os seus filhos. É confiando no poder da oração que a família deve viver o pacto da oração pelos projetos. 

A oração não deve se limitar ao momento da manhã ou da noite, ela deve se tornar um compromisso diário na vida de cada membro da família. É por meio da oração que estabelecemos um diálogo real com Jesus e com a Santíssima Trindade que faz morada em nós. À medida que rezamos nos colocamos em comunhão com Deus e, consequentemente, com toda a Igreja, na chamada comunhão dos santos. A oração nos faz vencer os nossos defeitos, adquirir virtudes e crescer em caridade. 

O comprometimento sincero de orar pelos nossos familiares nos ajuda a viver o mandamento de amor que Deus nos deixou “porque aquele que não ama seu irmão, a quem vê, é incapaz de amar a Deus a quem não vê” (1Jo 4,20b). A família que vive o pacto da oração está livre de amarguras e de qualquer espécie de discórdia, pois, à medida que oramos, colocamo-nos no lugar do nosso irmão, entendemos as suas dores e necessidades e agimos como membros de um mesmo corpo, cuidando uns dos outros (cf. 1Cor 12,12-26). Passamos a amar o nosso irmão como ele é porque aos poucos nos deixamos moldar por Cristo, que ama a cada um incondicionalmente.

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