“Erguei-vos e levantai a cabeça porque é justamente nos momentos em que tudo parece estar acabado que o Senhor vem para nos salvar; esperá-lo com alegria mesmo em meio às tribulações, nas crises da vida e nos dramas da história”, disse o Santo Padre comentando sobre o Advento em preparação para o Natal do Senhor.
O Papa comenta que em sua trajetória Jesus anuncia momentos de dificuldade e tribulação e ressalta que, diante deles, o Senhor sempre nos provoca a não termos medo. Por quê? Há alguma certeza de que iremos passar bem por esses momentos? Sua resposta é simples: “Não, mas Ele virá!” Jesus não disse que estaríamos sozinhos, mas salienta que sempre estará conosco (cf. Mt 28,20).
Para o Santo Padre, as provações são momentos, passarão, mas Jesus nos encoraja dizendo “Erguei-vos e levantai a cabeça, pois está próxima a vossa libertação” (Lc 21,28). Essa fala de Jesus nos mostra que as coisas não estão no fim, mas que devemos esperar o Senhor, com alegria, apesar dos pesares da vida, de nossas dificuldades e crises.
JESUS REVELA O CAMINHO
“Diante da derrota, das dificuldades, sofrimentos, como erguer a cabeça e seguir feliz?”, questiona o Papa. Jesus nos dá a resposta quando diz “Cuidado para que vossos corações não fiquem pesados. Ficai acordados, portanto, orando em todo momento” (Mc 13,33). É diante desse forte elemento da fé cristã que devemos voltar nosso olhar. É a vigilância! Detenhamo-nos sobre esse importante aspecto da vida cristã, convidou o Pontífice.
PERMANECER VIGILANTES
Por meio das palavras de Jesus, percebemos que a vigilância está ligada à atenção: cuidado, não se distraiam, ou seja, fiquem acordados! Esse é o apelo de Jesus. Não permitir que o coração se torne preguiçoso e que a vida com Deus se enfraqueça ou entre na rotina, caindo no esquecimento. Para o Santo Padre, precisamos agir com cautela para não cair na mornidão da fé, tornando-nos “cristãos adormecidos”, sem impulso espiritual, sem ardor na oração, sem entusiasmo pela missão, sem paixão pelo Evangelho. Isso leva a “adormecer”: a continuar com as coisas por inércia, a cair na apatia, indiferentes a tudo, exceto ao que nos convém.
Estar vigilantes, para não viver de qualquer jeito, para não ficar pesado, com fardos por conta das preocupações da vida, como afirma Jesus. O Papa nos orienta a prosseguir e isso é propício para fazer os seguintes questionamentos: o que tem pesado meu espírito? Quais são as mediocridades que me paralisam e os vícios que me esmagam no chão e me impedem de erguer a cabeça? Tenho estado atento aos fardos que me pesam?
Para o Santo Padre essas perguntas são fundamentais para não cairmos na preguiça, que é grande inimiga da espiritualidade. “Ela é aquela preguiça que nos mergulha na tristeza, que nos tira o gosto de viver e o desejo de fazer. É um espírito negativo, maligno que aprisiona a alma no torpor, roubando-lhe a alegria. O Livro dos Provérbios diz: ‘Guarda teu coração, porque dele brota a vida’ (Pr 4,23). Custodiar o coração: isso significa vigilar!”, afirma.
O SEGREDO PARA ESTAR VIGILANTE
Afinal de contas, qual o ingrediente para tornar-se vigilante? É a oração, segundo o Papa. Afinal, Jesus diz “Vigiai em todo momento orando” (Lc 21,36). “É a oração que mantém acesa a lâmpada do coração. Especialmente quando sentimos que nosso entusiasmo esfriou, a oração reacende-o, porque nos traz de volta a Deus, ao centro das coisas. Ela desperta a alma do sono e a concentra no que importa, sobre o fim da existência. Mesmo nos dias mais movimentados, não negligenciemos a oração”, salienta.
É ela, a oração, que no Tempo do Advento pode nos ajudar a interiorizar a vinda de nosso Rei. “No Advento, acostumemo-nos a dizer, por exemplo: ‘Vem, Senhor Jesus’. Repitamos esta oração ao longo do dia: a alma permanecerá vigilante!”, diz Francisco.
INTENÇÕES DO PAPA PARA O MÊS DE DEZEMBRO
PELAS ORGANIZAÇÕES DE VOLUNTARIADO
Para que as organizações de voluntariado e promoção humana encontrem pessoas desejosas de empenhar-se pelo bem comum e procurem caminhos sempre novos de colaboração em nível internacional.