REVISTA AVE MARIA: HÁ 124 ANOS OUVINDO O CLAMOR DO POVO DE DEUS EM COMUNHÃO COM A IGREJA

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Maria, com o seu imaculado coração, sempre soube ouvir a vontade de Deus. Espelhando-se nesse dom da escuta, a Revista Ave Maria, periódico católico mais antigo do país, fundado em 28 de maio de 1898, dedicado à Imaculada Virgem Mãe de Deus, também tem como missão escutar a voz da igreja e da sociedade para deixar o povo de Deus bem informado. Um meio de comunicação e evangelização que há 124 anos está pautado nos valores humanos e cristãos, em comunhão com as diretrizes da evangelização da Igreja no Brasil, iluminando o mundo com o “fogo do amor de Deus”.

Referência no jornalismo religioso, a Revista Ave Maria, com sua boa imprensa, oferece artigos e reportagens para que o coração de cada leitor seja preenchido de tudo o que é bom e edificante para que, aprimorando seu conhecimento, possa compartilhá-lo a tantos quantos necessitarem do conforto da Palavra e da sabedoria do ensinamento.

As palavras “escutar” e “coração” sempre fizeram parte da vida da Revista Ave Maria e estão em unidade com a mensagem do Papa Francisco para o 56º Dia Mundial das Comunicações, que este ano será celebrado em 29 de maio com o tema “Escutar com o ouvido do coração”.

Em sua mensagem, o Santo Padre pede ao mundo da comunicação que reaprenda a ouvir: “A escuta corresponde ao estilo humilde de Deus. Ela permite a Deus revelar-se como aquele que, falando, cria o homem à sua imagem e, ouvindo-o, reconhece-o como seu interlocutor. Deus ama o homem, por isso lhe dirige a Palavra, por isso ‘inclina o ouvido’ para o escutar”.

Ao refletir acerca da escuta como condição para o diálogo e uma boa comunicação, Francisco afirmou que a escuta é essencial para uma boa comunicação: “Não se comunica se primeiro não escutou, nem se faz bom jornalismo sem a capacidade de escutar. Para fornecer uma informação sólida, equilibrada e completa é necessário ter escutado prolongadamente. Para narrar um acontecimento ou descrever uma realidade numa reportagem é essencial ter sabido escutar, prontos mesmo a mudar de ideia, a modificar as próprias hipóteses iniciais”.

Sobre “Escutar-se na Igreja”, o Papa destacou que o “apostolado do ouvido” é a obra mais importante na ação pastoral: “Oferecer gratuitamente um pouco do próprio tempo para escutar as pessoas é o primeiro gesto de caridade”.

Anualmente, a Igreja celebra o Dia Mundial das Comunicações Sociais, por ocasião da festa da Ascensão do Senhor. Sempre nessa oportunidade o Santo Padre dirige uma mensagem a todos os comunicadores.

CONTEXTO HISTÓRICO DA REVISTA AVE MARIA

Numa época de transição da forma de governo no Brasil, com a queda da monarquia (1822-1889) e a proclamação da República (1889), resultando no fim da Lei do Padroado (que considerava o Estado “oficialmente católico”), instaurou-se uma laicização do Estado brasileiro, despertando na Igreja, por meio das dioceses, congregações, paróquias e associações católicas, a necessidade da criação de uma imprensa católica séria e capaz de responder às críticas então recebidas de órgãos, escritores e defensores do Estado liberal, mas também de permitir à Igreja recriar-se junto aos cristãos. Esse movimento de divulgação dos valores católicos por meio da imprensa recebeu o título de “apostolado da boa imprensa”.

É nesse cenário de conversão e perseverança que nasceu a Revista Ave Maria, fundada por três paroquianos do Imaculado Coração de Maria, igreja na qual seu pastoreio está aos cuidados da Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria (claretianos) desde 1897, no centro de São Paulo (SP): “Esses heróis que tentaram opor uma barreira à impressiva subversiva e anticristã eram o comendador Tiburtino Mondin Pestana, subsecretário do ministério do Interior, Manuel Recco e dona Maria Junker Alves” (Anuário claretiano, 1948, 144).

Um ano após a fundação da Revista Ave Maria, os custos dificultaram a sua publicação por parte dos seus fundadores, fazendo com que a responsabilidade do periódico fosse transferida aos missionários claretianos, que, ao assumirem-na, trataram de difundi-la, ampliá-la e adequá-la aos novos tempos.

Também ajudando o leitor a compreender as relações entre causa e efeito inerentes aos desafios sociais e políticos de cada época, entre eles a Ditadura Militar (1964-1985), período no qual todos os órgãos de comunicação padeciam com a opressão e censura, esse perfil comunicacional permitiu ao leitor ter uma visão crítica dos fatos, mostrando-lhe a importância de ver, julgar e agir.

A primeira publicação da Editora Ave-Maria foi a Revista Ave Maria (1898), mas a editora possui um vasto catálogo com mais de mil títulos publicados, além da Bíblia Sagrada Ave-Maria, a primeira Bíblia católica do Brasil.

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