SANTUÁRIO DIOCESANO DE SÃO SEBASTIÃO, PORTO FERREIRA (SP)

Aos pés do glorioso mártir São Sebastião, cuja memória litúrgica é celebrada em 20 de janeiro, nasceu a cidade de Porto Ferreira (SP), sendo a Paróquia São Sebastião fundada em 1892, antes mesmo da emancipação política da cidade ferreirense.

A atual igreja matriz, hoje santuário diocesano (2013), está localizada na praça central do município e possui valor cultural muito grande para Porto Ferreira.

Benedito Calixto de Jesus Neto, famoso arquiteto responsável também pelo projeto do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP), foi o arquiteto responsável por seu projeto.

A pedra fundamental foi lançada em 20 de janeiro de 1952. No dia 22 de novembro de 1953 foi realizada a primeira Missa, mas o término da sua construção demorou ainda alguns anos, pois o piso e o relógio foram instalados em julho de 1957 e os vitrais, em 1958.

Toda a pintura na parede frontal da igreja matriz, com cenas da vida do padroeiro São Sebastião, foram pintadas em 1962 pelo artista Antônio Maria Nardi, de Bolonha, Itália.

São Sebastião é padroeiro dos agricultores e protetor contra as pestes e, embora hoje Porto Ferreira seja essencialmente urbana, sua origem está intimamente ligada às fazendas e sítios.

Insígne testemunha da fé cristã, o santo não renegou sua fé em Cristo em tempos de perseguição. Sebastião nasceu em Narbona, na França, no ano de 256 da Era Cristã. Ainda jovem, mudou-se coma família para Milão, na Itália. Alistou-se no exército de Roma e tornou-se o predileto do imperador Diocleciano, que lhe confiou o cargo de comandante da Guarda Pretoriana.

Convertido ao cristianismo, secretamente visitava os cristãos presos que aguardavam para ser entregues aos leões ou mortos pelos gladiadores. Sua vida foi um belo testemunho do Evangelho e dos ensinamentos cristãos, levando a todos palavras de ânimo e esperança em tempos de tantas provações.

Sua fama se espalhou e foi denunciado ao imperador. Na tentativa de impedir que Sebastião fosse entregue à morte, o imperador solicitou que ele renegasse a fé que professava, mas o jovem militar não hesitou em permanecer firme na fé cristã. Seu corpo foi amarrado a uma árvore e foi alvejado por flechas. Quase morto foi resgatado por algumas mulheres, recebeu os cuidados necessários e restabeleceu-se. Mesmo em meio às chances de ser pego novamente, continuou a evangelizar. Ousando ainda mais foi até o imperador solicitar que as perseguições aos cristãos se encerrassem. Revoltado, Diocleciano ordenou que Sebastião fosse morto a pauladas. Seu corpo foi jogado no esgoto público de Roma para que não fosse venerado como mártir pelos cristãos.

O Santuário de São Sebastião acolhe com carinho as muitas pessoas que visitam nossa cidade, sobretudo pelo fato de sermos a capital da cerâmica artística e decoração. A igreja matriz de Porto Ferreira marca a história também dos moradores locais que aí celebram sua fé com amor e devoção, na vivência dos sacramentos e no serviço evangelizador em nossas pastorais e movimentos.

Todo ferreirense sabe que o mês de janeiro não é o mesmo sem cantarmos com alegria “Padroeiro augusto da nossa terra, mártir glorioso São Sebastião, livrai a pátria de toda guerra, da fome, peste, dor e aflição”, canto popular composto na cidade, retrato da devoção popular a São Sebastião nas terras ferreirenses. Também não podem faltar a tradicional procissão e a quermesse. Nos últimos anos, temos celebrado com alegria a Missa da Terra que traz a memória da vida dos agricultores no louvor à Mãe Terra.

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