“MINHA RELIGIÃO É A DO AMOR, E MINHA LINGUAGEM É O CORAÇÃO.”
(SANTA DULCE DOS POBRES)
O amor é a razão de tudo o que nós fazemos no mundo. Ele perpassa todo o Evangelho como seu fundamento, sua razão, seu sentido, seu próprio ser. O próprio Evangelho é amor, é o caminho para amar, a verdade sobre o amor, a vida que se revela no amor.
Amar é a única atitude compatível com o Evangelho e capaz de desencadear uma verdadeira revolução. Revela a verdadeira face de Deus, o caminho, a verdade da fé, a razão de nossas vidas. Viver o amor muda tudo. Muda nossas relações com Deus, com os outros, com a Igreja, com as pessoas, com a natureza, com a cultura, com tudo aquilo que é expressão da ação humana: a educação, a economia, a ciência, a filosofia, a arte, a política, a própria espiritualidade. O amor é o “segredo” que fez os primeiros cristãos construírem a história da qual todos nós somos herdeiros e também protagonistas.
O amor como Jesus, o Ressuscitado, amou e nos ama decorrente da paternidade de Deus se expressa de maneira única e original na vocação à unidade: “Pai, te peço que sejam todos uma coisa só, como eu e ti” (Jo 17,21).
O amor, como Jesus ama e nos convoca a amar, constrói a unidade, aprende-se, conquista-se. Ele pode ser o estilo de nossas vidas. Amar como Jesus ama e nos chama a amar faz experimentar a vida da Trindade entre nós.
É necessária a presença do amor para que o único e verdadeiro Deus seja conhecido, a fé seja verdadeira e eficaz, surja uma nova humanidade cujos valores sejam outros, bem diferentes dos que até hoje construíram nossa história em muitas culturas e períodos. E nós, cristãos, somos, por chamado e por missão, aqueles que acreditam no amor (cf. 1Jo 4,16).
O ser humano essencialmente é sua relação. Já ao nascer traz consigo a contextual idade do outro, isto é, daquele de quem emana sua própria identidade. Nascemos todos à semelhança de um só. Não o outro dos psicólogos, do existencialismo, da ideologia, da psiquiatria, da ciência, mas aquele outro não reconhecido, não visto e por isso não amado. Aquele presente em nome da necessidade em primeiro lugar moral de se reconhecer e de se amar na mãe comum, a vida, de onde começa a nossa viagem humana.
Uma vida afeta a outra. No mundo há várias vidas, várias histórias, mas todas as histórias são uma só! O que dilacera o ser humano na sua existência e a sua relação é a ideia e são as atitudes de que nossa vida habita um arquipélago de inúmeras ilhas onde em cada uma delas existe um de nós vendo a humanidade na prós vendo a humanidade na pruma delas, existe um de nnoa. ma cipria sombra, confiando apenas nela. Isso traz consequências para nossa fé e nossa consequente missão.
Cada momento e cada situação da vida é uma possibilidade de fazer escolhas e renúncias. Escolher amar ou não amar. Se escolhemos amar, renunciamos a tudo o que não é amor. Se escolhemos não amar, renunciamos a amar. Nada é neutro e indiferente em nossa vida, daí a liberdade e a responsabilidade a que somos chamados. Deus, que é o amor, por amor nos deixa livres para escolher. Cada escolha que fazemos, conscientes ou não, vai construindo o tesouro ou o vazio de nossa existência.
É preciso escolher. Cada atitude vai fazendo nascer em nós a nossa personalidade construída no amor ou na sua ausência, o pecado.
“É necessário que a nossa alma se recolha e se encontre com Deus. Se não estiver fixa neste único centro, é como uma roda que corre desgovernada, batendo de um lado e de outro. Centrada em Deus, cada uma de suas ações adquire significado, cada uma de suas atitudes para com os homens e as coisas, situa-se num plano sobrenatural. Caso contrário, tudo se esvai e não se percebe mais o motivo da existência.” (Chiara Lubich)