ENFIM…

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Se nos é permitido fazer comparações, mesmo que duras, podemos dizer que este ano concluiremos com um pouco mais de esperança do que o anterior, mas, mesmo assim, não podemos dizer que foi fácil.

Foram tantos obstáculos, tanto “sobe e desce”, “altos e baixos”, que em algum momento sentimos certa tontura, perda de conexão com a realidade. Um misto de “Quem sou eu?” com “O que estou fazendo aqui?”. Nada foi igual para ninguém, vimos e vivenciamos muita dor e tristeza e, às vezes, a culpa por esquecer de tudo isso e curtir como não curtíamos há algum tempo.

Desafiador. Traumático. Ainda estamos sem entender o significado da palavra “normal”, que certamente deveria passar por uma revisão de significado. Você se lembra do “novo normal”, do “vai passar”?

Crescemos? Evoluímos? Será que isso importa? Só queremos sair dessa situação vivos, com saúde, com nossos entes queridos. Sãos. Com sanidade. Que possamos recuperá-la, inclusive.

É difícil resumir um ano que nos abalou de tantas formas diferentes. Afinal, por onde começar? Ainda recolhemos os cacos e tentamos nos remontar ou nos reinventar, o que for melhor para seguir em frente, mas certos de que teremos alguma marca. Marca de cura, marca de superação, marca de saudade, marcas de algum pedacinho que não conseguimos mais encaixar. Tudo bem. Dê a mão àquela pessoa do seu lado e continue andando, procurando se restabelecer. Ou siga só, afinal, antes só que mal acompanhado. Mas siga. Sigamos. Independente da maneira, sem abandonar a fé e tampouco esmorecer na oração, que vivificam sempre.

E como prever o próximo ano? Se aprendemos algo, além de lavar as mãos, é que não somos donos de nossos planos. Não será dito aqui que tudo está nas mãos de Deus (você, leitor(a) desta revista, sabe que está), pois é uma afirmação que cada um deve escolher acreditar e confiar. É uma sensação única e muito particular. Por mais que seja considerado até um jargão, viver essa verdade é uma experiência que cada um deverá escolher para si e viverá de forma diferente. Se ainda não for seu momento, não há ninguém que pode julgá-lo(a), não se preocupe e não se apresse. O tempo a Deus pertence. Ele é o Senhor do Tempo.

Sim, também pode ser difícil aceitar: somos mais controladores do que imaginamos. Quando podemos sentir confiança, tudo parece mais leve e fácil. Talvez para alguns seja mais fácil depois de toda essa experiência; para outros, nem tanto. Ninguém vive o amor de Deus da mesma forma, pois Ele nos dá aquilo que nossa alma precisa, de forma única e especial.

Podemos esperar somente que Deus seja alimento de nossa alma e que nos sustente como tem sustentado. Que nos dê força, socorra, ampare, ilumine, porque precisamos de uma chama flamejante como luz, ultimamente; uma luz como aquela brilhante, guia dos magos, rumo à gruta de Belém.

Se há alguma certeza nesta vida é que Deus nos acompanhará aonde quer que a gente vá. O resto é resto e que Deus nos abençoe.

É preciso ter esperança.

Editorial

Produção Editoral feita em parceria com a Agência Minha Paróquia

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